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PF apreende quase 500 relógios de luxo em nova etapa da operação Lava Jato

PF apreendeu quase 500 relógios de luxo na Lava Jato - Divulgação/Polícia Federal
PF apreendeu quase 500 relógios de luxo na Lava Jato Imagem: Divulgação/Polícia Federal

Do UOL, em Curitiba

05/02/2015 18h05Atualizada em 10/02/2015 12h14

A Polícia Federal informou que apreendeu quase 500 relógios de luxo, além de documentos e uma grande quantia de dinheiro, em cédulas de real, euros e dólar, na nona etapa da operação Lava Jato, segundo balanço parcial divulgado na tarde desta quinta-feira (5). A PF informou que os relógios foram apreendidos em Santa Catarina, onde há empresas investigadas nessa nova fase da operação. Também foi apreendida pela PF uma coleção de canetas importadas.

Os agentes da PF cumpriram 18 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para dar depoimento e é liberada, e 40 de busca e apreensão em São Paulo, no Rio, na Bahia e em Santa Catarina.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado para prestar depoimento na Superintendência da PF em São Paulo e foi liberado. De acordo com o depoimento de Pedro José Barusco Filho, o PT teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras, como o da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco. Barusco é ex-gerente de engenharia da estatal e realizou delação premiada. A operação de hoje baseou nas informações passadas por ele.

Policiais federais recolhem dinheiro durante a operação Lava Jato

Foram presos Gilson João Pereira, sócio da Arxo, e Sérgio Ambrósio Maçanerro, diretor financeiro da empresa. Os dois estavam em Itajaí (SC) e são suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Um outro sócio da Arxo também tem a prisão temporária decretada, mas que não foi cumprida porque está voltando do exterior. A expectativa da Polícia Federal é que ele se entregue assim que desembarcar no Brasil.

O advogado dos sócios da Arxo,  Leonardo Pereima de Oliveira Pinto, negou que a empresa tenha pago propina para facilitar o acesso a licitações com a BR Distribuidora. Segundo ele, o dinheiro apreendido na empresa se destinava a pagamento de funcionários e ao pró-labore do sócio que ainda não se apresentou à PF. O defensor disse ainda que o dinheiro tem origem legal e que vai solicitar a revogação da prisão de seus clientes à Justiça Federal do Paraná.

Há ainda um mandado de prisão preventiva no Rio de Janeiro que não foi cumprido. O nome da pessoa procurada não foi divulgado pela PF.

A PF ainda não divulgou o total de dinheiro apreendido, pois não finalizou sua contagem. Os documentos e objetos apreendidos na operação de hoje serão enviados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. As pessoas presas também serão levadas para lá.

Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e 25 servidores da Receita Federal.

Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude a licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.