Apagão cibernético global afeta aeroportos e serviços ao redor do mundo
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1. Pane gigante tumultua aeroportos e serviços em todo o mundo. Apagão em computadores Windows atinge bancos, estações de trem, hospitais e empresas de comunicação, sobretudo nos Estados Unidos, Europa e Austrália. Nos EUA, todos os voos de grandes companhias foram suspensos. Problemas técnicos também ocorrem nos maiores aeroportos da Europa e da Índia. A bolsa de Londres atrasou a cotação de seu principal índice. Países como a Austrália e a França afirmaram que o incidente é ligado a um problema global na companhia de segurança cibernética CrowdStrike. O CEO da empresa, George Kurtz, declarou que a interrupção não foi provocada por um ciberataque e que o problema foi identificado e está sendo corrigido. Segundo ele, há um defeito em uma atualização no sistema da CrowdStrike.
2. Trump promete superar divisões políticas e governar para todos os americanos. Em evento que oficializou sua candidatura à presidência, Donald Trump declarou que a "discórdia e a divisão da sociedade americana devem ser curadas." Ele começou com um tom moderado, mas logo intensificou críticas contra os imigrantes e os democratas. Trump disse que irá concluir o muro entre os EUA e o México, exagerou dados sobre a inflação e repetiu alegações infundadas de fraude nas eleições de 2020. Ele também deu detalhes do atentado que sofreu, afirmando ter ouvido um zumbido alto e que imediatamente entendeu que estava sob ataque. "Trump prometeu superar as divisões políticas e, em seguida, voltou a se deliciar em aprofundá-las", diz o The New York Times.
3. Maduro diz que Venezuela pode ter "banho de sangue" se perder a eleição. O presidente venezuelano, que busca um terceiro mandato na votação em 28 de julho, declarou que apenas sua vitória garantirá a paz no país e alertou para riscos de guerra civil. A fala ocorreu logo após a Justiça da Venezuela prender um assessor da principal opositora de Maduro, Maria Corina Machado, que teve a candidatura inabilitada. Em nota, os EUA condenaram a detenção. Em junho, Maduro se comprometeu a aceitar o resultado eleitoral. Seu principal adversário é o ex-diplomata Edmundo González Urrutia. Ele lidera as pesquisas com 59% das intenções de voto.
4. Argentina tem primeiro crescimento econômico na gestão Milei. Apesar das políticas de austeridade, o PIB do país subiu 1,3% em maio na comparação com abril, acima das previsões de mercado. O setor agrícola impulsionou a expansão da economia: a produção dobrou sobre o ano anterior, quando houve uma forte seca. No período de um ano, a atividade econômica cresceu 2,3%. O presidente Javier Milei implementou cortes drásticos nos gastos que permitiram diminuir a inflação mensal para 4,6% em junho. O FMI prevê que o PIB argentino cairá 3,5% neste ano e terá expansão de 5% em 2025.
5. Ursula von der Leyen é reeleita presidente da Comissão Europeia. A ex-ministra alemã da Defesa era amplamente favorita para um novo mandato de cinco anos. A escolha marca uma opção de continuidade para o executivo europeu em meio à guerra na Ucrânia, disputas comerciais com a China, a ascensão de partidos de extrema direita no continente e a ameaça do retorno de Donald Trump à Casa Branca. A postura anti-Otan do republicano preocupa os europeus. Von der Leyen se engajou a reforçar a indústria de defesa do bloco, triplicar o número de agentes nas fronteiras e novas medidas para lutar contra as mudanças climáticas.
Deu no The Washington Post: "Obama diz a aliados que Biden precisa reconsiderar sua candidatura." Segundo a publicação, o ex-presidente Barack Obama disse em conversas que a possibilidade de Joe Biden vencer as presidenciais diminuiu consideravelmente, e que ele deve repensar seriamente sua viabilidade como candidato. O jornal diz ainda que Obama conversou com Biden apenas uma vez desde o desastroso debate com Trump em junho, quando começou a pressão de políticos democratas para que o presidente abandone a disputa. Obama teria deixado claro, diz o The Washington Post, que a decisão de desistir cabe a Biden. Leia mais.
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