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Ônibus do BRT é apedrejado durante protesto no Rio, e prefeitura fecha oito estações

Do UOL, no Rio

08/07/2013 16h24

Oito estações do BRT Transoeste (Bus Rapid Transit), o "Ligeirão", da linha Paciência-Recreio, foram fechadas por motivo de segurança, nesta segunda-feira (8), depois que um ônibus do sistema foi apedrejado, por volta das 14h, durante manifestação de moradores da favela do Rola, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O ato ocorria em uma localidade conhecida como Cesarão, no mesmo bairro, e foi organizado em protesto contra uma operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na comunidade do Rola --um homem morreu e outro foi preso no decorrer da ação da divisão de elite da Polícia Militar.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, o serviço chegou a ser interrompido em função do ataque ao veículo. A estação conhecida como "Cesarão 1" foi invadida pelos manifestantes, e a PM acionada para conter eventuais distúrbios civis. Não há informações sobre confronto.

As oito estações do BRT Transoeste que estão fechadas são: Cesarão 1, Cesarão 2, Cesarão 3, Vila Paciência, Três Pontes, Cesarinho, 31 de Outubro e Santa Eugênia. Segundo a prefeitura, os demais serviços do sistema --que faz a conexão expressa entre Santa Cruz e Barra da Tijcua-- estão funcionando normalmente.

Morto em operação do Bope

Segundo informações da Polícia Militar, o homem que morreu durante a ação do Bope chegou a ser levado ao Hospital Estadual Pedro II, na região, onde foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Em nota, a PM informou que com eles foram apreendidos 103 papelotes de maconha, 542 tubos de cocaína, 32 papelotes de cocaína e um pistola calibre 40. A ocorrência foi encaminhada para o distrito policial de Santa Cruz (36ª DP).

O trecho da avenida Cesário de Melo, na altura da rua Felipe Cardoso, foi interditado para facilitar o trabalho da operação policial. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, o trânsito é intenso na região.

Entre os dias 24 e 25 de junho, outras dez pessoas morreram após uma operação do Bope no Complexo da Maré, zona norte da capital fluminense. Os agentes entraram na comunidade em busca de homens que aproveitaram uma manifestação nas proximidades para promover arrastão, roubando mercadorias de lojas e assaltando motoristas que passavam pela avenida Brasil. Entre os mortos, estavam um policial do Bope e outros três moradores que não tinham antecedentes criminais.

Após a operação na Maré, os comandantes do Bope, Renê Alonso, e do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área), José Luís Castro Menezes, prestaram depoimento na DH (Divisão de Homicídios), na Barra da Tijuca, que está investigando as mortes.