Raquel Landim

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Depois de 34 horas em silêncio, Janja se manifesta contra PL do aborto

Depois de 34 horas em silêncio desde que a Câmara dos Deputados aprovou a tramitação em regime de urgência, a primeira-dama Janja da Silva se manifestou em suas redes sociais contra o projeto de lei que iguala o aborto legal ao homicídio após 22 semanas de gestação.

Ele ressaltou que, da maneira como foi redigido, o PL condena uma mulher estuprada à uma pena superior ao do seu estuprador: 10 anos de pena máxima para o estupro e 20 para o homicídio.

"É preocupante para nós, como sociedade, a tramitação desse projeto sem a devida discussão nas comissões temáticas da Câmara. Os propositores do PL parecem desconhecer as batalhas que mulheres, meninas e suas famílias enfrentam para exercer seu direito ao aborto legal e seguro no Brasil", escreveu Janja.

Ao final da postagem, Janja ressalta que, a cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, e que o Congresso deveria trabalhar para garantir o acesso ao aborto legal e ressalta; "seguimos juntas, lutando por nossos direitos #meninanãoémãe".

A primeira-dama vinha sendo criticada por se omitir no debate enquanto deputadas, artistas, jornalistas e outras figuras públicas se posicionam contra o PL. Ontem, manifestações tomaram as ruas de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Na quarta-feira, Janja estava no Rio com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e postou apenas sobre o evento. Desde então não falou mais publicamente.

Lula ainda não se manifestou e disse apenas que falaria sobre o tema ao voltar ao Brasil. Os dois estão em viagem ao exterior. O governo não orientou sua liderança a ir contra a urgência do projeto, que foi aprovada por votação simbólica na Câmara, com a concordância de todos os partidos. O PL foi proposto pelo deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ) e outros deputados da direita.

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