Brasil pedirá cooperação da Grécia para apurar derramamento de óleo no NE
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O governo brasileiro vai pedir a cooperação das autoridades gregas para apurar o suposto envolvimento de um navio de uma empresa com sede no país europeu no acidente ambiental na costa do Nordeste.
Fontes em Atenas confirmaram à coluna que, diante da suspeita levantada sobre o caso do navio Bouboulina, o governo de Jair Bolsonaro irá acionar o governo de Atenas e espera uma resposta já no início da próxima semana.
A Polícia Federal acredita que a embarcação da empresa grega seja a principal suspeita pelo derramamento e, para Brasília, a ação conjunta entre os dois países poderia facilitar a apuração.
Em Brasília, o Itamaraty não considera que esse se trate de uma crise entre os dois países, acima de tudo por conta do caráter privado da empresa que é dona do navio.
A Delta Tankers já esteve envolvida em diversos acidentes. Mas a empresa indicou à agência Reuters que, até ontem, não havia sido ainda contactada pelas autoridades brasileiras em relação a essa investigação.
No final de agosto, a questão ambiental já havia sido motivo de um encontro entre representantes brasileiros e Miltiadis Varvitsiotis, um dos principais nomes do Ministério das Relações Exteriores do governo grego.
Ainda que a discussão tenha sido centrada em formas de ampliar a cooperação entre o recém empossado governo grego de centro-direita, a questão do meio ambiente fez parte do debate.
Numa nota publicada na ocasião, "Varvitsiotis expressou a profunda preocupação do governo grego sobre o enorme desastre ecológico que ocorre na região da Amazônia por conta dos incêndios constantes e danos para o meio ambiente".
No mesmo comunicado oficial, o representante de Atenas se referiu ao acordo Mercosul-UE. Mas indicou a importância das dimensões ambientais e climática do tratado. Os representantes brasileiros, munidos de dados enviados pelo Itamaraty, explicaram a situação vivida pela Amazônia.
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