Presos fogem de cadeia após passagem de tufão nas Filipinas
Um general filipino afirmou que um grupo de detentos escapou de uma penitenciária em Tacloban, nas Filipinas. A cidade foi a mais atingida pelo tufão Haiyan e ficou completamente destruída.
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Segundo o general Virgilio Espineli, comandante regional do Exército filipino, guardas dispararam contra os presos que escapavam e, por isso, conseguiram resgatar alguns detentos.
A polícia ainda não sabe exatamente quantos presos fugiram. Segundo Espineli, como a cidade está em ruínas, é muito difícil saber onde os detentos se esconderiam e como conseguiriam se alimentar.
Cerca de 600 detentos estavam presos na penitenciária que ficou parcialmente danificada com o tufão.
O general também informou que o Exército está trabalhando no auxílio às vítimas do tufão, ao mesmo tempo em que lida com seus próprios problemas, como a destruição de um edifício que abrigava mais de mil soldados.
Sobreviventes aguardam ajuda
Milhares de sobreviventes do tufão Haiyan aguardavam nesta terça-feira (12) água e comida com urgência, no mesmo dia em que está prevista a chegada à região da catástrofe de barcos americanos e britânicos.
Quatro dias depois da passagem de um dos tufões mais potentes da história do país, com ventos de 300 km por hora e ondas de até cinco metros parecidas com as de um tsunami, a ONU teme pela situação nas áreas mais afetadas, principalmente as ilhas de Leyte e Samar.
"Tememos o pior. À medida que conseguimos chegar a algumas áreas encontramos mais cadáveres", disse John Ging, diretor de operações do Escritório da Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
As Nações Unidas afirmaram que o tufão pode ter provocado 10 mil mortes apenas na cidade de Tacloban, capital da província de Leyte, uma das mais devastadas. O último balanço oficial publicado na terça-feira registra 1.774 mortos em toda a região.
Mais de 10 milhões de pessoas, 10% da população do país, foram afetadas pelo tufão e pelo menos 660.000 filipinos perderam as casas.
As autoridades não conseguem enfrentar a magnitude do trabalho para dar abrigo e fornecer água, comida e medicamentos aos sobreviventes. Muitos tentam fugir da região.
As ruas da cidade permanecem repletas de cadáveres em decomposição e muitas pessoas armadas saqueiam os edifícios que ainda permanecem de pé.
Para lutar contra os saques, as autoridades anunciaram nesta terça-feira um toque de recolher e o envio de veículos militares. (Com AP e AFP)
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