Ação no TSE contra chapa Dilma-Temer deve ir até o final, afirma Anastasia
Relator do processo de impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que a ação de autoria de seu partido contra a chapa "Dilma-Temer" deve ser julgada até o seu final pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A afirmação foi veiculada pelo programa "Roda Viva", transmitida na noite desta segunda-feira (15) pela TV Cultura.
Com esta declaração, Anastasia se coloca de maneira contrária ao posicionamento de alguns colegas de partido, que defendem nos bastidores que o PSDB retire a ação no TSE, já que compõe a gestão interina de Michel Temer (PMDB). "A ação tem natureza pública. No momento, em que ela foi proposta ela tem que ir até o final. Se o Tribunal entender que há irregularidades ele tem que ser julgar em sua plenitude", afirmou o senador tucano.
Em um dos processos que tramita contra a chapa "Dilma-Temer", referentes às eleições de 2014, o PSDB defende que Dilma e Temer cometeram abuso de poder político e econômico e teriam tido a campanha à reeleição abastecida com recursos desviados da Petrobras.
Contra a criminalização do Caixa 2
Sobre seu apoio às medidas de combate contra corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, o senador Antonio Anastasia defendeu a retirada do artigo que criminaliza a prática de Caixa 2 em campanhas eleitorais. "Acho que nem precisa mais criminalizar porque hoje quem é que vai ter coragem de entrar nisso?", afirmou o senador tucano. Ele ainda se posicionou favorável à manutenção da prerrogativa de foro para autoridades públicas.
Eleições de 2018
Anastasia afirmou que o PSDB terá candidato a presidente em 2018, "sendo o presidente Temer candidato à reeleição ou não." Ele defendeu ainda que o partido realize prévias para escolher seu candidato. Apoiador de uma virtual candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Anastasia afirmou ter certeza que o governador Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, não deixarão o PSDB para disputar a eleição presidencial por outros partidos.
Ao ser questionado sobre a acusação de Dilma Rousseff e de seus aliados de que o processo de impedimento se configura em um "golpe de Estado", Anastasia disse que "é uma argumentação de cunho político".
A respeito da Operação Lava Jato, o senador mineiro disse vê "nenhum partido, em termos de notícia, que passou incólume a este momento do país." E a respeito dos políticos tucanos envolvidos em supostas irregularidades, ele afirmou, sem citar nomes, que "aqueles individualmente culpados serão punidos pelo PSDB".
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