China diz que EUA são 'viciados em abandonar grupos e destruir tratados'
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse a jornalistas que os Estados Unidos tiveram um comportamento egoísta ao anunciar um plano de retirada da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Lijian, "os EUA tornaram-se viciados em abandonar grupos e demolir tratados".
A China ainda afirmou que a saída dos norte-americanos da OMS revela uma busca pela política de poder e unilateralismo.
Na sexta-feira (29), Donald Trump anunciou que o seu país rompeu com a organização por conta da atuação no combate à pandemia de coronavírus e como ela, segundo o mandatário, atuou em prol da China.
"E porque eles não cumpriram com as ótimas e necessárias reformas pedidas, nós hoje vamos encerrar nossa relação com a Organização Mundial de Saúde e redirecionar nossos investimentos para outras ações globais que sejam urgentes e necessárias na área da saúde. O mundo precisa de respostas a respeito da China sobre o vírus. Precisamos de transparência", disse o presidente norte-americano.
A decisão de Trump veio após uma promessa do presidente chinês, Xi Jinping, de doar à OMS cerca de R$ 11 bilhões em dois anos para ajudar a combater a covid-19.
A União Europeia pediu para que os EUA revejam a decisão.
Outras saídas de Trump
Em novembro de 2019, os Estados Unidos notificaram a ONU e anunciaram a saída do Acordo de Paris. Desde 2017 Trump sinalizava a intenção de retirar o país do tratado climático que indica uma série de medidas de redução de efeitos para a mudança climática. Segundo Trump, ele não trazia tantos benefícios aos EUA.
Em maio do mesmo ano, os norte-americanos anunciaram a saída da Otan. Trump acusou a Rússia de violação do acordo. O acordo permite verificar movimentações militares e medidas de controle de armamentos dos 35 países signatários.
EM 2018, os EUA também saíram de um acordo nuclear com o Irã e voltou a estabelecer sanções altas ao país do Golfo Pérsico. Trump acusou o Irã de apoiar terroristas e milícias, como o Hezbollah, o Hamas, o Taleban e a Al-Qaeda.
*Com informações da agência Reuters
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