Teste de míssil e mais um ultimato: o 56º dia de Rússia x Ucrânia
Um novo ultimato de rendição foi dado à cidade de Mariupol pela Rússia nesta quarta-feira (20), 56º dia de invasão do país à Ucrânia. Ucranianos que ainda resistem na siderúrgica de Azovtal tiveram até as 8h (de Brasília) para entregar as armas. No entanto, não houve rendição até o prazo e nem manifestação russa sobre o ocorrido.
Comandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais da Ucrânia, Serhiy Volynsky pediu, no que considerou como "último apelo", para que militares e civis deixassem o local. "Podemos ter alguns dias ou horas restantes", disse.
No início do dia, foi divulgado que um corredor humanitário seria aberto na região para evacuar quem quisesse deixar a cidade. Ao fim da tarde, a Ucrânia disse que a iniciativa "não funcionou". As autoridades acusaram as tropas russas de violar o acordo de cessar-fogo.
A Rússia afirmou ter entregado hoje novas propostas de paz. Dmitry Peskov, porta-voz russo, declarou que "a bola agora está no campo" dos ucranianos. No entanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nega que o país tenha recebido dos russos qualquer documento com esta temática.
Segundo um funcionário ucraniano, a Ucrânia pretende propor à Rússia uma rodada especial de negociações em Mariupol.
Já o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Antonio Guterres, também se movimenta para auxiliar nas negociações de paz entre os países. Ele enviou cartas a Vladimir Putin, presidente russo, e a Zelensky pedindo para ser recebido em Moscou e Kiev.
Teste de míssil
A Rússia anunciou hoje ter concluído, com êxito, o primeiro teste com um míssil balístico intercontinental. Em discurso reproduzido em cadeia nacional, Putin afirmou que a arma serve de "alerta para todos os inimigos" e que possui capacidade de derrotar quaisquer sistemas antiaéreos modernos.
Os Estados Unidos, por outro lado, alegaram não enxergar nisso uma ameaça. "Não foi uma surpresa", declarou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, ao explicar que a Rússia informou sobre o teste como forma de cumprir com o tratado nuclear.
Batalha de Donbass
Tanto ucranianos quanto russos relataram que a ofensiva da Rússia no leste da Ucrânia continuou nesta quarta-feira.
O Ministério da Defesa da Ucrânia afirma que a Rússia busca "estabelecer controle total sobre o território das regiões de Donetsk e Lugansk", que formam a área separatista de Donbass.
Apoio da União Europeia
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, visitou hoje Kiev e declarou que a União Europeia fará o possível para que a Ucrânia "ganhe a guerra".
"Em Borodianka, como em Bucha e tantas outras cidades da Ucrânia, a História não esquecerá os crimes de guerra que foram cometidos aqui", declarou.
Segundo a ONU, a guerra entre os países já deixou mais de 5 milhões de refugiados ucranianos.
Com informações da AFP, RFI e Reuters
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