Em depoimento ao STF, Feliciano disse que tentou devolver dinheiro de evento
O deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) depôs ao STF (Supremo Tribunal Federal) na última sexta-feira (5) sobre uma acusação de estelionato que pesa contra ele. Mas apenas nesta terça (9) o Supremo liberou a transcrição da audiência, que aconteceu a portas fechadas, sem a presença da imprensa.
Feliciano é acusado de estelionato, cujas penas podem ir de um a cinco anos de prisão, além de multa. Na ação penal a que responde no STF por ter foro privilegiado, Feliciano é acusado de ter recebido R$ 13,3 mil para realizar dois cultos religiosos no Rio Grande do Sul sem ter comparecido aos eventos.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em 2008, Feliciano e um assessor firmaram um contrato para os shows religiosos, forneceram uma conta para o depósito da produtora, mas não compareceram.
"Quando eu fiquei sabendo do fato, que havia tido uma oportunidade de suprir, de acabar com o problema e os meus advogados não fizeram nada, imediatamente eu troquei os advogados, peguei um avião, fui até a cidade de São Gabriel [RS], procurei os advogados da pessoa, para minha felicidade descobri que eram evangélicos também, eram irmãos, e falei: 'Eu quero aqui pagar o que eu devo, quero devolver, e quero devolver com juros e correção para que não fique nenhum tipo de celeuma'", disse Feliciano ao Supremo.
Feliciano disse ainda que não sabia que, na véspera do evento, a sua assessoria havia confirmado, via e-mail, a sua presença na palestra. Segundo o pastor, a sua agenda é organizada por terceiros.
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