No debate RedeTV/UOL, pulso firme controla brigões e dá vitória ao eleitor
A expectativa geral era de que este debate entre candidatos a prefeito de São Paulo, promovido pelo UOL e pela RedeTV, terminasse em um verdadeiro quebra-quebra.
Principalmente entre os brigões Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB), que protagonizaram a cadeirada do último debate da TV Cultura. Mas também havia expectativa de brigas de Marçal contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e contra Guilherme Boulos (PSOL).
Mas o pulso firme dos organizadores e da apresentadora Amanda Klein impediu que Marçal se sobressaísse graças à sua habilidade de produzir polêmicas.
Ganhou o eleitor e ganhou Tabata Amaral (PSB), que conseguiu aproveitar os momentos de calmaria para apresentar seus projetos de governo.
Já a partir do segundo bloco os organizadores e a apresentadora Amanda Klein conseguiram produzir um ambiente mais tranquilo, com início de discussões temáticas.
E como isso foi conseguido? Segurando com pulso firme a agressividade dos candidatos ocorrida no primeiro bloco.
Amanda Klein terminou o primeiro bloco avisando que recusou todos os últimos pedidos de direito de resposta. Depois os pedidos foram diminuindo, nos demais blocos, à medida que eram concedidos bem menos direitos de resposta do que os requisitados.
Mas o que parece ter dobrado mesmo a turma da 5ª Série foi a advertência a Nunes e Marçal apresentada por Amanda Klein. Quando eles resolveram atropelar as regras e iniciar o que poderia ser um grande bate-boca, a apresentadora avisou que os estava advertindo formalmente e que, da próxima vez, conforme determinavam as regras, iria suspender os encrenqueiros.
Pablo Marçal ficou nitidamente contrariado do debate pelo fato de ter sido apagado — como aquele menino bagunceiro que a professora mandou sentar, amuado, no canto da sala. Sem ele graça, na saída da emissora teve que dar os parabéns a Amanda.
Nunes e Boulos, os primeiros colocados nas pesquisas, também não conseguiram sobressair no debate. Mas seus desempenhos não comprometeram as respectivas campanhas.
Resta ver se a fórmula do pulso firme vai pegar para os próximos debates eleitorais de São Paulo.
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