Juliana Dal Piva

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Reportagem

Lula vai ouvir Aras, mas já tem uma lista com 3 favoritos para PGR

O presidente Lula (PT) vai escolher no próximo mês o novo PGR (procurador-geral da República) e já possui uma lista com três nomes favoritos para ocupar o cargo.

Ele deverá conversar com Augusto Aras, o atual ocupante do cargo, mas ele já é avaliado como alguém que se inviabilizou para a recondução devido ao histórico com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Interlocutores do presidente contaram à coluna que, no momento, quem larga na frente é o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, e os subprocuradores-gerais da República Antonio Carlos Bigonha e Mário Bonsaglia.

Gonet e Bigonha são nomes que já estão há tempos circulando no Palácio do Planalto. Já Bonsaglia passou a ser cotado mais recentemente. Ele é um dos três mais votados na lista da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). No voto dos integrantes do MPF, a mais votada foi a subprocuradora Luiza Frischeisen (526 votos), depois Mario Bonsaglia (465 votos) e, por fim, José Adonis (407 votos).

Desde a eleição, o presidente Lula passou a dizer que a lista da ANPR era limitada e tinha problemas devido às críticas da Operação Lava Jato. Na live semanal "Café com o Presidente", Lula afirmou que haverá "mais critério" e que fará um "pente-fino" por ter perdido a confiança no Ministério Público após a Operação Lava Jato. Também afirmou querer "alguém que não faça denúncia falsa".

Bonsaglia possui bom trânsito no Palácio do Planalto e uma trajetória na área de direitos humanos que agrada ao presidente Lula. Apesar de o presidente não querer usar a lista da ANPR, ele integrar o grupo é um fato bem avaliado, já que teria representatividade na categoria, mas não será o ponto decisivo para a escolha.

Entre os conselheiros para o assunto, estão o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, Flávio Dino, da Justiça, o senador Jaques Wagner (PT-BA) e integrantes do grupo Prerrogativas, como o advogado Marco Aurélio Carvalho.

Antes de decidir, o presidente também deve conversar com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em especial, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

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