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Polícia Civil frustra plano do PCC de matar dois policiais e um juiz em MS
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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prendeu na manhã de ontem (30) sete pessoas suspeitas de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital) e de planejar atentados contra um investigador, um agente penal e um juiz de Direito. Cinco delas já cumpriam pena em um presídio.
As prisões ocorreram durante a deflagração da Operação AKVAS, desencadeada por agentes do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e da SIG (Seção de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí.
Segundo as autoridades, a expressão AKVAS remete ao termo "cavalaria" e foi escolhida para demonstrar a força do Estado na repressão contra criminosos envolvidos em ações de atentados contra agentes públicos.
Paralelamente aos trabalhos dos policiais civis, agentes penais também participaram da operação, realizando revistas nos principais presídios do estado. Na Penitenciária Estadual de Naviraí, onde estão cinco detentos ligados ao PCC que são acusados de repassar ordens para os comparsas nas ruas, também houve um "pente-fino".
As investigações tiveram início em maio deste ano, quando agentes penais apreenderam um bilhete com o preso Guilherme Azevedo dos Santos, 29, conhecido como Gibi ou Execução, na Penitenciária Estadual da Gameleira, em Campo Grande.
O preso é apontado como uma das lideranças do PCC em Mato Grosso do Sul. No mesmo mês de maio, dias após a apreensão do bilhete, agentes interceptaram na cela dele uma outra carta contendo instruções sobre fabricação de bombas e como jogar os artefatos em unidades policiais.
De acordo com as investigações, a correspondência tinha como destino a namorada do prisioneiro. Depois da interceptação da carta, Gibi foi transferido para um presídio federal.
Além da identificação dos cinco detentos da Penitenciária de Naviraí, os policiais prenderam outros dois suspeitos na cidade, cada um em um endereço. Os sete acusados devem permanecer recolhidos em um presídio de segurança máxima.
Autoridades policiais informaram que os servidores públicos ameaçados viraram alvos do PCC "por causa do exercício de suas funções, pela atuação, de forma ativa, no enfrentamento e no combate às ações da facção criminosa".
A coluna não conseguiu localizar a defesa dos acusados.
PCC completa 29 anos
Em 31 de agosto de 2016, quando o PCC completou 23 anos de existência, um policial penal sofreu atentado a tiros em Naviraí. A vítima estava em uma Honda Biz. Os criminosos chegaram em duas motos e atiraram no agente. O ataque aconteceu a 100 metros de uma delegacia da Polícia Civil.
Os atiradores foram identificados, presos e condenados. As penas impostas aos réus ultrapassaram 20 anos de reclusão. Naquele mesmo mês, prisioneiros ligados ao PCC comandaram uma violenta rebelião na Penitenciária de Naviraí. Dois detentos foram mortos pelos rivais.
Hoje, o PCC, criado em 31 de agosto de 1993 por oito presos na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, no Vale do Paraíba (SP), completa 29 anos. Depois de São Paulo, o estado de Mato Grosso do Sul é um dos mais importantes redutos da facção criminosa.
O estado faz fronteira com o Paraguai e Bolívia e, segundo investigações da Polícia Federal, a região é estratégica para o PCC por ser importante rota do tráfico de drogas. A maior atividade da facção criminosa é a exportação de toneladas de cocaína para a Europa procedentes de países vizinhos.
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