Andreza Matais

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Defesa defende manutenção de contrato com Starlink, de Elon Musk

O Ministério da Defesa informou ao Congresso que o rompimento do contrato com a Starlink, do empresário Elon Musk, "poderá" acarretar "prejuízo para o emprego estratégico de tropas especializadas".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (29) o bloqueio das contas da Starlink no Brasil para quitar multas do X, também do empresário, por descumprimento judicial.

A decisão não afeta o contrato com o Ministério da Defesa, mas coloca em risco a atividade da empresa no país, uma vez que Musk já decidiu fechar o escritório do X (antigo Twitter) devido à contenda com Moraes.

O posicionamento da Defesa está em resposta a um requerimento de informação enviado à Câmara em junho. O deputado Coronel Meira (PL-PE) havia questionado a pasta sobre o contrato e decidiu tornar público o documento hoje devido as circunstâncias.

Segundo o documento, tropas especializadas necessitam do equipamento da Starlink para operar em plena capacidade. A Defesa informa que são dez contratos, que somam R$ 428.262,00 em vigor.

"É grave! Moraes está colocando em risco a segurança nacional. Estamos conversando com demais lideranças para estudar as medidas cabíveis", disse o deputado.

No documento, relata a assessoria, a Defesa afirma que a comunicação por satélite é crucial para a segurança da navegação, permitindo acesso a informações meteorológicas e logísticas em tempo real.

O ministério informou, ainda, que a súbita interrupção dos serviços da Starlink comprometeria a capacidade de comunicação das embarcações da Marinha, prejudicando o gerenciamento de situações de crise e a salvaguarda da vida humana no mar. A perda do serviço por satélite dificultaria o recebimento de informações críticas e a comunicação entre os Navios Polares e seus comandos de apoio logístico.Pesquisadores também seriam impactados, com dificuldades de comunicação com suas universidades.

Além disso, a tecnologia da Starlink poderia beneficiar Pelotões Especiais de Fronteira em áreas remotas sem acesso à internet.

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Informou também que a contratação de uma nova empresa geraria mais custos ao país.

Segundo a Folha de S.Paulo,a Starlink disse em mensagens aos seus clientes no Brasil que continuará prestando os serviços gratuitamente, se necessário.

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