Tales Faria

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Operação da PF contra general mira atuação de kids pretos em atos golpistas

A Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, cuja 18 ª fase foi deflagrada nesta sexta-feira (29), investiga a participação de um grupo de elite do Exército em atos golpistas ocorridos com o final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a coluna apurou, o mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes é considerado pelos agentes da PF como um passo decisivo nessa investigação.

Reportagem da revista piauí do dia 6 de junho mostrou que o general, que foi diretor de Logística do Ministério da Saúde, integrava o grupo denominado kids pretos, uma tropa da qual Bolsonaro se aproximou durante seu governo.

A Polícia Federal suspeita que o general Ridauto comandou a participação de um grupo de integrantes dos kids pretos na invasão dos prédios da Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Se confirmada a participação dos kids pretos, boa parte de integrantes do grupo de elite Exército que mais atuou no governo Bolsonaro entra na polêmica.

Segundo a revista, Bolsonaro nomeou para o governo pelo menos 26 integrantes ou ex-integrantes do kids pretos

Entre eles seu ex-chefe da Casa Civil e general Luiz Eduardo Ramos, o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello, assim como o secretário-executivo da pasta, coronel Elcio Franco Filho, e o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do presidente e fechou delação premiada com a Polícia Federal.

O grupo teria atuado inclusive na operação para tentar incluir no patrimônio do ex-presidente as joias ofertadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro. Também seriam kids pretos os assessores Cleiton Henrique Holzschuk, que tentou registrar as joias como bem privado de Bolsonaro, e Marcelo da Costa Câmara, que gerenciava o acervo particular do ex-presidente.

O Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio de valores do general Ridauto para ressarcimento aos cofres públicos se confirmada sua atuação. Os investigadores querem saber se Ridauto também participou do financiamento dos atos golpistas. A ideia é seguir o dinheiro para apurar se o general repassou ou recebeu de outros integrantes dos kids pretos recursos para financiamento de atos golpistas.

Reportagem

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