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Guerra da Rússia-Ucrânia

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'Bárbaros do século 21': Ucrânia diz que Rússia destrói escolas e hospitais

Do UOL, em São Paulo

07/03/2022 10h41

Mykhailo Podolak, chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou hoje as forças russas de "bárbaros do século 21" e citou a destruição de escolas, hospitais e prédios residenciais no país, invadido há doze dias.

"Bárbaros do século XXI. A Rússia danificou/destruiu 202 escolas, 34 hospitais, mais de 1500 edifícios residenciais. Mais de 900 nossos assentamentos são completamente privados de luz, água e calor. O exército russo não sabe lutar contra outros exércitos. Mas é bom em matar civis", escreveu Podolak em sua conta no Twitter.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou ontem que a Rússia realizou pelo menos quatro ataques contra hospitais, profissionais de saúde e pacientes na Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro. Os ataques deixaram pelo menos seis mortos e 11 feridos.

Em entrevista ao site Sky News, Oleksandr Senkevych, prefeito de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, diz que pelo menos 40 bombas caíram na cidade na manhã de hoje. Quase todas atingiram edifícios civis, inclusive casas e um zoológico.

Zelensky voltou a cobrar hoje os países do Ocidente por mais armamentos e uma "zona de exclusão aérea" para impedir bombardeios russos. Em pronunciamento, o presidente ucraniano diz que a Rússia está mirando prédios residenciais em cidades como Mykolaiv e Kharkiv. "Vocês precisam nos dar apoio, vocês precisam nos dar aviões para que possamos ficar mais fortes para lutar. Esta é a assistência que precisa ser dada".

"Na Ucrânia, sempre quisemos a paz. De quantos mortos vocês precisam para colocar nossos céus em segurança?", questionou ele.

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) já se recusou a estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, medida que poderia arrastar a aliança para uma guerra direta contra a Rússia, mas os Estados Unidos afirmam que há uma negociação para fornecer caças militares da Polônia para Kiev.

No 12º dia da invasão, a Rússia anunciou a abertura de corredores humanitários para a retirada de civis de quatro cidades da Ucrânia —a capital Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy. Mas civis só podem ficar na Ucrânia ou ir para Rússia e Belarus, país aliado do Kremlin.

O governo da Ucrânia diz que a proposta da Rússia é "inaceitável".

Na madrugada, as forças russas intensificaram os ataques contra cidades do centro, norte e sul da Ucrânia.

Desde o início do conflito, a Rússia disparou um total de 600 mísseis contra a Ucrânia. Segundo um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos, cerca de 95% do poder de combate acumulado na Ucrânia já foi comprometido.

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