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EUA: FBI alerta para protestos armados de grupos pró-Trump em 50 estados

Os manifestantes se reuniram no edifício do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. Manifestantes pró-Trump entraram no edifício do Capitólio dos EUA - TASOS KATOPODIS / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Os manifestantes se reuniram no edifício do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. Manifestantes pró-Trump entraram no edifício do Capitólio dos EUA Imagem: TASOS KATOPODIS / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

11/01/2021 17h15

O FBI emitiu alerta para possíveis protestos armados de apoiadores de Donald Trump a partir do dia 16 de janeiro em todos os 50 estados dos Estados Unidos. O documento foi revelado inicialmente pela rede de TV americana ABC News.

Autoridades temem que manifestações violentas, como a invasão de grupos pró-Trump ao Capitólio, e que deixou ao menos cinco mortos na semana passada, voltem a ocorrer nos próximos dias.

O documento do FBI mostra ainda que um grupo armado ameaçou viajar para a capital americana, Washington, no mesmo dia e promover manifestação caso o Congresso remova o presidente Trump do cargo por meio da 25ª Emenda.

O alerta inclui informações fornecidas pelo Departamento de Defesa, a ATF (Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos), a DEA (Agência de Fiscalização de Drogas), e o Serviço de Delegado de Polícia dos Estados Unidos, entre outras agências. Algumas das informações vieram da mídia social, algumas de código aberto e algumas de outras fontes de informação.

Durante coletiva, realizada na tarde de hoje, Joe Biden disse não estar com medo de participar de sua posse e voltou a pedir a responsabilização de apoiadores envolvidos na invasão ao Capitólio.

"Não estou com medo [de fazer o juramento da posse]. Acho muito importante que haja um foco nessas pessoas que ameaçaram as vidas de outras pessoas, que fizeram essa rebelião, que causaram danos. Eles têm que ser responsabilizados, acho que a maioria dos democratas e dos republicanos concorda com isso."

Presidente é acusado de incitar invasão ao Congresso

No último dia 6, Trump tentava convencer a maioria do Congresso a se recusar a certificar parte dos votos conquistados pelo democrata Joe Biden nas eleições de 2020 por meio de postagens no Twitter. O presidente pressionou seu vice, Mike Pence, que presidiu a sessão, a não certificar a vitória rival. Em resposta, Pence declarou não ter poder para invalidar os resultados da urna.

Após Trump discursar a apoiadores afirmando, sem provas, que as eleições foram fraudadas, o Capitólio — prédio onde fica o Congresso americano — foi invadido por um grupo que interrompeu a sessão de certificação de Biden. O vice-presidente e parlamentares que estavam no edifício foram retirados às pressas por seguranças e muitos tiveram de se esconder atrás de móveis. Cinco pessoas morreram.

A plataforma também foi usada pelo presidente para se dirigir a seus apoiadores e divulgar imagens das manifestações. Durante os atos, Trump pediu, no Twitter, que os manifestantes não atacassem a polícia e que retornassem às suas casas. No entanto, em vez de criticá-los, ele disse "entender a dor" dos apoiadores, chamando-os de "especiais".

Trump, seu filho Donald Trump Jr, e seu advogado Rudy Giuliani — ex-prefeito de Nova York — podem ser investigados por incitarem a invasão ao Capitólio. Em entrevista à emissora ABC, na manhã de hoje, o procurador-geral de Washington DC, Karl Racine, afirmou que o trio ajudou a disseminar a ideia de "justiça combativa" nos manifestantes.