Lula avalia que guerra Israel x Hamas fortalece extrema direita no mundo
Durante o programa Análise da Notícia, o colunista do UOL Kennedy Alencar afirmou que o conflito entre Hamas e Israel causa preocupações políticas para Lula (PT). Na avaliação do presidente, o conflito pode fortalecer movimentos da extrema direita em diversos países pelo mundo.
Lula avalia que guerra no Oriente Médio reforça a extrema direita no mundo. Kennedy Alencar
Extrema direita se fortaleceu em Israel. Após os ataques do Hamas, Israel está montando um governo de união nacional com a oposição.
Opositores de Benjamin Netanyahu estão tendo que suportar o desafeto, que inclusive alimentou o Hamas, pois é natural que uma nação sob ataque acabe se unindo, algo que é uma tendência natural em guerras e conflitos.
Donald Trump consegue capitalizar nos Estados Unidos. No próximo ano, Joe Biden e Donald Trump devem se enfrentar nas eleições dos Estados Unidos.
Trump se fortaleceu após os ataques do Hamas e, por isso, Biden está dando apoio total a Israel. O atual presidente sabe que Trump se fortalece com esse movimento de extrema direita que pode acontecer em todo o mundo.
Boulos se enfraquece no Brasil. Guilherme Boulos (PSOL), que deve disputar a Prefeitura de São Paulo no próximo ano, vem sendo ligado ao Hamas por grupos de extrema direita nas redes sociais.
Boulos é defensor da emancipação palestina, mas isso nada tem a ver com os ataques do Hamas. A causa de emancipação da Palestina, inclusive, é uma causa do direito internacional reconhecida pela ONU. Os invasores são os israelenses, mas a extrema direita está controlando a narrativa para desmoralizar Boulos.
Israel responde terrorismo com terrorismo. Em um episódio de barbárie, o Hamas cometeu um ataque terrorista. Israel, por sua vez, também está cometendo terrorismo de Estado ao bombardear a Faixa de Gaza para aterrorizar a população local.
Governo brasileiro está pisando em ovos. Lula enxerga a situação como complicada e, por isso, na largada do conflito já usou o termo terrorista para falar do Hamas.
O governo brasileiro vê uma escalada do conflito e faz uma avaliação pessimista do ponto de vista eleitoral, com chances de fortalecimento de Javier Milei na Argentina e Donald Trump nos Estados Unidos, além do enfraquecimento de Boulos em São Paulo.
Lula avalia que precisa chegar em 2026 com condições de enfrentar essa extrema direita no Brasil.
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