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Guerra da Rússia-Ucrânia

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EUA dizem que proteção aérea à Ucrânia espalharia 'guerra pela Europa'

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que o país não quer entrar em guerra contra a Rússia - Brendan Smialowski/Pool via REUTERS
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que o país não quer entrar em guerra contra a Rússia Imagem: Brendan Smialowski/Pool via REUTERS

Colaboração para o UOL

04/03/2022 17h54Atualizada em 04/03/2022 18h12

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse hoje que a instauração de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia contra a Rússia poderia levar a uma "guerra completa na Europa".

"A única maneira de realmente implementar algo como uma zona de exclusão aérea é enviar aviões da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] para o espaço aéreo ucraniano e abater aviões russos, e isso pode levar a uma guerra completa na Europa. O presidente [Joe] Biden deixou claro que não vamos entrar em guerra com a Rússia", disse Blinken, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

A Ucrânia tem cobrado proteção aérea contra ofensivas russas. Opresidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a cobrar ontem que países ocidentais criem uma "zona de exclusão aérea" militarizada nos céus da Ucrânia. Zelensky ainda disse que apenas uma conversa diretamente com Putin será capaz de parar a guerra.

"Mas estamos fazendo um tremendo esforço com aliados e parceiros para fornecer aos ucranianos os meios para se defender efetivamente e, é claro, estamos vendo todos os dias seu extraordinário heroísmo, bem como resultados muito, muito reais no que eles estão fazendo para conseguir isso", completou Blinken.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Otan é contra proteção aérea

Mais cedo, também em coletiva de imprensa, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o grupo não vai se envolver diretamente no conflito, não criará uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia nem enviará suas tropas para lá.

"Nossa tarefa é manter nossas nações seguras, não somos parte desse conflito, temos que garantir que ele não se espalhe para além da Ucrânia porque isso seria ainda mais devastador e perigoso, e traria mais sofrimento humano", defendeu.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também se posicionou, ontem, contra o pedido da Ucrânia para que haja uma "zona de exclusão aérea" militarizada nos céus contra a ofensiva da Rússia. Ele ressaltou que o país não é membro da Otan.

"A UE não está em guerra com a Rússia. A realidade é que a Rússia lançou uma guerra selvagem contra a Ucrânia. A Ucrânia não é membro da Otan, e é por isso que devemos ser extremamente cuidadosos e cautelosos. Precisamos fazer tudo o que for possível, mas levando em conta que a Rússia tem armas nucleares e é muito importante evitar uma terceira guerra internacional", disse, em entrevista à CNN.