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Ministro diz que Dilma não tem responsabilidade por compra em Pasadena

O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas - Wilson Dias/Agência Brasil
O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

20/01/2015 10h36

O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, descartou qualquer responsabilização da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, feita pela Petrobras, durante o período em que Dilma era presidente do conselho de administração da estatal. Em defesa apresentada ao TCU, o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, pediu a responsabilização de Dilma pela transação.

“Quem causou prejuízos à Petrobras por cometer maus feitos, digamos assim, obviamente que vai ser responsabilizado. Não há nenhuma responsabilização da presidente Dilma Rousseff sobre esse tema. E ponto final. Não há o que discutir sobre isso”, disse Pepe Vargas durante um café da manhã com jornalistas realizado na manhã desta terça-feira (20) no Palácio do Planalto.

“Quem cometeu crime contra empresa pública precisa ser punido. Sob o ponto de vista penal, tem que ter seus bens bloqueados. Mas não tem nenhuma responsabilização da presidenta Dilma em relação a isso. Quem quer que venha a dizer isso [que Dilma tem responsabilidade na compra da refinaria], tem que, em primeiro lugar, provar o que está dizendo”, afirmou o ministro.

Em 2006, a Petrobras comprou uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos. À época, a presidente do conselho de administração da estatal era Dilma. Segundo o TCU, a Petrobras teve um prejuízo de US$ 792 milhões com a transação.

Em sua defesa, Gabrielli sustenta que o conselho de administração, do qual Dilma era a presidente, teve tanta ou mais responsabilidade que diretoria executiva da estatal. 

Ainda sobre a Petrobras, Pepe Vargas disse que não há necessidade de tirar a atual presidente, Graça Foster, para evitar prejuízos à empresa.

"A Petrobras não tem risco de quebrar. Não tem risco nenhum de quebrar. Tem aí uma redução dos preços do petróleo no mundo inteiro, mas a Petrobras não tem risco nenhum de quebrar (...) Quem tem os ativos que tem não corre risco nenhum que quebrar", disse.