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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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TSE: Lula deve nomear um homem e uma mulher, com aceno ao PT e a Moraes

Colunista do UOL

24/05/2023 16h32

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve escolher para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um ministro e uma ministra nos próximos dias. A ideia é que as nomeações atendam a demandas do PT e do presidente da corte, Alexandre de Moraes. Com maioria para o governo Lula no TSE, a expectativa é que Moraes paute o julgamento das ações que pedem a inelegibilidade de Bolsonaro.

O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou hoje por unanimidade uma lista quádrupla. Os nomes sugeridos serão enviados a Lula, que escolherá dois.

Como antecipou a coluna, as opções do presidente são:

André Ramos Tavares, atual ministro substituto do TSE e ligado a Moraes;

Floriano de Azevedo Marques Neto, professor da USP (Universidade de São Paulo) e também ligado a Moraes;

Edilene Lôbo, advogada do PT e ligada à presidente do partido, Gleisi Hoffmann;

Daniela Borges, que tem o apoio da ministra Cármen Lúcia.

Os indicados para o TSE: André Ramos Tavares, Daniela Borges, Edilene Lobo e Floriano de Azevedo - Divulgação - Divulgação
Os indicados para o TSE: André Ramos Tavares, Daniela Borges, Edilene Lobo e Floriano de Azevedo
Imagem: Divulgação

Para atender ao pedido do presidente do TSE, Lula deve indicar para uma das vagas Floriano Marques Neto.

A outra vaga deve ficar com Edilene Lôbo, por dois motivos. Um deles é agradar setores do PT que defendem a presença de uma mulher negra no tribunal.

O outro motivo para escolher Edilene, e não Daniela, é que prestigiar Cármen Lúcia neste momento não seria uma prioridade para Lula. Em abril de 2018, a ministra deu um voto de desempate em plenário que resultou na negativa de um habeas corpus para o petista, que estava preso.

Os quatro advogados que entraram na lista quádrupla foram recebidos nesta semana em audiência pela presidente do STF, Rosa Weber.

As duas vagas foram abertas na semana passada, com o término dos mandatos de Carlos Horbach e Sérgio Banhos. Ambos foram escolhidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Com os novos ministros empossados, o atual governo terá maioria no TSE.