Conteúdo publicado há 1 mês

Tales: Figuras como Marçal usam a própria democracia para destruí-la

Personagens políticos como Pablo Marçal (PRTB) utilizam ferramentas fornecidas pela própria democracia com a intenção de destruí-la, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta quarta (25).

Tales refletiu sobre o papel da imprensa e da Justiça para evitar riscos à democracia, e alertou para a necessidade de mudanças de abordagem destes dois agentes em relação a figuras mais preocupadas em causar confusão do que em apresentar propostas de governo.

Nós da imprensa e também da Justiça tivemos certa responsabilidade no advento de ditadores como Adolf Hitler porque deixamos a coisa correr. Esse cidadão [Marçal] cria um monte de factoides e nós repercutimos Pablo Marçal o tempo inteiro.

Hoje, ele está na mídia por anunciar que o Marcos Cintra será o secretário da Fazenda em um eventual governo dele. A imprensa toda vai lá e repercute isso como se ele fosse um candidato sério. Nessa mesma coletiva, dá uma de cara de pau não reconhecendo que a ministra [Cármen Lúcia] estava falando dele e que o assessor foi um covardão [por agredir marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB) com um soco].

As democracias se destroem assim. Essas pessoas, como Marçal, Jair Bolsonaro, Javier Milei e Donald Trump, usam a democracia para destruí-la. Se não soubermos lidar com eles, vamos nos dar mal. Tales Faria, colunista do UOL

Tales elogiou a fala de Cármen Lúcia, ministra do TSE, que condenou os repetidos casos de violência na campanha eleitoral. Porém, o colunista cobrou maior rapidez da Justiça Eleitoral para punir aqueles que passam dos limites.

Cármen Lúcia fez um lindo discurso, mas está vindo tarde. A ministra reconhece que a Justiça é lenta. Realmente, a Justiça Eleitoral está agindo de forma muito lenta em relação a Marçal.

A Justiça Eleitoral tem um problema: ela age por provocação. Existe um certo desinteresse dos políticos e dos partidos para que ela seja rápida e aja. Eles querem fazer o máximo de irregularidades possíveis e a Justiça Eleitoral não se meter. Esse é o caso.

Marçal jogou farinha em um eleitor. A Justiça Eleitoral pode deixar um candidato fazer isso? Deixou. Ele continuou fazendo mais e mais provocações até chegar a esse ponto em que chegamos, de um dar uma cadeirada e outro dar um soco. Desandou, e a Justiça Eleitoral tem certa responsabilidade.

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Tem que haver um jeito de lidar com isso. Não dá para a Justiça Eleitoral continuar sendo leniente em relação a pessoas como Marçal. Tales Faria, colunista do UOL

Advogado: Assessor de Marçal tentou agredir outra pessoa em debate anterior

Nahuel Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB) que deu um soco em Duda Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), tentou agredir outra pessoa em um debate anterior, disse Daniel Bialski, advogado de Duda, em entrevista ao UOL News. Segundo a defesa de Duda, Medina só não consumou a agressão porque foi contido. Bialski contou que há registro em vídeo desta tentativa e que ele foi anexado ao processo judicial.

Descobriu-se que dias antes, em outro debate, essa mesma pessoa tentou agredir um terceiro. Ele só não conseguiu socar esta pessoa porque foi contido. Há vídeos a respeito disso e juntamos no próprio procedimento judicial.

Isso foi postado por muitas pessoas nas redes sociais. Peguei esta imagem para reforçar na Justiça que uma pessoa como essa, com atitudes tão agressivas e uma índole tão violenta, não pode conviver em um ambiente civilizado, democrático e urbano.

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Por conta dessa agressividade passada, seja com Duda ou com aquela outra pessoa, reforcei a necessidade da adoção dessas medidas diversas da prisão para resguardar a integridade não só do Duda, mas das outras pessoas. Devem ser investigadas as outras pessoas que integram essa equipe do Marçal e que têm atitudes muito semelhantes. Daniel Bialski, advogado de Duda Lima

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Opinião

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