Jamil Chade

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Nova resolução na OEA pedirá atas da Venezuela e se aproxima do Brasil

Um projeto de uma nova resolução que circula na OEA (Organização dos Estados Americanos) caminha na direção proposta pelo governo Lula para dar uma solução política à crise venezuelana. Nesta sexta-feira, o Conselho da entidade se reúne para votar um novo texto patrocinado pelos EUA e países como Chile, Canadá e Argentina.

Mas, ao contrário de uma resolução que não foi aprovada nos primeiros dias da crise e que não contou com o apoio do Brasil, o atual texto acolhe algumas das principais reivindicações do Itamaraty. No rascunho do documento que será submetido à consideração, os governos pedem que as atas da eleição sejam publicadas, a proteção das embaixadas, a preservação de todo o material da eleição e o fim das prisões arbitrárias por parte do governo.

A esperança é de que o novo projeto seja aprovado por consenso.

No texto, os governos ainda registram preocupação com os "relatos de graves irregularidades e violência relacionados ao processo eleitoral". Se mantida com o texto que está sendo negociado, a resolução poderá contar com o voto do Brasil.

O que pede a resolução:

Fim das prisões arbitrárias

Respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, o direito à vida, à liberdade e à segurança da pessoa, especialmente o direito de se reunir pacificamente e ao pleno exercício dos direitos civis e políticos sem represálias, o direito de não ser preso e detido arbitrariamente e o direito a um julgamento justo sejam uma prioridade absoluta e uma obrigação para a Venezuela, bem como para todos os Estados das Américas.

Proposta de uma solução pacífica para crise

O texto "exortar todas as partes interessadas, atores políticos e sociais, inclusive as autoridades da Venezuela, a se absterem de qualquer conduta que possa comprometer a construção de uma solução pacífica para a crise".

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Proteção às embaixadas

O rascunho da resolução ainda pede que Maduro garanta a proteção "das instalações diplomáticas e o pessoal residente no território venezuelano, inclusive as pessoas que buscam asilo nessas instalações, de acordo com o direito internacional e, em particular, com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares".

A preocupação, nesse caso, se refere às embaixadas de países sul-americanos que tiveram seus diplomatas expulsos por Maduro. No caso da Argentina, seis opositores estão na embaixada em Caracas.

Preservar atas

O texto sugere que o governo Maduro "proteja e preserve todos os equipamentos usados no processo eleitoral, inclusive todas as atas e resultados impressos, a fim de salvaguardar toda a cadeia de custódia do processo de votação".

Pedidos ao Conselho Nacional Eleitoral

  1. Publicar rapidamente as atas com os resultados da votação da eleição presidencial no nível de cada seção eleitoral,
  2. Respeitar o princípio fundamental da soberania popular por meio de uma verificação imparcial dos resultados que garanta a transparência, a credibilidade e a legitimidade do processo eleitoral.

Reportagem

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