Conteúdo publicado há 1 mês

Eleições americanas: pesquisas mostram que tudo pode acontecer

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Chegamos naquele momento da campanha em que a pesquisa da FoxNews mostra que Kamala tem dois pontos a mais que o Trump e a do New York Times diz que eles estão empatados. Vou repetir de um jeito diferente: a FoxNews, aquele canal de TV pró-Trump, diz que a Kamala está na frente e o New York Times, aquele jornal anti-Trump, que eles estão empatados.

Então é isso, apostem o que quiserem porque ninguém mais sabe de nada. Aliás, o povo que aposta dinheiro de verdade no resultado da eleição está botando Kamala 7 pontos na frente.

Temos mais números para te confundir?

Temos. A pesquisa do New York Times (está fresquinha, darling) também diz que a Kamala tem 4 pontos a mais que Trump no glorioso estado da Pensilvânia. A Pensilvânia é um daqueles estados campo de batalha que vai decidir a eleição porque vocês sabem, não adianta ter voto demais em Nova York e não ganhar na Pensilvânia, por conta do colégio eleitoral.

Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, a pesquisa (também fresquíssima, de agora cedo) do Washington Post diz que eles estão empatados na Pensilvânia. A gente que lute.

E ainda tem uma pesquisa The Hill (um site que cobre política), também fresca, que diz que o Trump tem um ponto a mais na Pensilvânia.

Vale lembrar que todas essas pesquisas já refletem o debate na semana passada. A Kamala aparentemente ganhou o debate, mas isso não está necessariamente se convertendo em votos. A própria pesquisa do New York Times (que dá empate) aponta que os eleitores até gostaram da Kamala, mas continuam sem saber qual é a dela.

Fora, imprensa

E se depender de entrevista para a imprensa, eles vão continuar sem saber. Kamala e o Tim Walz (o vice dela metido a tiozão legal) deram 7 vezes menos entrevistas do que Trump e Vance. A ordem é assim: os democratas deram 7 entrevistas e os republicanos 70. Gente, mas também precisa dar tanta entrevista?

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Não precisa (pobres jornalistas americanos), mas também não precisa dar tão poucas, né? E pensar que a imprensa foi para cima do Joe Biden porque ele não dava entrevistas para mostrar que tinha capacidade cognitiva para governar o país por mais quatro anos.

Também, essa mania de jornalista de fazer pergunta.

Qual o risco?

As pesquisas mostram que os eleitores ainda não conhecem bem a Kamala, sem dar entrevistas fica difícil para eles a conhecerem mais.

E por que Kamala foge das entrevistas?

Porque durante a vice-presidência ela falava umas bobagens e se queimava, darling.

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A boa notícia para Kamala

Uma das milhões de pesquisas traz um resultado interessante para Kamala. A pesquisa Morning Consult (também divulgada nesta manhã. Vejam que está tudo fresco, darling) mostra que Kamala colou no Trump quando o assunto é economia. Exatos 46% disseram que confiam na Kamala para lidar com a economia, percentual igual ao de Trump. Outras pesquisas, de outros pesquisadores, mostravam até ontem uma diferença de dez pontos. (A cada frase reforçamos nosso título.)

Mas quando você tem o Powell

Jerome Powell é o presidente do Fed, o banco central lá dos Estados Unidos. E ontem o Fed reduziu os juros americanos pela primeira vez desde o início da pandemia e já fez logo um corte de 0,5 ponto. Podia ter sido 0,25, mas não, já foi na dose mais alta. A campanha de Trump esperneou porque acredita que a redução de juros tem efeito imediato na economia e eles acham que o Fed poderia ter dado 0,25 agora e 0,25 depois da eleição.

O Powell, que foi alçado ao cargo pela primeira vez por nomeação de Trump, não quis saber:

"Fazemos nosso trabalho para servir a todos os americanos. Não estamos servindo a nenhum político, nenhuma figura política, nenhuma causa, nenhuma questão, nada. É apenas emprego máximo e estabilidade de preços em nome de todos os americanos."

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Houston, Kamala segue com problema

O problema para a Kamala é que por mais que o Banco Central americano esteja chancelando que a inflação está sob controle, o que vale mesmo é o que o eleitor sente ao fazer suas compras. E os preços ainda estão mais altos do que na era Trump.

O arrependimento de Trump

Trump revelou ontem seu grande arrependimento no debate: foi não ter dito ao apresentador que o cabelo dele já esteve melhor.

"Acho que meu único arrependimento é que eu queria ser elegante, e não queria ir atrás dos âncoras. Eu queria ter feito isso, de certa forma. Fui tratado de forma muito injusta pelo âncora. Não sou mais fã desses caras - e o cabelo dele era melhor há cinco anos."

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