Topo

Carolina Brígido

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Crises no governo e viagens de Lula adiam nomeação de novo ministro do STF

20.abr.23 - O presidente Lula em evento no Palácio do Planalto - EVARISTO SÁ/AFP
20.abr.23 - O presidente Lula em evento no Palácio do Planalto Imagem: EVARISTO SÁ/AFP

Colunista do UOL

25/04/2023 04h00Atualizada em 25/04/2023 07h23

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A indicação do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), esperada para a semana passada, deve ser concretizada a partir de quinta-feira (27), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegar da visita a Portugal e à Espanha.

As viagens internacionais e as crises em série no governo adiaram o anúncio público do nome do substituto de Ricardo Lewandowski. Interlocutores de Lula afirmam que o advogado criminalista Cristiano Zanin ainda é o mais cotado para a vaga.

Lewandowski se aposentou no último dia 11. Depois disso, Lula foi à China e aos Emirados Árabes. Voltou ao Brasil rapidamente e emendou outra viagem. Entre um destino e outro, várias crises estouraram.

Na semana passada, foi divulgado o vídeo que mostrou o então chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Gonçalves Dias, ajudando bolsonaristas a saírem ilesos da invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro. As imagens culminaram na queda do general.

Paralelamente, cresceu no Congresso Nacional o alvoroço em torno de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Em meio a esse cenário, o governo tenta viabilizar a aprovação do arcabouço fiscal entre os parlamentares.

A depender da situação política do país quando Lula desembarcar, a indicação do novo ministro do STF pode ficar para depois do feriado de 1º de maio. Depois de anunciado o jurista escolhido, ele precisa ser submetido a sabatina na CCJ (Comissão e Constituição de Justiça) do Senado e, depois, ter o nome aprovado em votação no plenário da Casa.

O ideal é que a nomeação ocorra com um quadro de harmonia entre o governo e o Congresso, para que a aprovação do novo ministro não seja mais um elemento nas negociações políticas.