Conteúdo publicado há 3 meses

Argentina: Manifestantes voltam a protestar após aprovação de megaprojeto

Um grupo de manifestantes protestou em frente ao Congresso, na noite desta sexta-feira (2), contra as reformas liberais que Javier Milei tenta fazer na Argentina.

O que aconteceu

Policiais e manifestantes entraram em confronto. As forças de defesa usaram balas de borracha, granadas e gás lacrimogêneo durante o protesto.

Manifestantes atiraram pedras e garrafas contra os agentes das forças de defesa. A tensão aumentou por volta das 19h30. O grupo estava no local desde as 12h de hoje.

Confronto aumentou após a aprovação do texto geral do megaprojeto de Javier Milei. Ao menos seis pessoas que protestavam no Congresso foram presas pela polícia municipal. A informação foi publicada pelo jornal argentino Clarín.

Parte dos manifestantes pode responder criminalmente. Patricia Bullrich, ministra de Segurança da Argentina, se referiu aos que "queimaram bens públicos, atiraram pedras e atacaram policiais". "Vamos apresentar queixa-crime e pedir a identificação de todos aqueles que queimaram bens públicos, atirando pedras, destruindo tudo por onde passavam e agredindo agentes policiais". A ministra garantiu que "as organizações deverão pagar pelos danos causados".

De acordo com o governo, entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro, oito pessoas foram detidas nas manifestações. Na quinta (1º), no ato mais violento, diversas pessoas ficaram feridas em confrontos — entre elas, jornalistas atingidos por balas de borracha.

Mais de 30 jornalistas feridos. Nesta sexta, o sindicato dos jornalistas repudiou a violência contra a imprensa e exigiu que interrompam "os ataques deliberados a trabalhadores e trabalhadoras da imprensa com bala de borracha e gás lacrimogêneo".

Deputados aprovam texto geral de megaprojeto de Milei

Megaprojeto aprovado. A Câmara de Deputados da Argentina aprovou o texto geral do megaprojeto do presidente Javier Milei na tarde desta sexta-feira (2), depois de protestos e três dias de debates. Foram 144 votos a favor e 109, contra. Quatro parlamentares não votaram.

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O texto é conhecido como "lei ônibus". O pacote de leis liberais tem, entre os principais objetivos, desregular a economia, facilitar privatizações e dar poderes especiais ao Executivo, além de confirmar estado de emergência no país até dezembro de 2024. Na próxima terça (6), os deputados voltarão a discutir os artigos da Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos — como é chamado o megaprojeto. Depois, o texto vai para o Senado.

Governo celebrou a aprovação do texto geral. O gabinete de Milei divulgou nota em que celebra o resultado e agradece a colaboração dos deputados que são líderes de blocos na Câmara, "apesar das diferenças". "Esperamos contar com a mesma grandeza no dia da votação da lei em particular", diz o comunicado.

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