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Ministério critica invasão do MST: 'Comprometeu vida de animais ameaçados'

16.abr.2023 - MST em Pernambuco ocupou oito latifúndios neste final de semana - 16.abr.2023 - Divulgação/Comunicação MST-PE
16.abr.2023 - MST em Pernambuco ocupou oito latifúndios neste final de semana Imagem: 16.abr.2023 - Divulgação/Comunicação MST-PE

Colaboração para o UOL, em Salvador

17/04/2023 21h19Atualizada em 18/04/2023 09h05

O Ministério da Agricultura e Pecuária emitiu uma nota hoje em que critica a invasão promovida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em uma área da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, em Pernambuco.

O que aconteceu:

A pasta diz que a invasão comprometeu "a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma".

A Embrapa está adotando as medidas cabíveis contra a invasão.

O ministério ressalta que as terras são patrimônio do governo federal e destinadas ao uso exclusivo da Embrapa Semiárido "para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações rurais".

A nota também afirma que a invasão do MST já está prejudicando a realização do "Semiárido Show", feira de inovação tecnológica voltada para a agricultura familiar do Semiárido brasileiro.

Neste momento, a invasão à área da Embrapa já está trazendo danos à condução de seus trabalhos e ao planejamento da execução de projetos e ações de pesquisa, que incluem parceiros com quem temos estabelecido avanços de cooperação que repercutirão em resultados de alto potencial de adoção junto aos produtores do Semiárido".
Nota do Ministério da Agricultura

Invasão do MST:

O MST invadiu ontem uma área de preservação ambiental e de pesquisas da Embrapa em Pernambuco.

Os sem-terra também invadiram outras propriedades rurais e as superintendências regionais do Incra em Porto Alegre e Belo Horizonte.

As invasões fazem parte do "abril vermelho", mês de mobilização pela reforma agrária.

O MST afirmou que estão sendo "ocupadas" terras "que não cumprem a função social da propriedade" e cobra o assentamento de famílias acampadas em todo o País.