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Trump escolhe Barrett para lugar de Ginsburg na Suprema Corte, diz jornal

Presidente americano Donald Trump discursa em vídeo gravado na abertura da Assembleia Geral da ONU de 2020 - Reprodução/YouTube
Presidente americano Donald Trump discursa em vídeo gravado na abertura da Assembleia Geral da ONU de 2020 Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

25/09/2020 18h56

O presidente Donald Trump escolheu a juíza Amy Coney Barrett, candidata favorita dos conservadores, para suceder Ruth Bader Ginsburg, na Suprema Corte dos Estados Unidos. O objetivo do presidente americano é forçar a confirmação de sua escolha pelo Senado antes da eleição presidencial, prevista para o início de novembro.

Ginsburg morreu na última sexta-feira (18), aos 87 anos, vítima de um câncer no pâncreas. Trump deve anunciar oficialmente o nome de Barrett amanhã, segundo informações do jornal "The New York Times" e da rede de TV "ABC News".

Se confirmada, a ida de Barrett para a Suprema Corte alterará a composição ideológica da Suprema Corte, com vantagem para os conservadores. Trump se reuniu com Barrett na Casa Branca esta semana e ficou impressionado, de acordo com relatos apurados pelo NYT.

Amy Coney Barrett - Reprodução/ABC News - Reprodução/ABC News
Amy Coney Barrett é candidata à vaga na Suprema Corte dos Estados Unidos
Imagem: Reprodução/ABC News

A juíza Amy Coney Barrett empolga os conservadores por sua religiosidade e causa temor entre os detratores, que alertam que sua indicação faria da alta instância um tribunal de direita.

Em 2018, Barrett fez parte da lista de finalistas apresentada pelo presidente Donald Trump para o lugar na Suprema Corte do aposentado juiz Anthony Kennedy, um posto que acabou ficando com Brett Kavanaugh, após uma feroz batalha pela confirmação.

Com apenas 48 anos, sua nomeação para um posto vitalício garantiria uma forte presença conservadora por décadas na Suprema Corte, mas seus antecedentes seriam um novo foco de tensão em um país polarizado, por Barrett ser uma antítese de Ginsburg, a defensora dos direitos das mulheres que faleceu na semana passada.

Católica praticante e mãe de sete filhos, dois deles adotados no Haiti e um com síndrome de Down, Barrett se opõe ao aborto, um dos temas-chave dentro da polarização cultural que domina a atualidade dos Estados Unidos.

"Escolha será rápida", diz Trump

Trump prometeu nomear a substituta de Ginsburg antes da eleição de 3 de novembro, o que significaria o controle dos conservadores sobre o tribunal, que conta com nove membros e tem amplo impacto na vida dos cidadãos dos EUA.

"Acho que tudo vai correr muito bem, que será muito rápido", disse Trump à Fox Radio. "Temos cinco mulheres na lista, e gosto de todas", acrescentou, já antecipando que entre as finalistas está também a magistrada conservadora Bárbara Lagoa, uma juíza de Miami de origem cubana.

Desde que a morte de Ginsburg foi anunciada, centenas de pessoas se reuniram espontaneamente nos degraus de mármore da corte para homenageá-la.