Alckmin defende fala de Lula sobre Israel: 'Ele quer a paz'
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, saiu em defesa do presidente Lula após comparação entre as mortes causadas por Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto.
O que aconteceu
Alckmin disse que Lula deixou claro que "ato do Hamas foi terrorista" e que "defende a paz". A declaração foi dada durante um evento na Fiesp, em São Paulo, nesta segunda-feira (19).
O que ele [Lula] quer é a paz. Que haja um cessar-fogo no sentido da busca pela paz. Esse é o seu entendimento
Geraldo Alckmin, vice-presidente
Lula condenou atos terroristas do Hamas "diversas vezes". Segundo a Secretaria de Comunicação Social do governo federal, o presidente "sempre condenou atos terroristas do Hamas".
Presidente não deverá se desculpar por fala. O Palácio do Planalto pretende reforçar que as críticas sobre o conflito na Faixa de Gaza focam no Estado de Israel e no governo de Benjamin Netanyahu, e não no povo judeu.
Planalto avalia que a fala de Lula não estava errada, mas que o discurso pode, sim, ser confundido com um ataque ao povo judeu. O presidente está reunido nesta manhã com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, e o ministro Paulo Pimenta (Secom) no Palácio da Alvorada para tratar do assunto.
Persona non grata
"Persona non grata" até que retire o que disse. O termo em latim significa pessoa indesejada e se refere à prática de um Estado proibir um diplomata (no caso de Lula, um chefe de Estado) de entrar no país em viagem oficial. O chanceler Israel Katz enviou a mensagem, por intermédio do embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, de que Lula não é bem-vindo até que retire o que disse.
Primeiro-ministro israelense disse que Lula 'ultrapassou linha vermelha'. "As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender", escreveu ele no X (antigo Twitter).
O que disse Lula
Lula deu declaração sobre Israel após comentar outra fala anunciando doações para a agência de refugiados palestinos da ONU. A primeira declaração também gerou polêmica e fez com que o partido Novo abrisse uma queixa-crime contra o presidente na PGR.
O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus.
Presidente Lula
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