Brasil negocia com Síria e Rússia eventual resgate de brasileiros do Líbano
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva negocia com o governo de Vladimir Putin uma saída possível para os brasileiros que estão no Líbano e que, diante da intensificação do conflito com Israel, tenham de ser resgatados.
Uma reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o governo da Síria está marcada para ocorrer na sexta-feira (27), em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU.
Se houver dificuldades, Vieira ainda estará com o chanceler russo, Sergei Lavrov, e poderá incluir o tema na agenda. Moscou tem uma base na Síria que os brasileiros consideram como uma possível rota de fuga.
Cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano. Inicialmente, a embaixada brasileira em Beirute enviou mensagens à comunidade local sugerindo que deixassem o país por meios próprios. Na segunda-feira, o Itamaraty enviou uma instrução para sua representação em Beirute, pedindo que fosse iniciado um processo de consultas para saber quem precisaria de ajuda do Estado para deixar o país.
Há um mês, uma das sugestões passadas por diplomatas era de que um plano usasse a cidade de Latakia, na Síria, para que navios e aviões da FAB pudessem chegar. O local é controlado por uma base militar dos russos, e a recomendação foi que o governo brasileiro entrasse em contato com as autoridades no Kremlin.
Dezenas de países cortaram relações com o governo Putin desde o início da guerra na Ucrânia, mas o Brasil manteve todos os canais abertos, com diferentes chamadas telefônicas entre Lula e o presidente russo.
Foi recomendado ainda que um adido militar brasileiro em Beirute fizesse consultas na região para avaliar como seria a melhor forma de retirar os brasileiros.
No Ministério da Defesa, a informação é que o Itamaraty ainda não acionou a pasta. Mas fontes afirmam que "a FAB está de prontidão" e "pronta para cumprir a missão" de resgate. Ainda não há detalhes sobre como seria realizada essa missão.
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