Rússia admite erros na convocação de reservistas para lutar na Ucrânia
O governo da Rússia admitiu hoje que houve erros no processo de convocação de reservistas para lutar na guerra da Ucrânia, e afirmou que ainda não há decisão para fechar as fronteiras externas do país.
"Esperamos que todos os erros sejam corrigidos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante entrevista coletiva. "Há casos em que o decreto foi violado. Em algumas regiões os governadores estão trabalhando ativamente para corrigir a situação."
Peskov diz que, apesar dos rumores sobre o fechamento das fronteiras para impedir que os reservistas fujam, ainda não há nada oficial nesse sentido. "Não sei nada sobre isso", declarou.
Na última quarta (21), o presidente Vladimir Putin anunciou a mobilização de 300 mil homens após uma série de derrotas recentes. Segundo o Ministério da Defesa, um total de 25 milhões de russos podem ser convocados para se juntarem ao exército no leste e sul da Ucrânia.
Esta é a primeira mobilização russa desse porte desde a Segunda Guerra Mundial e marca uma escalada na guerra contra a Ucrânia, que chegou ao sétimo mês.
Após o pronunciamento, milhares de homens deixaram o país. Passagens de avião para destinos mais próximos se esgotaram, e filas de carros se formaram na fronteira com a Finlândia.
"Não quero ir para a guerra. Não quero morrer nessa guerra sem sentido", disse um homem de 45 anos à agência AFP ao chegar na Armênia.
No sábado (24), Putin assinou um decreto para punir com até 10 anos de prisão os russos que desertarem ou não comparecerem ao serviço militar.
*Com AFP
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