Jamil Chade

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Conselho de Segurança deixa divisões de lado e condena terrorismo em Moscou


Vivendo um impasse há meses por conta das guerras na Ucrânia e em Gaza, o Conselho de Segurança da ONU obteve um raro consenso para condenar os atos terroristas em Moscou, nesta sexta-feira.

Num comunicado, o presidente do Conselho, o japonês Yamazaki Kazuyuki afirmou que os 15 membros do órgão "condenaram com veemência o hediondo e covarde ataque terrorista em uma sala de concertos em Krasnogorsk, região de Moscou, na Federação Russa, em 22 de março de 2024".

"Esse ato repreensível de terrorismo resultou na grave perda de dezenas de vidas e deixou mais de 100 feridos, alguns em estado crítico", afirmou.

Ainda que não seja uma resolução, a declaração pública de todos os membros se contrasta com as acusações mútuas que vêm sendo feitas no Conselho entre os embaixadores dos EUA, Rússia ou China.

Neste sábado, os governos "expressaram sua mais profunda solidariedade e condolências às famílias das vítimas e ao povo russo, e desejaram uma recuperação rápida e completa aos feridos".

Na declaração, as potências ainda "reafirmaram que o terrorismo, em todas as suas formas e manifestações, constitui uma das mais sérias ameaças à paz e à segurança internacionais".

Os governos ainda "enfatizaram a necessidade de responsabilizar e levar à justiça os autores, organizadores, financiadores e patrocinadores desses atos repreensíveis de terrorismo".

Os membros do Conselho de Segurança ainda pediram que todos os governos "cooperem ativamente com o governo da Federação Russa, bem como com todas as outras autoridades relevantes nesse sentido".

Na declaração, os países "reiteraram que todos os atos de terrorismo são criminosos e injustificáveis, independentemente de sua motivação, onde, quando e por quem quer que sejam cometidos".

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"Eles reafirmaram a necessidade de todos os Estados combaterem, por todos os meios, de acordo com a Carta das Nações Unidas e outras obrigações previstas no direito internacional, as ameaças à paz e à segurança internacionais causadas por atos terroristas", completou a declaração.

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