EUA estão abertos ao diálogo com a Coreia do Norte, afirma John Kerry
Em visita ao Japão, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou nesta segunda-feira (15) que os Estados Unidos permanecem abertos a negociações com a Coreia do Norte, pedindo a Pyongyang que dê um passo em direção ao diálogo.
"Os Estados Unidos seguem abertos a negociações honestas e confiáveis sobre a 'desnuclearização', mas a bola está com Pyongyang", disse Kerry durante um discurso em conferência realizada no Instituto de Tecnologia de Tóquio.
John Kerry deixou claro que nesse compromisso, Estados Unidos, Coreia do Sul, China e Japão "estão unidos. Não pode haver confusão neste ponto", ressaltou, perante um desafio que representa um perigo não só para a região, "mas para sua própria gente".
Reafirmando sua oferta de diálogo com Pyongyang, Kerry destacou que a Coreia do Norte precisa dar "passos importantes para demonstrar que irá cumprir seus compromissos e as leis internacionais."
Em sua conferência, intitulada "A Aliança do Pacífico no Século 21", Kerry também quis destacar que "em um momento no qual o mundo avança rumo a um menor número de armas nucleares", a última coisa que se necessita "é um ou dois países contrários a essa tendência histórica e ao bom senso".
O chefe da diplomacia norte-americana está em Tóquio para a última etapa de sua viagem pela Ásia, após passar por Pequim e Seul, com o objetivo de reafirmar o apoio de Washington a seus aliados na região diante da ameaça norte-coreana.
No último fim de semana, John Kerry e o chefe da diplomacia chinesa se comprometeram a trabalhar conjuntamente pela desnuclearização da península coreana. O secretário de Estado norte-americano também advertiu que os Estados Unidos "estão totalmente determinados a defender o Japão", que foi alvo de ameaças nucleares por parte da Coreia do Norte.
Coreia do Norte rejeita proposta de diálogo sul-coreana
Tensão na península coreana
A tensão na península é grande desde dezembro, quando o Norte realizou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.
Em fevereiro, Pyongyang executou um terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.
Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos em território sul-coreano, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.
No dia 30 de março, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul, depois de ter rompido todas as comunicações diretas entre os governos e os exércitos dos dois países no dia 27.
Os governos da Coreia do Sul e Estados Unidos já alertaram Pyongyang sobre as severas repercussões de qualquer agressão. (Com agências internacionais)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.