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Frio severo atrapalha resgate na Turquia após terremoto que matou milhares

Colaboração para o UOL*, em Salvador

06/02/2023 21h01Atualizada em 07/02/2023 06h34

O frio atrapalha os trabalhos das equipes de resgate que atuam na Turquia.

Ao menos 5 mil pessoas morreram em território turco e na Síria em razão dos terremotos que atingiram a região. O número de feridos ultrapassa 20 mil, segundo os governos locais. Apenas na Turquia, também há aproximadamente 338 mil desabrigados.

O vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que as autoridades estão enfrentando "condições climáticas extremamente severas".

Espera-se que as temperaturas em algumas áreas caiam para quase zero durante a noite, piorando as condições para as pessoas presas sob os escombros ou desabrigadas.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, classificou o terremoto de hoje como um desastre histórico e o pior terremoto a atingir o país desde 1939, mas disse que as autoridades estão fazendo tudo o que podem.

Todos estão se esforçando de corpo e alma, embora o inverno, o clima frio e o terremoto que aconteceu durante a noite tornem as coisas mais difíceis."
Recep Erdogan

O dia foi de chuva depois que tempestades de neve atingiram o país no fim de semana.

Conexões de internet precárias e estradas danificadas entre algumas das cidades mais atingidas no sul da Turquia, onde vivem milhões de pessoas, dificultavam ainda mais os esforços para avaliar e lidar com o impacto.

Terremoto na Turquia e na Síria - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Mortos e feridos

Na Turquia, o saldo de vítimas está em 2.379 mortos, segundo autoridades locais. Ao menos 14.483 pessoas teriam ficado feridas em território turco.

Já na Síria são pelo menos 1.444 mortos, de acordo com o canal Al Jazeera, com 3.411 feridos.

Terremoto deixa milhares de feridos na Turquia e Síria

Pelo menos três aeroportos turcos foram fechados: Hatay, Maras e Gaziantep. A pista do terminal de Hatay ficou destruída. Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.

Todas as escolas da Turquia foram fechadas até 13 de fevereiro, para que todas as províncias possam administrar a situação e familiares possam acessar as áreas atingidas, se necessário, contando com as unidades escolares para ter acomodação e alimentação.

Terremoto deixa milhares de feridos na Turquia e Síria

O que dizem as autoridades

O terremoto de hoje foi considerado pelo presidente turco como o mais letal desde 1939, quando cerca de 33 mil pessoas morreram. Em 1999, outro tremor de terra matou ao menos 17 mil pessoas.

Os socorristas definiram a situação como "catastrófica" em postagem no Twitter e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

O presidente Lula manifestou sua solidariedade aos países atingidos pelo tremor:

O Ministério das Relações Exteriores disse que não há informações de brasileiros entre os mortos ou feridos. Mais cedo, o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia, Marcelo Marotta Viegas, confirmou que há brasileiros entre os desabrigados em entrevista à BandNews FM.

O governo disse ainda que está providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto, por meio da Agência Brasileira de Cooperação e em coordenação com os países das áreas atingidas.

Alemanha, França, Itália, Ucrânia e União Europeia se manifestaram em tom apoio à Turquia e à Síria após os terremotos.

Emmanuel Macron, presidente da França afirmou que o país "está pronto para fornecer ajuda de emergência às populações no local".

Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, expressou sua "solidariedade às pessoas afetadas", e destacou que "a Proteção Civil italiana já tem disponibilidade para contribuir com os primeiros socorros".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou em "consternação" diante da tragédia, sobretudo com "o crescente número de mortos".

(Com Reuters)