Veja íntegra da sabatina UOL/Folha com o candidato José Luiz Datena

O candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) foi sabatinado pelo UOL e a Folha de S. Paulo hoje (13).

A nova rodada de sabatinas com os candidatos antes do primeiro turno tem como objetivo tratar os problemas da cidade e está dividida em sete temas: educação, saúde, segurança, habitação, zeladoria, mobilidade e conjuntura política.

Veja a íntegra da sabatina, conduzida pelos jornalistas Fabíola Cidral, Raquel Landim (UOL) e Fábio Haddad (Folha).

[Fabíola Cidral]: Bom dia, agora são 10 horas e 2 minutos. Seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda à nossa Sabatina UOL/Folha. Mais uma vez estamos aqui para te ajudar nessa escolha. Quem você quer no comando dessa cidade para os próximos 4 anos? Será que seus sonhos estão sendo atingidos pelos planos de governo dos 10 candidatos à Prefeitura de São Paulo?

Essa é a nossa missão aqui. Estamos estudando o plano de governo de cada um deles. Estamos aqui na sétima Sabatina para trazer isso para você. Dividimos essa Sabatina... Em alguns temas, temas que são importantes e que são apontados aí como as grandes preocupações do paulistano, educação habitação, zeladoria, transporte saúde, segurança e conjuntura política.

A gente termina falando sobre política. E o nosso convidado de hoje é ele, da Atena já está conosco aqui, José Luiz da Atena, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, comigo nessa sabatina, Raquel Landim e Fábio Haddad. Olá, candidato bom dia, seja bem-vindo mais uma vez aqui ao UOL. Bom dia, Fábio Landim, bom dia, meu amigo Fábio, bom dia, Raquel, é um prazer estar aqui.
E eu só não estou me ouvindo, eu queria me ouvir um pouquinho. Não o meu retorno não está chegando, mas ouvindo vocês. Está bom demais. Faz 50 anos que eu me ouço em rádio e televisão.

[Datena]: Eu não estou ouvindo o meu retorno O retorno não está chegando até mim.

[Fabíola Cidral]: Mas eu estou.

[Datena]: Estou ouvindo vocês. Não precisa mexer em nada. Isso é que nem avião. Começa a pintar diferente e o avião cai. Então, deixa do jeito que está, que está bom. O que eu estou lembrando aqui, com essas fotos aqui, o que prejudica um pouco, vocês já dizem que eu não deixo vocês falarem, mas se eu não conseguir me ouvir vai ser difícil eu deixar vocês falarem. Estou vendo essas fotos aqui. É São Paulo antigo não? São Paulo era bom nessa época aqui. Devia ser bom, mas muito bom. Qualidade do ar maravilhosa Se não era roubado toda hora, no mínimo era... já começar.

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[Fabíola Cidral]: Não sai falando, senão a gente não consegue controlar o que preciso me ouvir.

[Datena]: Não é questão de controlar o tempo. Preciso controlar o meu áudio. O áudio.

[Fabíola Cidral]: Vamos ver se a gente consegue arrumar o áudio do Datena. Não sei se é lá ou cá a gente vai tentar arrumar isso. Enquanto isso, vamos ver se você ouve o bom dia do Fábio. Olá, Fábio.

[Datena]: Agora não pode falar de São Paulo antigo? Não pode falar de São Paulo antigo?

[Fabíola Cidral]: Pode, claro que pode. Bom dia, Fábio Bom dia.

[Fábio Haddad]: Bom dia, Raquel. Bom dia, candidato. Bom dia, Fabiola. Começamos animados. Vamos em frente.

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[Fabíola Cidral]: Olá, Raquel.

[Raquel Landim]: Bom dia Vamos em frente. Bom dia, Fabiola. Bom dia, Fábio Meus parceiros de Sabatina. Bom dia Datena. Sejam bem-vindos.

[Fabíola Cidral]: Dois minutos para você Datena. Dois minutos para você falar da São Paulo que você quer, da São Paulo que você sonha para iniciar.

[Datena]: Já falei, esgotei os dois minutos. Pronto já falei. Senão você está parecendo debate isso aqui. Eu não consigo me adequar ao relógio. Eu já falei, São Paulo antigo devia ser bom demais. Só que nós temos que nos preparar não para São Paulo de hoje com o pior ar do mundo para você respirar mas para São Paulo daqui para frente.

[Fabíola Cidral]: Bom, já que você tocou nesse assunto, vamos começar por aí, Datena, essa situação relacionada ao pior ar do mundo. São Paulo, pelo quarto, quinto dia consecutivo tem o pior ar do mundo para respirar. É algo extremamente grave, o que os especialistas de saúde dizem é que estamos morrendo aos poucos, e quando a gente olha as propostas até dos candidatos, há pouco ali sendo sugerido do que é possível fazer. No seu plano de governo, o senhor diz, temos tudo para liderar a agenda da sustentabilidade. E o que eu te pergunto Datena, temos mesmo? O que você pretende fazer? Como é você vai melhorar o ar em São Paulo?

[Datena]: Primeiro era tirar esse prefeito daí. Eu acho que o ousado é que quando o cara começa a atingir pior nisso, pior naquilo o cara foi...
Ladrão de banco, aí o cara vai para o primeiro lugar na pesquisa. O prefeito da cidade, no dia que a cidade atinge o pior ar do mundo, vai para o primeiro lugar na pesquisa. Eu preciso procurar se é o pior dos piores em alguma coisa para ver se eu consigo atingir um ponto legal, aí também temos de aceitação que parece que o pior é o melhor.

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Mas, falando sério, sobre a questão da sustentabilidade não pode. A cidade de São Paulo, eu me lembro em momento algum da cidade de São Paulo superar, por exemplo, cidades como Pequim, Cidade do México, onde os caras têm que andar com máscara para poder respirar máscara para impedir a proliferação de vírus e daí por diante, quando a gente teve a pandemia. Mas especialistas já aconselhando o pessoal a andar com máscara em São Paulo, é muito simples, vamos começar pelos ônibus vamos? De 13 mil ônibus, 380 são ônibus elétricos. E hoje o prefeito está anunciando mais ônibus ou coisa parecida. Primeiro que não tem nem onde carregar esses ônibus elétricos. Por que esse prefeito não começou a mudar para combustível verde, hidrogênio verde e daí por diante, ou então ônibus elétricos lá atrás da frota? Ele já deu 5 bi, 6 bi, que é aumentar para 7 bi subsídios de ônibus e em nenhum momento, a não ser um ano das eleições, o cara pensa em transformar a nossa frota de ônibus numa frota de ônibus que seja de acordo com as mudanças climáticas e chegaram de uma forma muito abrupta. Você previa isso para daqui 40, 50 anos.

Então você tem que ter pelo menos pelo menos durante a nossa gestão De cerca de 2.600 ônibus ou com combustível verde, ou então dentro das normas ambientais ônibus elétricos e daí por diante. Só foi fazer agora, foi mudar isso agora. Emissão de gases. Emissão de gases. Você tem que, apesar de eu querer mais empresas aqui em São Paulo, a gente tem necessidade de empresas. Eu sempre digo que você não pode brigar com a economia. O Estado não pode brigar com a economia economia não deve brigar com a economia mas tem que ter uma fiscalização para a emissão de gases. Você não pode mais poluir uma cidade que as pessoas não conseguem respirar. Ah, mas o Datena tem que plantar árvore. Claro que tem que plantar árvore Quanto mais árvores você tem nessa época aqui, tinha árvore para caramba Eu não sou bem dessa época aqui, mas sou um pouquinho depois. Você chegava em São Paulo a 28 graus existia uma regulação térmica que chovia, por isso que São Paulo era chamada de terra da garoa, preservação de mata atlântica. Aliás a única coisa que restou foi um pouquinho da mata verde de São Paulo.

[Fabíola Cidral]: Você voltaria com a inspeção veicular? Posso

[Datena]: Posso terminar? Posso terminar? Senão vão dizer que eu não deixo ninguém falar. Você faz uma pergunta complexa sobre meio ambiente. Se eu não puder responder, 54% da área verde de São Paulo, que atinge por isso, o mínimo da disparidade da cidade toda impermeabilizada está lá em Parelheiros. O que é? Serra do Mar, no pé da serra. Então você tem que, a partir de agora, construções particulares, e principalmente construções grandes, ou construções de governo, tem que observar as normas verdes Calçamento permeável, drenante, não é verdade? Pisos permeáveis, drenantes, grandes jardins Que é o conceito da cidade esponja.

Ah, você vai falar do teto verde, vou falar do teto verde, mas isso é lá da Dinamarca não, se serve para a Dinamarca, serve para a gente também. Fiscalização total de emissão de gás, controle veicular Controle veicular, a partir do momento que não gere mais custo à população e não do jeito que era feito daquela Controlar, onde as pessoas roubavam dinheiro pra caramba na administração pública, tinha até oficina que ficava no entorno da Controlar, que o cara lá, ia lá, trocava o motor, ia na Controlar, passava com o motor que ele acabou de trocar, voltava, botava o motor dele e ia embora.

Agora desde que não gere despesa à população, você tem que ter um controle de emissão de gases. São quase [00:10:00] 10 milhões de veículos circulando em São Paulo. Se você melhorar o transporte coletivo, você melhorar o metrô, por exemplo, aqui não tem metrô, 100 quilômetros de metrô. Nós começamos a construir o metrô na mesma época que o metrô da cidade do México. Hoje eles têm 300 quilômetros de metrô e a gente tem 104 Quer dizer, como é que pode o México, que nunca foi um modelo de economia, ter 200 quilômetros a mais quando a gente começou a construir metrô na mesma época que, de repente, começou a construir a cidade do México? Esse é o problema do Tarcísio, do Amil, entendeu? Agora, quanto a você melhorar a qualidade dos ônibus, botar como é a proposta nossa de mobilidade e também de sustentabilidade, acho que caiu a linha, mas eu devo estar no ar aí. De alguma forma tem páginas minhas. Então, o lance é o seguinte, as minhas imagens estão aí, porque não VLTs, VLTs o Veículo Leve-Sob-Trilho gente vai usar isso.

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[Fabíola Cidral]: Oh, Datena desculpa.

[Datena]: Duas linhas, são duas linhas .são 27 estações.

[Fabíola Cidral]: A vai falar sobre isso na área de mobilidade Datena, só para a gente poder ir para a tema.

[Datena]: Mas eu posso responder a mesma coisa, é uma coisa só. É uma coisa só, mobilidade é isso também, mobilidade e meio ambiente é uma coisa só, dá para misturar, porque aí você não precisa nem perguntar mas de mobilidade.

[Fabíola Cidral]: É que senão fica confuso para o eleitor, né? Vamos seguir nessa linha da zeladoria tem um ponto muito importante, teve um apagão né, Fábio, em São Paulo, tem muita gente que ficou nove horas sem energia, não é isso, Fábio?

[Fábio Haddad]: É, eu queria ouvir um pouquinho da Atena sobre isso, que ele foi muito vocal nos apagões do ano passado, né, da Atena quando a cidade de São Paulo, o estado de São Paulo todo sofreu muito com isso, você foi muito vocal contra a Enel, mas também é uma avaliação de que não há muito que a prefeitura possa fazer sobre isso, é um contrato que não é municipal. O que você avalia como você acha que a prefeitura deveria agir nesses casos.

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[Datena]: Olha, essa história de que a prefeitura não pode fazer isso ou aquilo, claro que tem as leis. Mas e a autoridade do prefeito de São Paulo? A autoridade do prefeito de São Paulo... São Paulo é uma cidade-estado dentro de um estado. São Paulo tem 11 milhões e 500 mil habitantes. Se você botar a região metropolitana, a metade do estado de São Paulo está em São Paulo. Então o prefeito tem autoridade. Ele não tem autoridade legal para mexer com a rede. Mas até o prefeito tentou fazer isso, né? Eu vou ser venal de dizer que não tentou. Mas ele é fraco, ele não conseguiu. Tinha que tirar a Enel daqui. Aliás não sei por que trouxeram a Enel para cá. Porque a Enel foi um péssimo exemplo, por exemplo, do estado de Goiás, prestando serviços horríveis à população em outros estados de São Paulo. Tiraram a Eletropaulo, deviam ter botado a Eletro Zé, Eletro João, ao invés da Enel.

A Enel foi um desastre, foi um desastre, foi lamentável. O que a Enel fez com a cidade de São Paulo foi muito pior que a da Eletropaulo. Durante a pandemia, os caras cobraram contas inomináveis e o serviço entregue à população é uma porcaria. Eu tentaria, de todas as formas possíveis, aumentar o contato com o governo do Estado e pedir ao governo do Estado que descredenciasse a Enel. O grande problema são as reguladoras. A agência reguladora de energia, por exemplo, a maioria dos caras que trabalham na agência de regulação de energia veio do serviço das elétricas. Como é assim na saúde e daí por diante, essas empresas reguladoras não regulam coisa nenhuma. Esse contrato com a Enel já devia ter sido suspenso há muito tempo e ao invés de você pagar para eles, eles é que deviam pagar para a cidade pelos péssimos serviços prestados à cidade de São Paulo.

São Paulo fica parado há três dias, o cara perde remédio perde comida, já não tem remédio no hospital, já não tem comida porque o cara não tem emprego, o cara perde tudo, essa Enel é terrível. Como empresa que presta serviços à prefeitura é um horror, já matou pelo menos três ou quatro pessoas eletrocutadas com ligação em posse. Você lembra? Foi na época do Dória também, o cara encostava no poste e morria. A Ilumine também é uma porcaria de uma servidora prestadora de serviços da área de elétrica. Eu vou parar por aqui porque senão vocês vão me interromper mesmo.

[Raquel Landim]: Candidato, você diz no seu programa de governo que os subprefeitos terão que ser escolhidos entre quem mora na prefeitura Ou própria região. No Flow Podcast, você disse que talvez seja o caso de fazer eleições para subperfeitos.

[Datena]: Talvez, talvez. Eu acho que você ouvindo o pessoal da região, tendo contato com o pessoal da região, você mesmo resolva essa situação. O que eu não quero é gente comissionada por vereador, cargo, troca de cargo, é o que eu falei. Essa história de trocar cargo para aprovar projeto, no meu governo não vai ter. Essa história de pegar verba dinheiro... Para aprovar projeto, não vai ter. Vai ter o que é de interesse social para a sociedade, que o candidato a presidente de projeto, o de interesse da sociedade, tudo bem. Mas cargo comissionado não vai ter. Tem que ser gente da região. De que forma eu vou fazer isso? Vamos ver. Pode ser um plebiscito, pode ser uma
mini eleição, você pode adequar a isso. Ou pode ser um contato com os representantes dos moradores que eles mesmos podem indicar quem seria a pessoa mais indicada para ser o subprefeito de cada subprefeitura. Quanto à questão de leis [para] tenta mudar, mas teria que ser alguém da região, porque só alguém da região entende o que se passa na região. Já começa ganhando porque quem assume o cargo de subprefeito vai saber o está acontecendo naquela região dele.

[Raquel Landim]: Então, eu queria te perguntar sobre esse talvez. Você vai ou não vai fazer eleição para a sua prefeitura?

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[Datena]: Eu não sei o método, eu sei que o cara vai ser da região. Do mesmo jeito que vocês estão falando que eu estou insistindo num assunto já respondido, você está insistindo num assunto já respondido. O método eu não sei, mas que vai ter que ser um cara da região, vai ter que ser um cara da região. Talvez a própria região arrume o método para escolher o cara da região. Só não pode ser um cara que é indicado por um determinado vereador que aprova o projeto da prefeitura e que chega no lugar em que ele está e não sabe nem de onde ele está. Se ele não for em carro da prefeitura ele não chega porque ele não sabe o endereço da sede da subprefeitura.

[Fabíola Cidral]: O Datena não, é que eu acho que tem uma diferença aí, não sei se você lembra na época do prefeito Fernando Haddad e ele tinha essa proposta ele queria fazer eleição nas subprefeituras Justamente para acabar com essa história que você mesmo disse.
Tem uma diferença de fazer uma eleição no qual a população o pessoal do bairro vai escolher e tem uma diferença em você escolher alguém do bairro, né? Acho que essa que é pergunta da Raquel, muito clara. Você acha que a população do bairro tem que escolher quem é o representante? Porque isso tem uma diferença absurda na questão.

[Datena]: Já respondi o que você me perguntou. Vocês ficam insistindo que eu estou falando demais sobre uma determinada resposta. Eu já falei. O método nós vamos escolher. Tanto faz. Se for mais fácil a população me indicar uma pessoa do que uma eleição um plebiscito, vai ser pelo método mais fácil, mas vai ser um cara da região. Respondido? Sobre o Haddad, o Haddad quebrou essa cidade umas 40 vezes.
Não é porque ele não deu certo com ele que não vai dar certo comigo.

[Fabíola Cidral]: Vamos para a segurança, Raquel.

[Raquel Landim]: Vamos. Deixa eu organizar aqui. . E Datena, você diz no seu plano de governo a seguinte frase, ninguém nessa disputa eleitoral tem mais condições e experiências do que eu para enfrentar a bandinagem. E aí eu queria saber, qual é a sua experiência no comando da polícia ou como gestor público na área de segurança?

[Datena]: Ah, porque eu apresento um programa de culinária há 26 anos. Então apresentando um programa de culinária, eu tenho experiência para falar sobre segurança. Minha filha se você fala por osmose sobre alguma coisa há 26 anos, você tem que aprender alguma coisa. Quando eu digo autoridade, organizado, que quando eu falei lá atrás que iria existir organizações criminosas como o PCC, com milícias com o Comando Vermelho, as pessoas me chamavam de sensacionalistas. E isso especialistas em segurança. Quem estava certo? Os especialistas ou eu, mesmo que eu fosse o cara mais burro do mundo, falando 26 anos sobre segurança, eu tive que aprender alguma coisa de segurança. E tive vários contatos com várias pessoas que são super, hiper especialistas na área. E isso me facilita ter essa autoridade. Não digo autoridade, eu não sou um cara autoritário, não sou ditador, eu não sou nada próximo disso aí. Só que o que eu estou dizendo é que de tanto falar do assunto, eu sou obrigado, vou usar o efeito ambiental aí, o cérebro esponja, ter adquirido algum conhecimento dessa área. E esses caras só estão falando de segurança agora.

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Eu falo de segurança há 26 anos. Quando eu previ que a bandidagem ia tomar conta, eu usei até a frase, vão tomar conta primeiro das ruas depois vão entrar no jardim da sua casa, que dizem que foi de um filósofo isso aí, outro diz que foi de [00:20:00] um filósofo do Rio de Janeiro, mas é verdade, fizeram isso. Tomaram conta das ruas assaltos mortes latrocínios nas ruas, entram nas suas casas e tomaram conta da cidade e do país. A pior coisa que existe hoje em São Paulo e no Brasil é a infiltração do crime organizado e também do crime que resta das querelas que caem das mesas do crime organizado. Para de gravar aí, porque você me atrapalha. Quanto menos movimento tiver aí, melhor é. Então, eu ia dizendo as querelas que caem da mesa do crime organizado representam os crimes de rua. Então, o crime está tomando conta da política, pô. Há duas eleições que eu venho denunciando que o crime organizado está tomando conta da política, está financiando campanha.
Financiando campanha de cara que se elege até cargo executivo aqui em São Paulo, aqui no interior de São Paulo. E todo mundo sabe quem é, não preciso eu falar quem é aqui. Eu não sou da polícia para ficar falando quem é, entendeu? Mas o perigo que existe é a infiltração do crime organizado dentro da política, que cria o crime de rua e daí cria cracolândia, cria tráfico de drogas e coisas que tais Eu não quero dizer que eu tenho autoridade legal para falar sobre o assunto.

O que eu quero dizer é que 26 anos falando de uma mesma coisa... O pior que você tenha de um QI mais baixo do mundo, você acaba absorvendo alguma coisa, é desse sentido. E desse sentido eu posso usar minha experiência para tentar resolver os problemas de segurança. Tentar resolver, eu não disse que ia resolver, tentar resolver. Porque mexer no que agora está estabelecido numa cidade tomada pelo crime, onde as pessoas são mortas pelas ruas de uma certa forma ou de outra, onde o sujeito não tem mais liberdade de vir, você melhorou, Raquel? Porque está dando muito H1N1, está dando demais. Vai ver o que é isso, porque é bom você fazer exame preventivo. E usa a máscara usa a máscara, toma a vacina, faz o que você tem que fazer.

[Fabíola Cidral]: Vai lá, Fábio.

[Fábio Haddad]: Vou tentar puxar um pouquinho esse gancho que você falou de competências na área de segurança pública. A principal responsável pela segurança pública é governo do Estado. De novo a gente volta naquela história de que o prefeito tem um número limitado de ações que ele pode fazer. E é verdade. Aproveitando um pouquinho esse aspecto, eu queria entender do senhor o seguinte. Qual é a sua avaliação hoje da gestão do secretário de Segurança Pública, o Guilherme Derrite? E qual é a sua visão sobre as operações Escudo e Verão que estão associadas a um grande número de mortes? É uma linha de atuação que você consegue fazer algum paralelo com a gestão da GCM? Alguma coisa que você pegue de referência?

[Datena]: Você está querendo perguntar se eu vou criar esquadrão da morte dentro da GCM? Não não nem poderia. (...) Bom, primeiro, [Haddad]. Eu tenho dois prêmios Herzog Ganhos quando eu trabalhava na clube do interior de São Paulo de direitos humanos eu não sou um idiota completo, eu sou idiota mas não completo, falta alguma coisa pra ser completo, eu não sou reacionário, eu não sou a favor daquela frase de bandido bom é bandido morto e falo isso no meu programa que muita gente não vê e não gosta eu sempre defendi essa tese, letalidade só em último caso letalidade é pra quando algum cidadão está sendo ameaçado sob arma qualquer tipo de arma e de repente há uma intervenção policial pra salvar a vida da vítima aí sim a polícia é obrigada a usar o seu poder de letalidade troca de tiro só quando a polícia recebe Bala de bandido.

Eu não quero ninguém matando ninguém, não. Por isso que eu sou a favor das câmeras corporais. Ainda não tem uma tese formada sobre quando elas devem ser ligadas ou desligadas, porque não precisa ficar 24 horas por dia desligadas é o que diz o policial. E se houver um fato em que esse policial desligue a câmera durante uma operação e resulte em letalidade, ele está praticamente quase que condenado porque não ligou a câmera. A não ser que tenha dado algum problema, algum defeito na câmera e isso seja provado judicialmente. Então, eu acho que as câmeras policiais em alguns casos, estão até trabalhando em favor dos policiais que seriam condenados simplesmente por relato de pessoas que dizem que viram o fato e que não foi bem assim.

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A câmera está gravando o bandido atirando na polícia e daí por diante Mas eu sou a favor do rito judiciário. O bandido quando ele tem voz de prisão, ele tem que abandonar o delito que ele está cometendo, deixar a arma no chão, é feito nos Estados Unidos, por exemplo, e se entregar à polícia. Se ele esboçar alguma reação contra a polícia ou contra a sociedade, ele tem que ser parado com o uso de armas letais. Não para matar especificamente Resultar em morte? Resultou em morte. Mas eu sou a favor de que o bandido bom é o bandido que se entrega e se segue o rito judiciário. Assim vai ser com a GCM. Ah, mas tolerância zero? Tolerância zero dentro da lei. Nunca ao arrepio da lei. Eu ouvi uma confusão muito grande há uns tempos atrás, quando eu estava transmitindo um evento ao vivo e, de repente, vi um policial que agiu de forma incorreta atirando num cara que estava desarmado.

Eu falei isso ao vivo, e um tempão a polícia ficou sem falar comigo. No fim, eu tinha razão, o cara tirou uma arma que ele tinha [00:26:00] no tornozelo e botou na mão do cara, e foi uma burrice terrível, porque primeiro foi crime, uma burrice terrível, porque o helicóptero estava mostrando eu na raiva estava vendo. Os caras ficaram pé da vida no livro. O que eu posso fazer? Aí eu digo o seguinte, se eu não for crítico em relação a uma ação ilegal da polícia, que eu acredito seja mínima em relação aos acontecimentos que nós temos no crime hoje, que cresce cada vez mais, que o criminoso é um bandido ele não está nem aí se ele vai te matar ou se ele não vai te matar. Então, a tolerância zero tem que ser dentro da legalidade. E forças policiais da GCM, que vão ser dobradas a um custo de 900 milhões... Terão batalhões especiais para lidar com fuzil e terão que ser super treinadas, não só para lidar com fuzil mas com outras armas também. Não é qualquer um que vai sair lidando com fuzil e atirando em todo mundo.

Controles convulsionais, por exemplo, de multidão, para que você vai usar arma letal? Você pode usar armas de dissuação e daí por diante Até a bala borracha é meio perigoso porque você pode cegar, matar e daí por diante Então, eu sou a favor da legalidade sempre, confio na polícia, acredito na polícia, mas não aprovo operações ilegais e matança indiscriminada. Como também a gente tem que... Espera aí deixa eu terminar. Como também tem um detalhe, a gente tem que falar de letalidade marginal. Por que as secretarias não começam a divulgar de novo o número de mortos violentos o número de mortes violentas resultantes de crimes cada fim de semana? Há 20 anos atrás morriam 50, 60 mil pessoas num fim de semana com um bandido matando. Por que as secretarias pararam de divulgar isso aí? Tem também a letalidade marginal, que essa tem que ser parada. Na lei, dentro da lei, essa tem que ser parada. Bandido é bandido tem que ir para a cadeia e o cidadão tem que ser preservado dentro da lei.

[Fabíola Cidral]: Bom, uma última questão na área de segurança, dentro do seu plano de como você vai fazer isso, você fala sobre espalhar câmeras pela cidade e também a história do reconhecimento facial, algo que já está inclusive no plano também e está em ação com o Ricardo Nunes, o atual prefeito. No entanto até conversando com alguns especialistas da Atena, deixa eu só concluir a pergunta, por favor, conversando até com especialistas, há aí ainda muitas questões relacionadas a esse reconhecimento de face pelas câmeras que isso pode ser um perigo um risco para o perfilamento racial e eu sei que essa é uma preocupação sua, está no seu plano de governo, quer ser uma cidade antirracista.
Como vai garantir que vai prender pessoa país é antirracista. Como é que o senhor vai garantir vai prender a pessoa certa com esse reconhecimento de câmera e vai ser isso mesmo?

[Datena]: Olha, o detalhe é o seguinte. Primeiro que eu sou contra qualquer tipo de preconceito principalmente esse nojento preconceito racial.
O Brasil foi o penúltimo país do mundo a acabar com a escravidão o último foi Macau, que era a possessão de Portugal, se não me lembro, naquela época. O Brasil só parou com a escravidão quando a frota inglesa que já era armada... Real, ameaçou parar os seus navios aqui no Rio de Janeiro para acabar com essa intolerância brutal que é a escravidão. Nós temos 400 anos de escravidão, então é claro que disso aí gera preconceito o preconceito existe até hoje, o preconceito racial no Brasil existe, ele não é nem mais velado, é uma pouca vergonha o preconceito racial, como também o preconceito contra pobres do Odessinos e daí por diante Agora, você já reparou você já deve ter feito viagens pelos novos aeroportos de São Paulo e principalmente antes pelos aeroportos internacionais, não fez? Você fez? Fabíola, eu perguntando se você aeroporto...

[Fabíola Cidral]: O entrevistado aqui é você, eu já fiz, eu já fiz.

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[Datena]: Não eu estou te perguntando, então, quanto tempo você demora hoje de sair do avião e chegar até o desembarque para pegar a sua mala e desembarcar? Você é obrigado a fazer um caminho que o cara vai assim, por que o caminho não é em linha reta? Por que de repente você não vai em linha reta que é muito mais fácil, facilita as pessoas que têm dificuldade de locomoção e daí por diante e tal? Não é em linha reta porque é um caminho cheio de câmeras de reconhecimento facial para identificar terrorista, traficante e daí por diante. Eu acho que com critério, o que tem que acabar é o racismo de quem usa a câmera com racismo, isso é que tem que acabar, com preconceito. Mas a câmera de reconhecimento facial te ajuda a reconhecer criminosos, brancos negros amarelos, não interessa, tem que reconhecer o criminoso. O criminoso que está ali na rua e que, pelas progressões penais do Brasil, a gente soltou André do Rap, soltou Piauí, soltou um monte de gente perigosa aí, bandidos de pior característica de periculosidade. Esses caras têm que ter reconhecimento facial. Agora, o que tem que parar é o racismo de quem está operando a câmera. Você não pode botar racista operando a câmera. A câmera é máquina. Ela vai reconhecer o rosto do cara que é criminoso E não é, você está falando aí de uma coisa de chamar, lombrosiana, que o cara falava esse cara tem cara de bandido, que é um horror aquela história.

[Fabíola Cidral]: Primeiro que hoje, quem é bandido não tem cara de bandido. Eu conversei com o Rafael Cadpani, por exemplo, que ele é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e ele disse que esse reconhecimento facial, ele tem apresentado problemas em alguns lugares, e por isso essa dúvida. O que a gente está trazendo aqui não é uma coisa que eu estou falando na minha cabeça, entendeu?

[Datena]: É algo que eles colocam Mas você tem inteligência para isso. Você tem inteligência para isso.

[Fabíola Cidral]: É então, é isso que eu estou te perguntando Quer dizer, qual é o cuidado? E você já disse aqui bem claro, vai tomar cuidado com isso se começar fazer isso. Cuidado então...

[Datena]: Mas o cuidado então... É você adquirir câmeras que não tenham essa falha brutal. Só falta a câmera racista agora também. O que você está querendo me dizer, que eu já entendi, é que a câmera aponta mais negros como criminosos do que outras raças. Isso está errado. Então é uma câmera defeituosa Eu quero uma câmera que seja máquina imparcial. Eu acho que resumo da história é que não é uma tecnologia que ainda é...

[Fabíola Cidral]: Ah, é isso que vai resolver a questão, entendeu? Ela traz essa questão do perfilamento racial, que é um perigo para uma sociedade que já é como a nossa, que já prende muitos negros injustamente Isso já acontece, você sabe disso.

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[Datena]: Prende não só negros, mas principalmente negros prostitutas e pobres, que é a grande população carcerária do Brasil. Prende todo mundo de forma injusta, principalmente os negros. Mas se não é, se a câmera não é adequada, não vai ser usada. Você usa a câmera sem reconhecimento facial, usa a câmera e pronto, que já está bom. A câmera já está bom, é a ideia que eu dei desses mini batalhões de resposta rápida.

[Fabíola Cidral]: Vamos educação, o tempo voa por aqui.

[Datena]: Mas tentar responder.

[Fabíola Cidral]: Mas você respondeu.

[Datena]: Você não me deixa responder? Não, respondi. Tá bom, entendi. Se eu usar os mini baeps, que eu pretendo criar em cada uma das subprefeituras, que são centros de referência como o do Copom, de polícia de resposta rápida, que você bota câmeras e pode se ligar como a polícia militar está fazendo, a câmeras particulares, para evitar crimes no entorno da cidade, para evitar roubos mortes no entorno da cidade, ou então para prender quem acabou de cometer um crime com tropas da GCM de resposta rápida. E a câmera tem que ser. Só falta a câmera racial. Não falta mais nada nesse país. O país já tem um preconceito desgraçado. Só fala, então, se a câmera não funciona direito, troca a câmera.

[Fabíola Cidral]: Vamos lá, educação educação no seu plano de governo está lá, abre aspas é hora também de garantir a alfabetização em leitura e matemática na idade certa, entre 8 e 9 anos, pondo dois professores sala de aula nos primeiros anos do ensino fundamental com material didático moderno e adequado. Vamos lá, Datena, 8 e 9 anos, essa não é a meta e a diretriz do MEC e da base nacional curricular, que é de 7 anos e não 8 e 9 anos, e aí até conversando com alguns educadores, mas qual é a ideia dele, é atrasar alfabetização do paulistano em São Paulo, isso aqui é um erro do plano de governo ou é isso mesmo?

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[Datena]: Não manda os alfabetizadores partirem para a vida real. A gente não consegue nem 38% da educação Todas as crianças, nem com 8, 9 anos, você quer que de uma hora para outra seja de 7 anos? A meta é oito anos, a meta não é nove anos não, oito e nove anos está no plano de governo, mas a minha meta é entregar a criança alfabetizada à família e entregar alfabetizada e bem tratada desde a escolaridade infantil que é creche, que vai ter duas horas a mais para que as mães possam ter tempo de procurando emprego ou empregadas chegarem até a creche e pegar o seu filho.

São duas horas a mais ao custo de 550 milhões, o que é pouco para o orçamento do Estado. Mas para um Estado que não atinge nem 7% das metas de 25% de escolas em período integral, para um Estado que no ranking de alfabetização deveria estar em primeiro, mas não que é competição, é questão de... Porque a cidade mais rica do país, quando eu digo Estado, é uma cidade-Estado.
Eu acho que São Paulo é um Estado dentro de um Estado. E é mesmo, porque cabem Estados dentro do Estado de São Paulo e cabe Estado-país dentro do Brasil. Esse é problema, isso é claro. Então eu acho que alfabetização tem que ser 8 anos. Porque com 7 anos você não consegue. Hoje em dia você não consegue, com a estrutura escolar que você tem, não consegue. O nosso objetivo é 8 anos. Se pudermos alfabetizar com 7 anos, tá bom, tentaremos alfabetizar com 7 anos. Cresce duas horas a mais. O ensino básico tem que ser não só o ensino da mente, porque uma nação que não tem educação que começa na base, é uma nação que joga o seu futuro no lixo. Essa é a grande realidade.
O pensamento o saber, a escolarização é a base de qualquer nação e o Brasil é uma grande nação E um dia, quando pararem com essa roubadeira que existe, inclusive dentro de prefeitura, da nossa prefeitura pelo menos há indícios disso, nós teremos um ensinamento à altura do povo brasileiro, uma cultura à altura do povo brasileiro que tornará o Brasil um dos maiores países em todos os sentidos.

Não adianta você ser o terceiro maior produtor de grãos, não adianta você oferecer alimento para o mundo inteiro, ter um agronegócio maravilhoso e morrer de fome no paraíso. Tudo isso passa por desconhecimento da população, falta de ensino à população. Quantos jovens tem aí entre 24 e 34 anos desempregados? Cadê escolas técnicas? Cadê braço de prefeitura braço de Estado para ajudar essas pessoas que já perderam o trem lá atrás e podem ser utilizadas de uma maneira lógica?

[Fabíola Cidral]: Você admite então que a alfabetização na sua gestão a meta é alfabetizar entre 8 e 9 anos?

[Datena]: 8 anos, 8 anos, 8 anos.

[Fabíola Cidral]: É entre 8 e 9, 8 e 9 está no plano...

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[Datena]: Mas está errado, 9 anos, 8 anos é o máximo que eu acho que a gente pode colocar em prática, não adianta você escrever no papel, alcançar, não adianta você escrever no papel, prometer coisa que você não vai conseguir O Datena, deixa eu aproveitar Sete anos não vai conseguir.

[Fábio Haddad]: Você falou bastante aí de aumentar o horário das creches, mas um ponto importante ali que o seu plano de governo cita muito é dois professores ou duas professoras por sala.

[Datena]: Também já vi que é inviável. É isso que eu queria saber. É inviável, é inviável. Já levantei dúvidas, é inviável. Não dá para ter dois professores em sala de aula, como tem, por exemplo, acho que é no Ceará, não é isso? O Ceará usa isso. É, dois professores em sala de aula. Mas aqui não dá. A gente já paga R$ 22 mil por aluno. Sabe quanto paga o Ceará, que está muito melhor qualificado que a gente? R$ 5 mil por aluno. O Rio de Janeiro, R$ 8 mil. E consegue índice de alfabetização que não conseguia há muito tempo. A gente já está gastando demais. Daria para colocar dois professores Se a gente ver onde é que está o buraco Aqui desses 22 mil E o resultado E a relação do resultado que tem Ceará, Rio de Janeiro, Goiás Não dá para colocar dois professores em sala de aula Está no plano de governo Mas não dá para cumprir Pelo menos na minha gestão Que a gente descubra que há uma defasagem de dinheiro que está sendo mal empregado. O que eu quero dizer é que o plano de governo está lá, ele foi feito às pressas, não é o melhor plano de governo do mundo, eu fui o penúltimo candidato a ser homologado aqui em São Paulo, os outros todos têm um ano aí, a exceção do Marçal que é uma exceção e uma ameaça à democracia, mas os outros estão aí em vida política há muito tempo, o prefeito é o prefeito, a Tábata é deputado, o Boulos é deputado, já participou de várias eleições, eu fui o último candidato a ser homologado, então me apresentaram um plano de governo que muitas das coisas que eu fui vendo que na prática são impraticáveis, eu não vou ficar fazendo como a maioria dos candidatos que promete mundo e fundo a população e depois não cumpre o Ricardo Nunes é campeão nisso, ele não cumpriu nem 38% do que o Bruno Covas prometeu e agora ele promete coisas que ele não vai cumprir também.

[Fabíola Cidral]: Então a gente não pode se basear muito no seu plano de governo, é isso?

[Datena]: É não. Pode se basear no meu plano de governo, mas ele é mutável. O que eu mais aprendi nessa eleição é que quando você vai às ruas você sabe o que é realmente o problema de cada pessoa que mora cada bairro de cada população de cada uma das 32 subprefeituras. Por isso que eu acho que, se possível... Deixa eu falar, pô. Se possível, se possível, o prefeito saia. Talvez até todo dia. Tem helicóptero, os caras usam o helicóptero Abel Prazer. Você pode ir no fim do expediente ou no meio do expediente, se não tiver uma agenda que é imutável, você pode pegar um helicóptero e ir numa subprefeitura todo dia.

Escolhe uma, todo dia ao invés de ficar só recebendo informação, vai lá e pergunta para o povo o que o povo precisa. E esse é o verdadeiro plano de governo. O plano de governo tem que ser feito pelo povo. O cara que está ali há 30 anos na enchente, o cara que está aí das periferias há 30 anos sem saneamento básico, isso é plano de governo. Até eu escrever aqui no papel, eu vou fazer um milhão de coisas e não cumprir porcaria nenhuma, que é a maioria do que esses caras fazem.

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[Fabíola Cidral]: Vamos para a saúde, Raquel. Saúde.

[Raquel Landim]: Sim. Lá no seu plano de governo, você diz que vai... Utilizar somente os serviços de saúde do município ser eleito prefeito até para dar o exemplo. Mas o público sabe, a população sabe que você tem uma saúde delicada. Você já fez duas operações no aparelho digestivo tem seis estentes no coração, hoje, no hospital Sírio-Libanês, e a gente tem, em São Paulo, 500 mil pessoas na fila do exame. Você vai conseguir cumprir essa promessa?

[Datena]: É, são 500 mil pessoas, e com detalhe muitas morrem sem saber o resultado do exame. A dificuldade não é só entrar no sistema de saúde pela OBS, a dificuldade é conseguir marcar encontro com especialista e fazer exame. E quando consegue marcar encontro com especialista, você precisa operar do coração ou precisa de um exame mais sério Isso aí só vem daí seis meses. Ah, fez o exame. O exame sai daí seis meses. Quando a pessoa sabe do resultado do exame, quem sabe é a família, porque a pessoa já morreu. Você não tem a dúvida Agora, no meu caso, o meu caso, minha filha, eu vivi 67 anos, vivi pra caramba e promessa não é de papel, não. Não de... Não está escrito do papel o eu falei. Fui eu quem falou isso. Não está no meu plano de governo.

Se eu for eleito prefeito de São Paulo, com todas as comorbidades que eu tenho, eu seria atendido pelo sistema público de saúde. Se eu morrer, vai ficar claro que o sistema público de saúde, que não serve pra mim, não serve pra todos os outros que estão na fila de espera. A minha vontade é que todo cargo de político devia acompanhar isso que eu falei. Para qualquer cargo, o cara é vereador, para qualquer presidente da república, talvez o presidente da república, por exceção que é o cara que tem lá o botão e comanda o país. Daí para baixo, todos deveriam ser atendidos pelo SUS. Mas aí você vai se apaixonar Você sabe por quê? Porque o SUS seria o melhor sistema de saúde do Brasil, porque político governa para ele, na maioria das vezes, para o bolso e pelo bolso e para ele, e não para o povo.

Se todo político fosse atendido em hospitais do SUS, seria o melhor hospital do mundo, cara. Você não tem a dúvida. Eu, por exemplo, estou colocando em risco a minha vida. Quando eu digo isso, mas aí vai ficar claro e evidente para a população de que o sistema público de saúde não é o ideal. Pô você viu, o prefeito morreu é claro, ele caiu no SUS, aí você pode ter certeza que eles vão melhorar o SUS. E repito, acho que todo político deveria ser tratado pelo SUS. E pronto, acabou. É isso que eu acho. E não está no papel, não. Isso aqui é palavra dada. E dei quando eu estava em primeiro lugar na pesquisa. Não agora que estou em quarto, quinto. Quando eu estava em primeiro lugar na pesquisa eu dei palavras sobre isso.

[Raquel Landim]: E você vai entrar na fila para qualquer exame que você tiver que fazer?

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[Datena]: Não se depender da Folha de São Paulo, eu não vou entrar na fila.

[Raquel Landim]: Não é Folha de São...

[Datena]: Eu falei da Folha porque é da pesquisa mas de todas as outras pesquisas.

[Raquel Landim]: Não é que elege o prefeito...

[Datena]: Fica difícil você falar sobre cargo de prefeito quando você está em quinto lugar na eleição. Fica difícil você falar de cargo de prefeito...

[Fabíola Cidral]: A gente vai chegar nessa área de ainda mas você está concorrendo. A gente está aqui no nosso papel de falar das suas propostas.

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[Datena]: Você não quer mais falar? Posso falar?

[Fabíola Cidral]: Pode.

[Datena]: Ainda há chance de eu disputar a prefeitura. Se em duas semanas as pesquisas historicamente me derrubaram 11, 9 pontos, historicamente eu posso, nas eleições, provar que as pesquisas estavam erradas. Não é a minha intenção. Eu acredito nas pesquisas. Eu estou dizendo isso pragmaticamente. Eu não estou desmoralizando as pesquisas. Pelo contrário Eu estou acreditando nas pesquisas. Porque quando eu disse, eu falei isso quando eu estava em primeiro lugar nas pesquisas, foi porque quando eu saí em primeiro lugar na pesquisa Quest, eu comemorei Ô Datena, vamos tentar terminar Peraí, eu estou tentando terminar Não é porque na verdade a gente combinou regras aqui A gente combinou regras aqui. Peraí um, mas você não me deixa responder. Mas não é, Datena a gente quer fazer uma sabatina programática Eu não estou desqualificando as pesquisas. Eu estou dando valor às pesquisas. Deu para entender? Pragmaticamente, é difícil um candidato com sete pontos ganhar a eleição Mas já houve casos, muito poucos que historicamente há uma mudança Se eu cair em duas semanas 11 pontos, eu posso ganhar 14. Duas semanas, sei lá. É isso, eu não estou desbonalizando as pesquisas, eu acredito em pesquisa, principalmente a Folha, que tem credibilidade.

[Fabíola Cidral]: A gente vai ter o tempo de falar de política no último bloco mas a gente tem ainda habitação muita coisa. Faz a sua de saúde, Fábio, por favor.

[Fábio Haddad]: Nessa linha ainda da gente entender um pouco melhor as suas ideias, as suas propostas, o seu pensamento para a cidade.
Dentro dessa questão das filas para exames para consultas qual é o seu plano para diminuí-la no curto prazo? Existe uma saída o senhor vê algum caminho para isso? Avalia por exemplo, reviver o Corujão do Dória?

[Datena]: O Corujão do Dória, já tinham me dito que tinha zerado a fila de saúde. Não zerou, na realidade não zerou. É outro problema que você, colocando aí na meta de plano de governo, zerar as filas. A pergunta que eu me faço, depois de tudo que eu estou vendo nas ruas nessas andanças que eu estou tendo por aí... Talvez hoje eu não vá, porque conforme aconteceu com a sabatina do UOL, que eu não pude ir até o UOL porque eu tive problema de saúde, hoje eu também estou com uma dor violenta de estômago, talvez eu não vá no compromisso de rua que eu tenho hoje, que eu acho que é a coisa mais importante, além de atender os meus colegas de imprensa, você estar na rua aí conversando com o povo, entendeu?

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Mas o que eu mais aprendi que nem sempre o que você escreve no papel é execuível, eu acho que zerar fila saúde é promessa que o cara não vai cumprir, mas você pode melhorar muito, chegar bem perto de zerar, zerar eu acho que é quase que impossível você fazer isso, não adianta o cara dizer que vai zerar, criar poupa-tempo da saúde que nem o bolo, poupa-tempo não funciona nem porque ele precisa funcionar vai funcionar para a saúde, as soluções mais simples, Fábio, seriam as mais simples, Tudo que é simples é bom. Por exemplo, tem vários aplicativos aí para você marcar consulta marcar exame e daí por diante Isso aí tudo tem que ser levado para um site e que seja bem facilitado por quem entende de linguagem virtual, extremamente didático e facilitado para que as pessoas possam entender como marcar uma consulta e como marcar um exame.

Muitas pessoas não têm nem telefone, pô. Então por que não criar um telemarketing que funcione dentro da prefeitura? Que o cara pegue o bom e velho telefone tradicional, estadão de idade como eu, que não lida muito bem com a internet, e marque o fone. São soluções simples, eu não quero complicar a situação. Ah, mas você não vai usar a inteligência artificial, você não vai usar a tecnologia. Tem que ser usada, mas da forma mais simples possível. Você tem que pegar os técnicos de informática e falar assim olha... Eu quero uma coisa que, desde a pessoa que tem escolaridade a que não tem, entenda o que ela está fazendo.

E outra coisa, eu acho que é obrigação nossa também, já nas UBSs o cara sair com consulta marcada com especialista e exame marcado e com data de exame para sair. Porque também, para algumas pessoas, isso injusto. Tem cara que não tem telefone, tem cara que não sabe usar o telefone Por que você não cria isso também dentro da UBS? Já marca a consulta imediatamente, dá lá a senha para ele ser atendido naquele dia. E não pode chegar naquele dia, o cara chegar e falar assim olha, o aparelho não está funcionando. Tem técnico mas o aparelho não está funcionando. Aí chega no outro dia, ah, o técnico o médico está aqui, o aparelho não está funcionando. Aí chega no outro dia é inverso. Nós temos que facilitar o atendimento. Se for preciso contratar mais, não sei quantos enfermeiros, tem 12 mil, Tem 16 mil médicos, reclamam de falta de médico, de remédio. Não pode faltar são 112 bilhões que o governo dá para a gente, que governo federal dá para a gente. São 58 bi de impostos arrecadados.

Como é que você pode falar que falta verba nessas cidades se você dá 6 bi para a empresa de ônibus que pertence, não vou dizer nem as empresas que estão sob ameaça de serem fechadas pela justiça com o PCC dentro. Mas as outras três famílias que cuidam do transporte coletivo de São Paulo devem ser um negócio bom, porque há 60 anos são as mesmas famílias. Ruas Pavane e Constantino. O Constantino construiu a empresa Gol com o dinheiro que ele ganhou em ônibus. Ele ganhou um negócio rentável. Agora, se der esse subsídio que é bilionário, vai ter que ter contrapartida com esse passo social para quem está no Bolsa Família andar de graça com tarifa zero Não é fim de semana, não. É a semana inteira o dia inteiro todo o tempo.

[Fabíola Cidral]: Já entrou no nosso próximo assunto. E tarifa zero é o assunto que o Fábio quer saber. Então vai você, Fábio.

[Fábio Haddad]: Pois é, justamente o que eu ia te perguntar. Você antecipou, candidato, na primeira sabatina com a Folha e com o UOL o senhor falou em acabar com a tarifa zero aos domingos.

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[Datena]: Não mal entendido. Não recuei em nada. Então explica por favor, qual que a ideia da tarifa zero De vez em quando eu, como repórter, entendo mal o que o cara está falando comigo. Não estou dizendo que vocês entenderam mal. Eu, às vezes, também, às vezes o cara se expressa mal. Não é que eu sou contra a tarifa zero. Primeiro que eu acho que quem dá seis bi para ônibus vir com essa história de tarifa zero... No último ano, no ano eleitoral, óbvio que é uma coisa eleitoral. Por que não deu tarifa zero desde o começo? Dando esses bilhões que o prefeito Ricardo Nunes dá para as empresas de ônibus, que são altamente rentáveis. Ah, para congelar a tarifa? Pô, dá para congelar a tarifa com esse subsídio, dá para dar tarifa zero, que é o parte social que eu estou falando, a semana inteira. E outra coisa, você viu como é está funcionando a tarifa zero? O primeiro é que funciona só 40% da frota. Se é que funciona isso, eu acho que a fiscalização é ruim no dia da tarifa zero.

Eu estou dizendo que não é acabar com a tarifa zero, eu estou dizendo que é uma falácia uma mentira desse prefeito da tarifa zero. Vai na periferia e vê se tem ônibus na periferia na tarifa zero. Esse fim de semana vai ter, que eu estou falando aqui. Como eu falei da qualidade do ar, que o prefeito devia ter interrompido a aula no dia que São Paulo atingiu a pior qualidade do mundo, e que devia ser emitido alerta como tem alerta de furacão e os cambau aí em outros países, à tarde logo depois que eu falei isso, apareceu um alerta de qualidade do ar e respirável.
Agora é capaz de botar 300 ônibus nesse fim de semana na periferia. Então, o que eu disse é que era uma falácia. Mas que essas empresas que ganham 7 bi, vão ganhar 7 bi de subsídios tem que ter a contrapartida. Então, vai ter o passe social, que é quem está cadastrado no Bolsa Família, vai ter esse passe social para andar com tarifa zero todo dia, ou para trabalhar, ou para procurar emprego ou para, enfim, ir em consultas que não são marcadas ou são... Vai ter tarifa zero todo dia e tarifa justa.

[Fabíola Cidral]: Tarifa justa. Zero justa...

[Datena]: As duas, zero não é justa? Zero é mais do que justa para quem não tem dinheiro para comer.

[Fabíola Cidral]: Então mas assim, tarifa zero é tarifa justa aí fiquei na dúvida.

[Datena]: Justamente você manter o preço do ônibus, porque dá para esses caras continuarem operando com o que tem, com 7 bi de subsídio e sem aumentar o preço de ônibus. Eu acho que dá, tem que dar, tem que dar. Se não der, vai andar, pede um boneco e a gente põe outra empresa de ônibus. Só não dá para relicitar esses três que eu falei aqui, porque os caras são donos de garagem separa cidade. Agora, as que têm infiltração do PCC, quando ficar com prova aprovada, que toda hora tem gente presa e sai da cadeia, teve gente que foi investigado Por lavar dinheiro do PCC, de ter ônibus e daí por diante, é presidente da comissão de trânsito.

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Porque esse serival, vereador, está solto livre, leve e solto. É investigado pela polícia por participar de um crime de um desses caras dessas companhias que virou gerente da companhia, um assassino chamado Cachorrão, que matou o amigo desse serival, o Adalto, com o motorista dele levando ele até a cena do crime. E o cara é presidente da comissão de trânsito, foi reeleito. Agora em fevereiro por unanimidade. E continua lá na prefeitura entrando e saindo na maior boa.

[Raquel Landim]: Datena, você fala em tirar o VLT, o veículo leve sobre trilhos do papel. Qual é o traçado inicial? Tem previsão de custos Prazo de implantação?

[Datena]: Olha, o traçado, realmente, eu não me lembro do traçado mas serão duas linhas com 27... Estações, o traçado agora na cabeça se você me perguntar eu não me lembro não, não dá para lembrar, eu li o plano que tem 43 páginas mas não tem lá a verba não me lembro de ter a verba para a criação dos VLTs, não me lembro o passe social tem que é um bi e oitocentos um bi e oitocentos agora o do VLT realmente eu não me lembro quais são as linhas são duas linhas e vinte e sete estações.

[Fabíola Cidral]: Vamos lá, eu queria falar sobre um assunto que você sempre trata também que é questão da morte no trânsito é muito grave o que acontece na cidade de São Paulo a gente teve um aumento de trinta e dois por cento em mortes no trânsito quinhentas e vinte vidas perdidas no trânsito em São Paulo e isso é muito grave, a gente vê aqui algumas ideias Para reduzir essas mortes no trânsito.
No seu plano de governo, o senhor fala lá que as mortes no trânsito serão reduzidas com investimento pesado em campanhas educativas, fiscalização e dura punição aos infratores. Vamos lá, o eu queria saber, não vai reduzir a velocidade das vias, não vai reduzir a velocidade das marginais, que é um ponto levantado pelos especialistas em mobilidade como um dos mais eficazes em reduzir a morte no trânsito?
Quando diz que vai ser duro na fiscalização, vai ampliar as câmeras de fiscalização e aumentar a fiscalização na cidade?

[Datena]: Câmera de fiscalização, sim, mas radar para aplicar multa não vai ter mais. Isso não vai ter mais do que já tem. Porque alguns deles nem funcionam. Eu não sei como é que até agora não me explicaram como é que cobraram enquanto ganharam durante a pandemia, quando não tinha quase carro andando em São Paulo. Eu pedi levantamento para a prefeitura até agora não me informaram. Quanto que aferiram de multas durante a pandemia? E se aferiram tantas multas quanto aferrem, é porque tem coisa errada, porque não tinha tanto carro andando. Agora, realmente você tem razão. A prefeitura, nessa gestão do Ricardo Nunes, aferiu em multas quase 5 bi. Acho que 4 bilhões e 700 milhões em multas. Algumas delas esdrúxulas, absurdas O cara que não estava usando cinto e, de repente, o cara só tem moto. O cara que não estava usando capacete e o cara só tem carro. E essas multas que são subjetivas, né? Ah, o cara estava no telefone celular, como é que você vai provar que você não estava no telefone celular?

Então, eu acho que a indústria da multa é absurda. Eu já citei, vou tentar ser rápido aqui, mas essa história de você punir o cidadão funciona menos do que você educar o cidadão. Você tem que aplicar pelo menos 5% da verba inclusive em campanhas publicitárias, do que você afere. Esse cara afere 4 milhões e 200 mil por dia em multas Sabe quanto ele aplicou em campanhas publicitárias? Metade de um dia. 2 milhões e 200 mil. É melhor você ensinar... Desde a escola e fazer campanha quanto tempo faz que você não ouve ou que não vê, não ouve no rádio não vê uma campanha dizendo não use o seu carro com uma arma a vítima pode ser você, aquele negócio é antigão se beber não dirija e tem cara de Porsche matando tem cara de Mercedes matando tem cara de todo tipo matando essa filosofia de multas pelo contrário aumentou o número de mortes você tem mil mortes por ano, que é um absurdo três por dia, quatro, você entendeu? Não tem cabimento, então a filosofia dessa multa não deu certo porque isso é punitivo e pra fazer caixa, não é pra educar você tem que ter campanhas e além de tudo 5% você tem que aplicar parte disso é campanha eu tentaria aplicar mais Tentaria aplicar mais Me diga uma coisa, você acha Que quem quer andar em velocidade Ou tá bêbado, vai respeitar radar?

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Claro que não Claro que não Agora, você pode reduzir A velocidade Você pode colocar, por exemplo Ao longo das vias Aqueles caras que ficavam olhando lá Se o cara tava com Uma velocidade maior ou não O cara respeita mais isso do que radar Quando ele vê um polícia, ele para É o que tinha antigamente Nas estradas de São Paulo Dá pra você usar o velho e o novo O que eu não quero é continuar com Indústria de multa, o cara já não tem Dinheiro pra pagar IPVA Não tem dinheiro pra pagar a prestação do carro Não tem dinheiro pra botar gasolina no carro Você vai penalizar ainda mais o cara Sendo que está provado Que a indústria do radar Ao invés de reduzir o número de botes Aumentou o número de botes em São Paulo. Não dá...

[Raquel Landim]: É, habitação Você tem uma proposta chamada Territórios do Emprego, em que a prefeitura daria um incentivo fiscal para estimular as construtoras a fazer casas populares e os trabalhadores que atuarem nessas obras depois conseguiriam empregos ali pela região.
Eu confesso que eu entendi.

[Datena]: Não, você não entendeu mesmo.

[Fabíola Cidral]: Deixa ela fazer a pergunta Datena, por favor...

[Datena]: Ela está fazendo a pergunta errada.

[Fabíola Cidral]: Não, a pergunta é dela Datena. Não tem pergunta certa ou errada, é a pergunta dela...

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[Raquel Landim]: Tá bom, eu vou até recomeçar para o público poder entender. Você tem uma proposta chamada Territórios do Emprego.
Nessa proposta, a construtora faz moradia popular e o trabalhador que trabalhou nessa obra teria emprego ali na região.
Não. A construtora não é a mesma. A construtora não é a mesma, por exemplo que o supermercado O supermercado local Que daria o emprego. Como é você pode garantir que isso vai acontecer?

[Datena]: Pergunta até errada minha filha. Eu falei que a construtora que levantar um prédio ali, ela vai ter, ou de iniciativa privada dela mesma, ou em parceria com a prefeitura, ela vai ter que usar 20% da mão de obra local na construção do prédio. E as moradias criadas ali deverão gerar emprego para moradores da região. Então porque não é só moradia de interesse social. Na parte de baixo, você vai ter coberto, vai ter escolas técnicas, vai ter postos de saúde. Só que eu, passando aqui pela marginal do Rio Pinheiros, você entendeu agora? Os 20% terão que ser contratados para erguer a obra. E, obviamente, que além de você descentralizar o trabalho em São Paulo, você vai levar para essas regiões mais oportunidade de trabalho.

Primeiro você tem que iluminar, já com o Pêssego, por exemplo, tem que estender a segurança com rondas da GCM, bases da GCM, se possível apoio da Polícia Militar, se o Tarcísio deixar. Esses territórios de emprego, que a gente chama de zonas mistas de emprego, podem ser acrescidos até de uma ideia que eu tive passando aqui na Marginal que também não está no plano de governo. Tem um território de emprego criado ao lado da comunidade de Paraisópolis, que tem mais de 100 mil habitantes, mais do que muita cidade que nós temos em São Paulo e no Brasil. Ali você tem quatro torres do Hospital Albert Einstein, vocês devem ter visto isso, tem quatro torres do Hospital Albert Einstein e no mesmo complexo você tem moradia, vai ter mercado, vai ter escola, vai ter [01:04:00] lazer, vai ter entretenimento.

Isso é o que o rico vai ter Isso é o que rico vai ter Que o rico fique mais pobre. Eu não sou cara de governar contra rico. Vou governar para rico também. Vou governar mais para pobre, porque pobre precisa mais. Eu quero que o rico dê oportunidade para o pobre ter dignidade, ter emprego, ter condições de convivência social. Ah, mas o que você está falando em social democracia? Estou, porque acho que hoje a cidade de São Paulo precisa de social democracia. Se de repente, ao invés de você fazer um convênio com o Einstein, Com a OS do Einstein, por que você, com Einstein, Círio, Star, você pode fazer parcerias privadas para eles construírem hospitais eles mesmos construírem hospitais e atenderem o pessoal da região? Vai ser bom para eles, são quase 6 bilhões de pessoas, população do estado do Rio de Janeiro, só [01:05:00] na Zona Leste. E vai ser bom para todo mundo porque ali os territórios de emprego vão ser facilitados sem onderar o caixa. Acabou isso?

[Raquel Landim]: Datena você disse que a minha pergunta estava errada eu só queria ler o que está no seu plano de governo.

[Datena]: Então está errado o plano de governo.

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[Raquel Landim]: Bem, eu preciso ler o seu plano Está bem explicado. As pessoas da Atena está escrito aqui, serão os territórios do emprego Aí você explica o caso da Jacopê, se cuide disso. Com um detalhe vou exigir que pelo menos uma parte da mão de obra empregada nas construções seja contratada nas proximidades. Essa exigência é o que eu estava perguntando, não tem como...

[Datena]: Você entendeu errado, aí está certo. A exigência é para que as pessoas participem da construção do território de emprego das moradias 20% da obra, para erguer os prédios. Agora, é claro que você criando o território de emprego ali, você vai criar emprego também.
Deixa explicar, da pena. Você está partindo de uma premissa errada.

[Raquel Landim]: Você está partindo de uma premissa errada. A premissa está no seu plano de governo, esse é um documento...

[Datena]: Está errado o plano de governo, então. O que dizendo é que 20% da mão de obra, a ser contratada... Vai ser contratada para erguer o território de emprego, e não para ser contratada depois que o território de emprego existir. Se for contratada melhor, porque com certeza outras pessoas da região vão ser contratadas para isso, mas 20% é para construir o prédio, é isso que eu quis dizer.

[Raquel Landim]: Que bom que você está elucidando isso, porque o plano de governo é o que fica à disposição. Que bom que você perguntou. Que bom que você está elucidando isso.

[Datena]: Eu estou falando rápido, estou falando mais rápido, que eu pensei que era 11 horas, melhor ainda. Meia hora a mais do UOL Folha, para mim é uma beleza.

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[Fabíola Cidral]: A gente ainda tem mais um tempinho...

[Datena]: Então eu vou responder mais devagarzinho.

[Fabíola Cidral]: Datena, você já falou aqui várias vezes sobre o Datafolha, falou, é eu que estou ali no pé das pesquisas em quinto lugar e tudo mais. Não falou várias vezes Deixa eu só deixa eu concluir a pergunta aqui.

[Datena]: E não descredenciei a pesquisa Não descredenciei, eu não estou falando que você... Eu acredito pesquisa...

[Fabíola Cidral]: Você está muito nervoso hoje, Datena, está nervoso...

[Datena]: Vocês é que estão parecendo o Torquemada da Puxa vida, a está fazendo perguntas...

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[Fabíola Cidral]: Do seu plano de governo, aí você fala que o plano de governo está errado.

[Datena]: Se eu quiser eu chamo o Torquemada para me entrevistar aqui. Não Datena, não é assim, sabe que não é assim e não precisa desse tom.

[Fabíola Cidral]: Vamos voltar. Não, a pergunta que eu te faço é a seguinte, né, você está, você até já falou isso ali, você está arrependido, Arrependido de ter entrado nessa campanha Datena?

[Datena]: Não, não estou. Pelo contrário não estou arrependido eu só disse e fui mal entendido que eu entrei na eleição errada porque foi eleição errada. As eleições que eu tinha antigamente eram eleições que eu estava com 25%, 27% para Senado e Senado vocês sabem que não é uma campanha tão pesada, é uma campanha mais leve, que o governador te ajuda muito na campanha. As outras eleições eu tinha praticamente as eleições garantidas se bem que a eleição garantida é a eleição que aparece na unha, e isso que eu confio não descredenciar. Porque eu tenho o maior respeito eu repito, quando eu saí em primeiro lugar na Quest e saí com 14 pontos na Folha, eu vibrei. Então como é que eu posso reclamar agora que eu estou com 7% de uma e 6% da outra?

De jeito nenhum, não descredenciam as pesquisas. Agora vocês vão concordar que as eleições que eu abandonei por outros motivos eram eleições mais fáceis de vencer. Agora essas eleições aqui são as eleições mais difíceis mesmo e vão ser até o fim. Tanto que o quadro muda a qualquer momento. Até outro dia eu estava em primeiro lugar, hoje eu estou lá em quinto lugar. Em algumas pesquisas, cheguei a aparecer em quarto lugar, mas a maioria delas junto com Tabata, mas a maioria delas aponta o que deve estar acontecendo mesmo. Os pesquisadores são bons, os métodos são bons, a gente tem que melhorar a nossa forma de comunicação. Realmente a minha primeira experiência política numa campanha, eu reconheço tudo isso.

Mas essas são as eleições mais difíceis. Então, quando eu disse eleição errada, foi uma eleição que eu tinha muita chance de não ganhar, entendeu? Mas mesmo assim, eu aceitei o desafio. E pela pesquisa do partido e pelas primeiras pesquisas que saíram, eu realmente, até 20 dias atrás, eu tinha muita chance de ganhar.

[Fabíola Cidral]: Então, essa é uma análise que eu gostaria de ouvir sua, né? Porque muita gente acaba falando, ah, o da Atena é o novo russomano Por você inclusive, o novo Russomano, que saía na frente nas pesquisas antes de começar a campanha, aí começava a campanha desidratava e terminava lá no final. Até por também ser uma figura muito conhecida da TV, porque como você mesmo disse, em algumas pesquisas estava lá na frente, que nesse a gente pega o Datafolha mesmo, você tinha no Datafolha 14% das intenções de voto em agosto agora está com 6%. Na Quest o tombo foi de 19% para 8%. Você vê algum tipo de comparação? Quer dizer, uma pessoa que é muito conhecida da TV, mas aí depois as pessoas começam a estudar melhor e não votam Como é você avalia essa queda sua nas pesquisas?

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[Datena]: Olha, você já fez uma avaliação aí, que de repente as pessoas olham e não gostam, deve ser isso. Agora eu jamais... Eu desqualificaria um colega de profissão, um bom colega de profissão, um cara que sempre me tratou muito bem, não seria ético da minha parte desqualificar o russo-humano. Eu jamais faria isso. Se não deu certo para ele, pode não dar certo para mim também. Eu só não gostaria de fazer comparações que pudessem gerar uma falta de ética da minha parte, isso eu não faço.

Eu não desrespeito ninguém, principalmente um colega de profissão procuro respeitar o máximo possível. Agora, se de repente eu derreter na pesquisa, foi por erro meu, a minha equipe é muito boa, das melhores que tem, o partido me deu tudo que tinha que me dar. Ontem eu falei com a Raquel e disse para a Raquel que desde a primeira pesquisa, quando eu apareci lá em primeiro lugar, eu venho perguntando se o partido quer continuar com a minha candidatura porque eu acho que isso é uma prestação de contas moral a quem continua avalizando a minha campanha prefeitura, e se o partido decidir que queira trocar de candidato apoiar já outro candidato eu posso fazer o quê?

Mas eu quero continuar até o fim, eu vou até o fim. É aquilo que o Churchill falou, eu vou repetir aqui, os fracassos são fatais Os fracassos nem sempre são fatais, as desistências são. Eu desisti de campanha ganha e paguei muito caro por isso, desistindo não por não ter ganho a campanha, mas por as pessoas não entenderem que eu estava desistindo da campanha por falta de apoio dentro dos partidos por falta de apoio até de líderes desses partidos, que na realidade me prometeram várias coisas que não estavam cumprindo. Agora, não tem por que eu deixar essa eleição porque o partido até agora foi excepcional comigo, cumpriu tudo que tinha que cumprir, não deixou de cumprir nada do que tinha que cumprir. Eu só deixo essas eleições em último caso se o partido quiser. Se o partido continuar me bancando como está me bancando, eu vou até o fim. Se para o partido é interessante que eu fique na campanha, eu fico na campanha e acho que ainda dá para reverter o resultado.

[Raquel Landim]: Datena você já respondeu a dúvida que estava na cabeça de todo mundo, né? Se você vai ou não vai desistir pela queda nas pesquisas. Você disse que vai até o fim. E aí eu queria saber o que te motiva. Se as pesquisas estão te desmotivando, o que te motiva a continuar?

[Datena]: Olha, Raquel, eu sou um cara muito sincero. Eu não sei se foi você ou quem falou que eu estou nervoso. Primeiro que eu estou com dor de estômago. Deve ter sido por causa da pesquisa. É claro que eu não vou sair com os seis pontos de uma pesquisa. Sete da outra e sair comemorando. Oh, que legal! Caiu oito pontos. Não, claro. Claro que a pesquisa te motiva quando você coloca em primeiro lugar. Eu sou um ser humano. E desmotiva quando te coloca em último lugar no primeiro momento, em quinto lugar, no primeiro momento. Mas você tem que ganhar forças e continuar e ir para frente.

Eu desisti de campanhas ganhas agora eu quero me recuperar de uma campanha perdida. É o tal de levanta essa aquária poeira e dá a volta por cima. Eu não sou covarde, eu só desisti de outras campanhas porque me traíram. Na maioria das vezes eu fui traído. Muito traído, do jeito que não devia. Agora não, agora tem um partido que me apoia. Se o partido quiser me mandar embora, se o partido da Atena não dá para investir em você, o que eu posso fazer? Aí o partido tem que falar, nós não queremos mais o cara. Agora independente disso, enquanto continuar me apoiando, claro que eu vou até o fim, não sou covarde. É melhor uma derrota com honra do que uma vitória sem ela.
O pior é que quem disse isso era um... Há controvérsias, né? Primeiro foi um ditador, um canalha e depois tem até túbulo dele lá em Paris, que é o Napoleão Bonaparte.

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[Fábio Haddad]: Datena, agora aproveitando esse seu certo ceticismo aí, em relação a uma possível ida para o segundo turno...

[Datena]: Não é ceticismo, é pragmatismo.

[Fábio Haddad]: Pragmatismo que seja. Há uma possibilidade concreta de a gente ter um segundo turno entre Nunes e Marçal, dois dos seus...

[Datena]: Ninguém. Ninguém.

[Fabíola Cidral]: Mas você votaria em quem?

[Datena]: Ninguém.

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[Fabíola Cidral]: Quem pior? Quem é pior Datena, na sua análise? Você é super crítico com o atual prefeito, né? Aqui falou várias vezes, em várias entrevistas também. É muito crítico com o Marçal, quase deu na cara dele lá no outro debate. Quem é pior na sua análise, Nunes ou Marçal? Nunes...

[Datena]: Ah, deixa para o debate.

[Fabíola Cidral]: Ah não, vai até lá. Você está tão sincerão na nossa entrevista manda ver aí essa vai.

[Datena]: Mas a sinceridade tem determinados pontos éticos. Primeiro que o cara não está aqui para responder sobre um termo que pode praticamente, digo assim, definir uma intenção de voto, entendeu? Então, como o cara não está aqui para responder, eu não prefiro falar nem de um e nem de outro.

[Fabíola Cidral]: Mas são dois quadros perigosos para São Paulo, na sua análise?

[Datena]: Não, um é ruim, o outro é perigoso.

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[Fabíola Cidral]: Quem é ruim, quem é perigoso?

[Datena]: Ruim é o Ricardo, já aprovou pela extensa lista de serviços não prestados à população. Perigoso é o Marçal que a gente não sabe de onde vem as doações dele. Não teve uma matéria da Folha essa semana? Foi essa semana, Sotelo? Que ele recebe doações que são, no mínimo, escusas A campanha, eu não entendo muito bem juridicamente do que a gente está fazendo contra a campanha do Marçal. Não é contra a campanha do Marçal, é a favor da lei.

É que vem à luz da lei as doações que ele recebe. Ele recebe doação de dois milionários, aí os caras têm dinheiro para gastar, mas tem uma lei que diz que o cara só pode doar 10% do que ele ganha no ano. Tem uma senhora chamada Deni Cleides, se me falha memória, que morava até 2022 com auxílio aluguel. Depois ela ganhou uma habitação social. E ela é, depois desses bilionários, dentre as maiores doadoras do mundo. Do do do Marçal 25 mil reais eu não sei como é que uma pessoa em 2022 recebe auxílio aluguel agora tá em conjunto habitacional e de repente dá para campanha do do Marçal é 25 mil e diz o que eu li por alto também me interessa muito juridicamente o que os advogados estão fazendo porque juridicamente eles é que tem condição de fazer entendeu eu não gosto de entrar muito nesse campo é mais diz é o nosso advogado que tem outras doações consideradas vultosas de acordo com a campanha 25 mil por aí que de doadores com um renda sob suspeita Entendeu então é isso que eu gostaria de saber de onde vem o dinheiro da campanha dele ele já ele já foi teve registro indefinido de deputado e candidato a presidente da república por mais ou menos esse tipo de coisa eu não sei nem porque ele tá disputando a seleção aí e tem a maior questão que eu digo é como é que o cara pode usar o meio de trabalho dele que é comunicação em massa e que ele ficou bilionário de um dia para o outro a segundo ele mesmo é o novo Trump aqui no Brasil o primeiro debate ele falou que todos os candidatos juntos não tinham um terço do dinheiro que ele tinha como é que ele usa o programa de internet dele de rede social dele durante uma campanha Fazendo cortes memes e transformando o debate como um dos principais pontos políticos para a definição de uma eleição Você vê a Kamala e o Trump lá nos Estados Unidos e assim é, sempre foi. E ele pode usar a internet, de repente, para fazer programa político, que foi o que ele fez. E eu, como jornalista e radialista, tenho que ser afastado da televisão durante quatro meses. Por que pode para ele e para mim não pode?

[Fabíola Cidral]: Você lá no Flow até falou que queria ter metido a mão na cara dele. Você ficou com vontade de meter a mão na cara dele...

[Datena]: Não, foi um exagero. É lógico que ele me chamou para briga. Ele falou, vem cá, eu fui. Aí ele ficou branco que nem um papel. Entendeu? Mas foi ótimo porque eu não queria ter chegado à agressão não, eu acho que a agressão é ruim, mas ele diz que entra na cabeça dos outros o que entrar na cabeça dos outros? Porra o cara te chama pro pau manda você ir pra... isso é técnica se você xinga a mãe do cara porque lá nos intervalos ele fica xingando o bolso toda hora, fica xingando os candidatos nos intervalos, é que vocês não vêm ele falou uma bobagem pra mim, eu falei assim, o cara, eu vou aí quebrar tua cara, ele achou que era brincadeira e ele me chamou pro pau e eu fui lá, mas ainda bem que ele voltou foi recuando, o todo bom covarde faz, aí eu resolvi ficar na minha também e foi ótimo foi Deus que me parou ali, eu não queria quebrar a cara de ninguém eu tenho 67 anos de idade primeiro que eu tenho que ser respeitado como idoso, e ele é um moleque em todos os sentidos e segundo que com 67 anos. Eu não quero mais bater em ninguém, não tenho nem condição física para isso.

[Raquel Landim]: Datena, você coloca Guilherme Boulos num patamar moral diferente de Ricardo Nunes e Pablo Marçal?

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[Datena]: Eu não tenho capacidade de fazer perfil moral, nem psicológico nem analítico, da maioria dos candidatos, aí não quero fazer. Eu prefiro não fazer porque, sabe Raquel, é difícil responder esse tipo de coisa, que parece que é intenção de voto. Agora, não há dúvida que eu sou amigo do Boulos, eu gosto do Boulos. Agora, sou contrário a muitas das ideias que ele tem. É aquele negócio que eu falei de polarização ser uma coisa idiota. Não tem família que deixou de se conversar por causa do Lula e do Bolsonaro? Existem famílias que pararam de se conversar por causa do Lula e do Bolsonaro.

É muito bolsonarista quando conversar comigo. Quando o Lula, e eu neguei apoio pro Lula como neguei o Bolsonaro, levantou minha mão na casa do Márcio França e tirou uma foto, os caras pararam de conversar comigo. Falei, mas eu não dei apoio ao Lula, não dei nem pro Bolsonaro. Mas aquela foto e tal, que se ferra quem também não quiser conversar comigo, não tô nem aí. Mas essa questão de ódio, de polarização, isso não leva a lado nenhum. Nós precisamos de um país diferente disso. Isso tinha praticamente desaparecido da eleição Eu temia que isso fosse o problema principal. Porque, é claro, Boulos é a marionete do Lula. E o Ricardo Nunes teve que ser marionete do Bolsonaro.

Senão não nem disputava eleição. Eu quero que em São Paulo mande São Paulo. Mas essa história do bolsonarismo e do lulismo tinha ficado meio que latente as eleições estavam meio que tranquilas, até que apareceu o Marçal e desvirtuou tudo com esse show de horrores dele na internet, desqualificando pessoas, botando robô para atacar pessoas e daí por diante.

[Raquel Landim]: Mas se for o segundo turno Guilherme Boulos contra Pablo Marçal, pode ser necessária a criação de uma frente ampla contra Marçal?

[Datena]: Tá, frente ampla eu sei lá se foi... O Marçal eu acho que é um risco à democracia, isso eu não tenho dúvida nenhuma. O Boulos não combina com a maior parte das ideias dele. E o Ricardo Nunes é um péssimo prefeito. Eu estou lá preocupado se vão criar frente única ou não, frente ampla Eu não sou golpista nem quero armar golpe em eleição Quem é golpista que fale isso. Eu não quero armar frente ampla contra ninguém. Eu sou democrata e sou pela Constituição. Agora, eu não acredito que perdendo as eleições eu devo apoiar ninguém e nem ficar emitindo opinião sobre alguém.

Mas se tiver que voltar a cumprir o meu contrato, se o dono da televisão permitir que eu volte a cumprir o meu contrato ainda durante o período eleitoral eu vou me negar a fazer qualquer comentário político, mesmo porque até outro dia eu estava na eleição, no caso de perder a eleição. Porque acho que ainda tenho chance de ir para o segundo turno. Alguma coisa me diz. Nada que me leve matematicamente a provar isso, pragmaticamente a provar isso, mas pelo simples fato de que tudo que desce sobe e tudo que sobe desce, como eu desci muito eu posso subir muito, sei lá...

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[Fabíola Cidral]: Mas você sair no primeiro turno você pode voltar para a TV entre o primeiro e o segundo turno ou não?

[Datena]: Eu estou de licença. Eu estou de licença para disputar as eleições Eu estou de licença para disputar eleições Menos importante que isso é a opinião do dono da televisão. Se ele quiser que eu volte e a lei permitir, eu volto. Se a lei não permitir, eu não volto. Se ele não permitir, eu não volto. Volto o dia que ele quiser e se ele quiser.

[Fábio Haddad]: O Datena, agora, então o seu plano do ponto de vista profissional é voltar à TV em algum momento?

[Datena]: Na minha profissão, é o que todo mundo faz. O cara é médico, ele se candidata à eleição, ele perdeu eleição e volta a ser médico.

[Fábio Haddad]: Agora, e politicamente, 2026?

[Datena]: Não, acabou. Para mim, acabou.

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[Fábio Haddad]: Não tem nenhuma chance de você sair candidato a nada mais?

[Datena]: Se eu não for eleito prefeito de São Paulo, para mim, acabou a política. Foi uma boa experiência, espero que seja. Espero ser eleito ainda. Tenho esperança em ir para o segundo turno tenho sim. A gente fica muito baqueado quando vê um primeiro resultado de pesquisa. Primeiro porque essa é a maior prova que eu confio em pesquisa. Porque, na realidade, eu fiquei chateado pra caramba. Do mesmo jeito que eu fiquei alegre quando estava bem, eu fiquei chateado. Isso prova que eu confio plenamente nos profissionais de pesquisa. Mas o que eu gostaria de ter sido, eu, infelizmente vou morrer sem cumprir meu sonho. É uma pena, né? Eu já escrevi um livro, já fiz tudo o que devia fazer na comunicação. Você entendeu? Então, o sonho que eu tinha que faltar era de servir o povo como senador que teria sido melhor, porque eu teria mais tempo de me aperfeiçoar politicamente, aprender melhor politicamente, e não entrando de carga numa disputa majoritária, que é muito mais difícil do que ser candidato ao Senado e que, da mesma forma, no Senado você poderia ajudar muita gente, infelizmente...
Como diria o dono da padaria, o John Lennon, o sonho acabou. O sonho acabou para ser senador, não de prefeito.

[Fabíola Cidral]: É, então, mas você fala isso porque a tua experiência até aqui não te dá coragem ou vontade para tentar uma próxima em 26? É isso, Datena? Você é mesmo...

[Datena]: Não me venha falar de falta de coragem quando eu enfrento bandido e ameaça de morte há 26 anos, minha filha. Se tem um cara que tem coragem, sou eu. Você pode dizer que eu sou louco imbecil idiota. Eu só não sou reacionário, golpista, vagabundo, sem vergonha malandro e ladrão Quando eu perguntei coragem, não é questão de covardia.

[Fabíola Cidral]: Não é disso que eu quis dizer. É de encarar tudo isso. É nesses termos entendeu, Datena Não foi na coragem que você é um covarde. Não foi com esse objetivo.

[Datena]: Entendi. E você jamais falaria isso... Com essa intenção, porque você realmente é uma boa pessoa, ótima pessoa, e reconheço isso. Mas vamos dizer que foi um desestímulo. Foi muito legal aprender a lidar com o público, a estar com o público, a conversar com o público. Isso foi bacana pra caramba juro por Deus. Foi a melhor coisa que eu conheci na minha vida foi estar no meio do povão. Se vocês verem o carinho que o povão tem comigo, é um negócio assim, muito bacana uma coisa que eu não tinha ideia. Porque eu saio de casa, vou pro trabalho, do trabalho eu volto pra casa, não vou em lugar nenhum. E, de repente, quando eu vou em lugares populares o povo vem para cima de mim e chora.

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Não sei se é alegria ou tristeza, mas chora, diz que vê meu programa e tal. Isso foi excepcional e senti de perto, senti de perto a dureza que as pessoas enfrentam na rua. Eu disse no começo, eu sinto a sua dor. Mentira não é nem próximo do que eu estou percebendo. Eu achava que vendo o cara numa situação ruim da televisão fosse a mesma coisa que ver o cara dentro da situação ruim. Deu para entender? É muito pior do que eu imaginava, a dor do povo. É muito pior do que eu imaginava entrevistar um cara deitado ali na marginal do Rio Pinheiros, daquele cobertorzinho sem vergonha que a prefeitura dá. Aí ele levantou o cobertor e eu falei, posso falar? Ele falou, você pode falar? Eu falei, claro posso falar.

Percebi um cara articulado e tal, aí descobri a vida dele. Aos poucos como repórter que ainda sou, o cara estudava teologia aí falei, pô, mas você estudou teologia, cara? Então você tem estudo avançado?. Por que você está na rua? Eu falei, olha, por fatores vários. Desse jeito que eu falando. Desilusão amorosa, depois problemas com a família, e finalmente eu caí na droga e no álcool. Eu queria que alguém me ajudasse a que eu saísse daqui. O cara é jogado no meio da marginal do Rio Pinheiros, onde tem aquelas cabaninhas que são as novas favelas que nós temos em São Paulo, favela de muro, favela de praça, que o cara faz uma cabaninha da época dos celtas sei lá, até dos primórdios da humanidade.

Uma cidade como a cidade de São Paulo, que infelizmente tem grandes problemas, mas eu acho que o prefeito de São Paulo, aquele que for eleito e que tiver vontade de ajudar o povo, com grandes problemas que a cidade de São Paulo tem, Vai ajudar a corrigir esses problemas e os problemas que a nação tem, porque São Paulo é um micro-universo do Brasil.

[Fabíola Cidral]: Datena, a gente já chegou aqui a 11h31...

[Datena]: Agora eu quero falar mais meia hora. Agora quero falar mais meia hora.

[Fabíola Cidral]: E você aqui, durante toda a entrevista falou que não vai desistir que vai até o fim, mas agora nesse final aqui, um tom um pouco já de despedida foi uma experiência muito boa, contando aí do seu contato, dá um pouco aqui de sensação de que você já está ciente, que está terminando aqui mesmo, mas que foi uma experiência que valeu pena. É isso, Datena?

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[Datena]: Não, eu ainda tenho esperança, realmente tenho esperança. E outra coisa que eu reforcei nessas eleições é que eu tentei ajudar as pessoas a... Votar em mim, até agora eu não consegui, porra o que eu posso fazer? E outra coisa que eu encerro bem, tendo maior respeito por vocês jovens de imprensa, eu que já sou um velho jornalista, reconheço a ética e capacidade da maioria de vocês. Muito obrigado.

(Datena chora, se levanta e sai da cadeira na transmissão)

[Fabíola Cidral]: Ô, Datena. A gente que agradece Datena. A gente agradece a entrevista da Datena, ele saiu da cadeira, se emocionou aqui no final da entrevista, no qual a gente está perguntando para ele a respeito justamente desse... Dessa experiência, né, e ele aqui com toda a sinceridade dele, falando que se emociona e agradece por essa experiência, mas ele durante toda a entrevista falou que vai ficar até final, foi uma entrevista muito forte, inclusive, aqui, né, a gente vai ter tempo de falar sobre isso aqui no nosso UOL News, mas vamos pôr o ponto final aqui no nosso Sabatina com os meus parceiros. Obrigada Fábio, até a próxima.

[Fábio Haddad]: Uau, Fabiola, você não tinha me avisado que ia ser assim, hein vamos, tem mais algumas pela frente, tá sendo uma experiência incrível, vamos lá, até o fim beijão pra vocês.

[Fabíola Cidral]: É isso, tchau Raquel, obrigada.

[Raquel Landim]: Muito forte, Fabiola, muito forte, apesar dele dizer que vai até o fim, ele se emociona ele praticamente se despede não só da Corrida Prefeitura de São Paulo, mas da vida pública, né, e diz que vai, não vai conseguir realizar o seu sonho. Foi ótimo Realmente muito, muito emotiva e muito impressionante a entrevista do José Luiz Datena.

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[Fabíola Cidral]: É isso, obrigada Raquel, obrigada Fábio e agradeço você aqui que está conosco aqui no nosso chat, a gente vai pegar gancho nisso aqui, trazer isso aqui também para análise aqui dos nossos colunistas, Josias de Souza e Tales Faria, que já estão se conectando, a gente entra agora com o nosso UOL News, mas é isso, estamos cumprindo o nosso papel, a gente está aqui com essas sabatinas, com objetivo justamente de focar no plano de governo de cada um dos candidatos e esse foi o convite da Atena e ele em toda entrevista aqui falou que o plano de governo dele tinha vários erros, que tudo que estava lá, muita coisa não valia, falando sobre o desestímulo de ver a última pesquisa da Atafolha, que ele teve uma queda muito forte e ele termina a entrevista chorando e levantando da cadeira, mas agradecendo pela experiência.
De ter participado de certa maneira, dessa campanha Que ele segue participando como ele mesmo disse, vai até o final mas já com esse tom aí, como nós acompanhamos ao vivo aqui na nossa Sabatina UOL/Folha. Agradeço a sua companhia. Eu fico com você. Não sai daí, não. A gente vai e já volta ainda com esse assunto de Datena e as eleições municipais.

Sabatinas UOL/Folha

O UOL e o jornal Folha de S.Paulo promovem sabatinas com todos os candidatos à Prefeitura de São Paulo para discutir temas que preocupam os eleitores da cidade. Já foram entrevistados Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Altino Prazeres (PSTU), Ricardo Senese (UP) e João Pimenta (PCO).

Veja a programação:

  • Bebeto Haddad (DC): segunda-feira (16), às 9h;
  • Marina Helena (Novo): quarta-feira (18), às 9h.

* Participam desta cobertura: Caíque Alencar, Manuela Rached e Wanderley Preite Sobrinho, do UOL, em São Paulo, e Caio Santana, colaboração para o UOL.

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