Acordo garante ao grupo de Lira controle do orçamento; MDB fica com CCJ
Com a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara definida há meses, a principal disputa ficou entre quem iria comandar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e relatar o Orçamento para 2026. O acordo saiu de madrugada.
A coluna apurou que a divisão ficou assim: o MDB irá comandar a CCJ e o União Brasil, a comissão de orçamento.
O MDB, contudo, ainda vai tentar inverter essa ordem. Tudo irá depender se o líder do partido na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), irá assumir o Ministério das Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha, que deve sair por não ter interlocução com o Congresso, principal atribuição da sua pasta.
Por que isso é importante? Os deputados que participam da CCJ são responsáveis por definir se uma proposição é ou não constitucional. Uma decisão contrária significa barrar uma discussão já na entrada. O principal tema deve ser um projeto de anistia aos presos por tentativa de golpe em 8 de janeiro.
Já a comissão de orçamento define onde serão alocados bilhões em recursos públicos. Um dos cotados para a vaga é o deputado Damião Feliciano (União-PB). Ele é do grupo de Arthur Lira (PP-AL) e Elmar Nascimento (União-BA).
41 comentários
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Joao Batista Correia Lima Neto
Os escolhidos nos bastidores, mediante acordos, não representam a vontade do povo brasileiro. Representam o sistema e o esquema político velho e corrupto que reina hoje no Brasil.
Petrucio Joao da Silva
Congresso dominado pela extrema direita não faz nada de útil pelo país, absolutamente nada de nada
Leonel Adelino de Moura Junior
“Político brasileiro é o câncer da nação”.