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Brumadinho: Corpo encontrado na quinta é de vítima que já foi identificada

CBM-MG/Divulgação
Imagem: CBM-MG/Divulgação

Luciana Quierati

Do UOL, em Brumadinho (MG)

13/07/2019 09h55

A Polícia Civil de Minas Gerais informou hoje que o corpo encontrado em Brumadinho na quinta-feira (11) não altera o número total de vítimas do rompimento da barragem já identificadas. Quase intacto, o corpo localizado pelo Corpo de Bombeiros estava sem um membro. Segundo a polícia, esse membro já havia sido encontrado em fevereiro. Na ocasião, a vítima foi identificada por exame de DNA e sepultada.

Com isso, permanece em 22 o número de mortos que ainda não foram localizados. O total de vítimas do rompimento da barragem da Vale, em 25 de janeiro, é de 248 mortos.

Como a família dessa vítima optou por não ser informada caso outros fragmentos fossem encontrados, o corpo permanecerá no IML (Instituto Médico Legal) até o final das buscas e dos trabalhos de identificação.

Só então será decidida a destinação deste corpo e de outros fragmentos. As famílias querem que um memorial seja construído próximo ao local do rompimento da barragem.

O corpo localizado na quinta estava a três metros de profundidade, em uma área chamada de Remanso 2, que é a mesma onde outro corpo quase intacto foi encontrado na sexta-feira (5).

Foi o quarto quase intacto encontrado em pouco mais de um mês e depois de muitas semanas em que os bombeiros só vinham localizando fragmentos de corpos, como partes de tecidos e ossos.

Nos três casos anteriores a este, foi possível a identificação da vítima via exame odontológico, ou seja, a partir da comparação da arcada com radiografias odontológicas feitas para algum tratamento ou em razão, por exemplo, de algum implante.

O corpo encontrado no dia 3 foi identificado quatro horas depois de dar entrada no IML. O corpo achado dois dias depois, na quinta, foi identificado 11 horas após ter sido encontrado em meio ao rejeito que escorreu da barragem.

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Também como no caso dos outros três, o corpo encontrado na quinta estava em estado de saponificação, quando ganha textura semelhante à de um sabão, ficando, portanto, mais conservado do que se estivesse desde o dia da tragédia em um ambiente ao ar livre.

A umidade do terreno, a ausência de oxigênio e a própria existência de minério no terreno são fatores apontados para esse tipo de conservação.

A área de Remanso 2 é uma entre uma dezena de pontos em que os bombeiros têm concentrado seus esforços nas buscas, por ver neles uma maior probabilidade de localizar vítimas --apontada pelo cruzamento de dados a cargo do setor de inteligência criado para a operação.