Boulos não corre risco de inelegibilidade por ter votado com a família
O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) não pode ficar inelegível por ter levado a esposa e as filhas para a cabine de votação quando foi votar no último domingo (6), como afirma post compartilhado nas redes sociais.
Segundo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), não é permitido que o eleitor entre acompanhado. Mas a situação não é caso de inelegibilidade.
O UOL Confere considera distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
O que diz o post
Em um vídeo, é exibido o momento da transmissão da CNN Brasil que mostra Boulos votando em 6 de outubro de 2024. Ele estava acompanhado da esposa e das duas filhas na cabine de votação.
Na narração, um homem diz que o candidato do PSOL teria ferido a lei eleitoral e o princípio do voto secreto, e que, por isso, deveria ficar inelegível. O homem chama a atenção da ministra e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármem Lúcia.
Por que é distorcido
Embora ele tenha votado ao lado de familiares, conduta não pode torná-lo inelegível. Ao UOL Confere, o TRE-SP disse que não é permitido que o eleitor entre acompanhado na cabina de votação, e que os mesários serão orientados sobre o cumprimento da norma no segundo turno. "Contudo, o fato não é caso de inelegibilidade", esclarece o tribunal.
Exceções para acompanhantes nas urnas estão previstas nas eleições. Segundo o TRE-SP, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida podem entrar na cabina de votação acompanhadas. Crianças de colo também podem entrar com os pais.
Boulos votou com a esposa e as duas filhas no CEU Campo Limpo.
Os casos de inelegibilidade estão previstos na "Lei de Inelegibilidade", de 1990 (aqui e aqui).
Viralização. Na tarde desta segunda-feira (7), um post com o conteúdo distorcido tinha mais de 200 mil visualizações no Instagram.
Este conteúdo também foi checado por Reuters.
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