Reajuste para magistrados é imoral e vem em momento inapropriado

Na Live UOL desta quarta-feira (10), falei sobre a aprovação, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), do orçamento para 2023, com aumento de 18% para os ministros. Com a decisão, por unanimidade, seus vencimentos chegarão a R$ 46.366.

Como o salário dos ministros do STF representa o teto do funcionalismo, os reajustes aos ministros tradicionalmente geram um efeito cascata de aumentos no Poder Judiciário e em outras categorias. O reajuste será encaminhado ao Congresso Nacional que, agora, deve votar a proposta.

Com a aprovação, um dia antes da leitura da carta pela democracia, o STF mostra que errou no timing. Mas não apenas por isso. Os reajustes chegam em um cenário de desemprego recorde, de auxílios insuficientes e brasileiros passando fome. Mostram-se imorais e parecem um deboche, feito por uma categoria que —além de já ter salários iniciais nababescos— não devolve o equivalente, em trabalho, para a sociedade.

Na Live UOL de hoje, falamos também sobre os novos ataques de Jair Bolsonaro (PL) à carta pela democracia, em evento agro com cara de convenção partidária; sobre a ministra Rosa Weber, eleita a nova presidente do STF; e sobre as críticas de Paulo Guedes à França, com direito a palavrão.

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