Ricardo Salles diz em entrevista que Amazônia "não é apenas um zoológico"
Ricardo Salles acredita que o desenvolvimento da Amazônia é a melhor forma de proteger a floresta, que vem sofrendo aumento expressivo de queimadas recentemente, e crê que seus antecessores tentaram a transformar em um "templo intocável".
Em entrevista ao jornal norte-americano Wall Street Journal, o ministro do Meio Ambiente argumentou sua opinião.
"A Amazônia não é apenas um zoológico para ser observado", disse, complementando que o plano do governo é desenvolver indústrias de mineração e de outros segmentos na região. "Há mais de 20 milhões de pessoas vivendo na Amazônia que precisam sobreviver".
Para Salles, as críticas contra o presidente Jair Bolsonaro não condizem com a verdade e muito do que se foi dito contra ele é consequência da má compreensão sobre suas decisões.
"Há pessoas que criaram falsas expectativas de que o governo permitiria atividades madeireiras ilegais", disse o ministro, acrescentando que o governo se opõe a crimes como esse.
Sobre as gestões anteriores, o ministro criticou a intenção dessas em relação a preservação do local, julgando ter sido feita de forma primitiva.
"Tentaram transformar a região em um museu a céu aberto. Não é isso que muitas pessoas na Amazônia querem e essa estratégia não ajuda a proteger a floresta", opinou. "Não podemos ter leis excessivamente restritivas - são um convite para o crime".
Os planos do governo para barrar tais "crimes" devem ser baseados em incentivos econômicos para impedir o desmatamento - como com atividades madeireiras sustentáveis.
"Eu acredito em incentivos econômicos - quando o incentivo econômico está errado, o resultado também dá errado. Pessoas parecem se esquecer do mundo real (...) Nós temos a verdade do nosso lado, mas até agora só as mentiras prevaleceram".
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