Acordo de paz pode demorar mais uma semana, prevê negociador ucraniano
Mykhailo Podolak, principal negociador da Ucrânia em prol da resolução da guerra com a Rússia, prevê que um cessar-fogo pode ser alcançado, no máximo, em mais uma semana e meia. A invasão russa ao país vizinho está em seu 22º dia.
"Por enquanto, as delegações russas e ucraniana estão se mantendo em suas posições. Pode levar de vários dias a uma semana e meia para chegar a um acordo sobre os pontos polêmicos", explicou ao jornal "Wiadomo?ci", da Polônia.
"Não é apenas uma questão de assinar um acordo. Queremos elaborar um mecanismo concreto que garanta nossa segurança no futuro", falou. O principal ponto é uma resolução de paz, mas Podolak afirmou que a Ucrânia leva em conta os próprios interesses, já que "sofreu enormes prejuízos devido à invasão russa".
Sobre as reuniões que buscam um fim do conflito, o negociador ucraniano disse que notou uma mudança em imposições da delegação da Rússia: "Agora eles são mais objetivos em sua avaliação do mundo ao seu redor e se comportam muito corretamente. Não há rudeza nem a rudeza típica das autoridades russas. Naturalmente, sua visão de mundo é distorcida por sua própria propaganda".
Apesar das reuniões terem adquirido um tom diferente nas últimas tentativas de paz, Podolak afirmou que é preciso ter "uma visão sóbria da situação". A retirada "imediata" das tropas russas é "uma das peças-chave" para resolver o conflito, mas a situação das regiões separatistas Donetsk e Luhansk talvez não seja solucionada desta vez.
Em 21 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. Em cerimônia no Kremlin, Putin assinou o decreto após um longo discurso televisionado à nação.
22 dias de guerra
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chega ao 22º dia com a Ucrânia dizendo que nove corredores de evacuação foram acordados hoje. Na terça-feira (15), a ONU (Organização das Nações Unidas) havia informado que, no total, o número de refugiados atingiu a marca de 3 milhões de pessoas.
Em mais um ataque ao Ocidente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou os russos pró-Ucrânia e os classificou de "traidores nacionais". "O Ocidente tentará confiar nos traidores nacionais, naqueles que ganham dinheiro aqui conosco, mas vivem lá, de acordo com seus pensamentos, sua consciência servil".
A quarta semana da invasão russa ao território ucraniano começou com Rússia e Ucrânia trocando críticas a respeito das negociações para o fim do conflito. A divulgação de um suposto plano de paz gerou irritações em autoridades ucranianas.
Em discurso a legisladores alemães, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez referência explícita ao Holocausto ao falar sobre a invasão da Rússia ao país e pediu que a Alemanha derrube o novo "muro" que está sendo erguido na Europa contra a liberdade.
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