Sêmen em roupas de garota morta no PR não é de suspeitos que teriam confessado crime
O sêmen encontrado nas roupas da adolescente Tayná Adriane da Silva, 14, encontrada morta no último dia 28 em Colombo, região metropolitana de Curitiba, não é de nenhum dos quatro suspeitos presos, informou nesta terça-feira (9) a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
Segundo a polícia, eles teriam confessado que estupraram e mataram a garota. Os quatro participaram, inclusive, das buscas pelo corpo da garota. Os suspeitos são funcionários de um parque de diversões instalado na cidade –que foi queimado por moradores, revoltados com o caso, após a divulgação da prisão dos suspeitos.
Apesar disso, o delegado-chefe da Divisão Metropolitana da Polícia Civil, Agenor Salgado, disse que os suspeitos permanecerão presos. “É lógico [que não serão soltos]”, falou, apesar de admitir que pode ter havido erro nas investigações.
“Qualquer pessoa é passível de erro. Mas os delegados [Fabio Amaro, responsável pela investigação, e Silvan Pereira, que prendeu os suspeitos e afirmou que eles confessaram o crime] estão convictos do trabalho que fizeram”, disse.
Crise
A divulgação de que o sêmen encontrado nas roupas de Tayná não é de nenhum dos suspeitos abriu uma crise na Polícia Civil paranaense. Uma reunião com a participação de delegados, médicos-legistas, peritos e o MPE (Ministério Público Estadual) foi convocada logo em seguida.
Entre os participantes, estava a perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, responsável pela análise do local onde o corpo de Tayná foi encontrado. Na semana passada, ela já dissera que não havia sinais de estupro, pela maneira como a garota estava vestida.
“Não há marcas de estupro ou abuso, nem fissuras”, reforçou, ao chegar à reunião, a jornalistas presentes ao local. No entanto, ela afirmou que havia sêmen nas roupas da menina.
Salgado não quis responder se a polícia tem em mãos outras amostras de sêmen colhidas nas roupas ou no corpo da adolescente, mas minimizou as declarações da perita.
“O que ela falou não pode ser levado como verdade absoluta. Num exame de necrópsia, há uma série de fatores a serem analisados”, afirmou, sem revelar quais seriam. “O caso agora está com o MPE”, justificou.
“Não temos nada de concreto. Tenho exames falsos, positivos, outros novamente falsos, outros positivos e, então, nesse momento só falaremos quando tivermos algo nas mãos”, falou, ao chegar à reunião, o médico-legista responsável pelo caso, Alexandre Antônio Gebran, segundo a rádio “Banda B”.
Vizinhos incendeiam parque onde suspeitos trabalhavam
Notificação
O MPE informou que o promotor Ricardo Casseb Lois, da 2.ª promotoria de Justiça de Colombo, já está analisando o inquérito, mas ainda não recebeu os laudos – segundo a polícia, eles só devem ser encaminhados na segunda-feira.
O UOL apurou que o promotor informou, na reunião, que irá notificar a polícia pelo vazamento de informações sobre o caso, já que o caso corre sob sigilo determinado pela Justiça. Apesar disso, e a partir dos depoimentos dos suspeitos, os delegados chegaram a revelar à imprensa detalhes de como os estupros teriam sido cometidos.
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