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Governo de Pernambuco diz que vai indenizar feridos em ação da PM no Recife

Do UOL, em São Paulo

31/05/2021 10h00Atualizada em 31/05/2021 11h27

O governo de Pernambuco afirmou que vai indenizar pessoas que ficaram feridas após ação da Polícia Militar durante uma manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Recife, no último sábado (29).

Em nota enviada à imprensa, o governo pernambucano informou que governador Paulo Câmara (PSB) determinou que a SJDH (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos) acompanhe a assistência médica aos dois homens feridos no rosto.

"Além disso, o governador acionou a Procuradoria-Geral do Estado para, em conjunto com a SJDH, iniciar o processo de indenização aos atingidos", diz a nota.

O adesivador Daniel Campelo da Silva, 51, e o arrumador Jonas Correia de França, 29, foram atingidos nos olhos por balas de borracha disparadas por policiais militares. Ambos tiveram lesões permanentes e podem perder a visão —Daniel, no olho esquerdo, e Jonas, no olho direito.

Ainda no sábado, o governador afastou o comandante da operação e os policiais que espirraram spray de pimenta na vereadora do Recife Liana Cirne (PT). A Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social já iniciou a tomada de depoimentos sobre o ocorrido.

Secretário diz que ação foi 'ponto fora da curva'

Em entrevista ao canal GloboNews na manhã de hoje, o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico de Barros e Silva, rechaçou a ação dos policiais militares e afirmou que ela foi um "ponto fora da curva".

"A Polícia Militar sempre agiu de forma respeitosa e respeitando protocolos. Esse fato foi ponto fora da curva. Vai ser, como está sendo, investigado", declarou.

Questionado se os policiais que atiraram contra os manifestantes seriam apoiadores do presidente Bolsonaro —o protesto pedia seu impeachment—, o secretário disse que não há diferenciação política quando a PM acompanha atos como o do último sábado. Além disso, voltou a afirmou que não houve ordem do governo estadual para a ação dos policiais.

"Em Pernambuco não existe PM paralela, existe a PM de Pernambuco, que tem como seu comandante o governador Paulo Câmara", afirmou Silva.