Kennedy: Viagem mostra que Lava Jato não conseguiu destruir imagem de Lula
Para Kennedy Alencar, colunista do UOL, a viagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um "gol político" do ex-presidente, que mostrou ter uma capacidade de diálogo e de articulação política no cenário internacional melhor o que presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"A viagem vai render dividendos políticos para ele (Lula), que mostra que a Lava Jato, que o prendeu por 580 dias, não conseguiu destruir a sua imagem internacional", disse Kennedy ao UOL News, programa do Canal UOL.
Para o colunista, "não há comparação" entre as viagens de Lula e Bolsonaro — enquanto, nos últimos dias, o ex-presidente esteve na Europa, o atual ocupante do Palácio do Planalto esteve visitando países do Oriente Médio.
Hoje, Lula foi recebido pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. Na ocasião, segundo o ex-presidente, ambos conversaram sobre como enfrentar o avanço da extrema-direita — caso do próprio Bolsonaro — no mundo.
O encontro com o premiê é o último dos feitos por Lula na Europa. Na última quarta-feira (17), o petista foi recebido com honras de chefe de Estado pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Antes, já havia se reunido com o futuro chanceler alemão, Olaf Scholz.
"As pessoas podem gostar ou não do Lula, mas a viagem que ele fez mostra que ele é respeitado. Ele foi tratado como chefe de Estado, um estadista", pontuou Kennedy Alencar.
Para ele, o ex-presidente mostrou que pode ser alguém capaz de destravar as negociações do acordo entre a UE (União Europeia) e o Mercosul (Mercado Comum do Sul), já que demonstrou ter bom trânsito com líderes importantes do bloco europeu.
"O governo Bolsonaro não soube conduzir adiante a negociação e ainda está com essa política ambiental destruidora - e, aí, a França, a Alemanha e a Espanha travaram o acordo", esclareceu o colunista.
O acordo enfrenta críticas especialmente do governo francês e de eurodeputados ligados a bandeiras ambientais, por causa do desmatamento na Amazônia, mas também de setores agrícolas do continente, que temem concorrer com o agronegócio brasileiro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.