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Ministério Público da Venezuela vai investigar casos de violência ocorridos após eleição

da Agência Brasil

Em Brasília

18/04/2013 09h39

O Ministério Público da Venezuela abriu investigação para apurar 161 denúncias de violações ocorridas durante os protestos, nos últimos dias no país, em decorrência de divergências entre os aliados do presidente eleito, Nicolás Maduro, e do oposicionista Henrique Capriles. A fiscal-geral da República, Luisa Ortega Díaz, disse que casos de mortos e feridos estão sendo apurados

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"A fiscalização-geral contabiliza 70 feridos no país e oito mortos em Táchira, Zulia, Sucre e Miranda", ressaltou Luisa. “O denominador comum desses casos é que começaram na madrugada da segunda-feira, dia 15 [um dia depois das eleições presidenciais], e envolvem 90 pessoas levadas aos tribunais, as vítimas são aliadas do chavismo [simpatizantes de Maduro].”
 

Serão investigados delitos envolvendo ações de raiva, ataques a pessoas e mortes, disse a fiscal-geral. Segundo Luisa, os episódios de violência não são casuais. De acordo com ela, serão avaliados os discursos de líderes de movimentos, as condutas e a origem das ações.

O Ministério Público convocou representantes de grupos considerados violentos para prestar depoimentos, assim como apelou para que os políticos apoiem as ações em curso. “Os líderes devem se caracterizar por defender que as pessoas mantenham a tranquilidade e o controle”, ressaltou Ortega.

Nos últimos dias, houve protestos violentos em Caracas e várias cidades venezuelanas. Manifestantes contrários e favoráveis ao governo se enfrentaram. As forças policiais foram chamadas para apaziguar. Para a fiscal-geral, porta-vozes de organizações que utilizaram os meios de comunicação “devem ser responsáveis e cuidadosos com suas palavras e ações”.