Tales: Dino terá trabalho para desfazer o que Bolsonaro fez na PRF

O colunista do UOL Tales Faria afirmou durante participação no UOL News desta segunda-feira (14) que o ministro da Justiça, Flávio Dino, terá trabalho para desfazer o que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Sivinei Vasques fizeram na corporação.

Essa corporações, depois que se estabelece esse tipo de comportamento, é muito difícil desfazer. Acredito que ainda vão ocorrer protestos dentro da corporação, e o Flávio Dino ainda vai ter muito problema.

Tales comentou a respeito da demissão dos três agentes da PRF envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado por gases tóxicos dentro de uma viatura no ano passado.

O Flávio Dino tem que tomar esse tipo de atitude, vai ter que ser duro, e não vai poder fechar acordos que depois tornem essa categoria um corpo fechado e imune à interferência da ala democrática da sociedade.

Couto: Postura violenta adotada pela PRF tem relação com gestão Silvinei

O cientista político Cláudio Couto afirmou que a postura muito violenta da PRF nos últimos tempos está ligada à gestão de Silvinei Vasques.

Claro que a postura muito violenta, muito truculenta, da PRF que foi adotada nos últimos tempos teve muito a ver com a gestão do próprio Silvinei. A gente viu uma transformação importante da PRF, daquela que fazia o policiamento ostensivo nas estradas federais do país para uma polícia que começou a participar de operações, por exemplo, de subir no morro no Rio de Janeiro.

"Tudo isso embaixo do Silvinei, que como a gente viu era uma ponta de lança do bolsonarismo para poder fazer valer os interesses do Presidente da República no âmbito da PRF", completou.

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Sakamoto: Dino pune 'agentes da câmara de gás' e tenta reverter bolsonarização da PRF

O colunista Leonardo Sakamoto também falou a respeito das demissões dos agentes. Para Sakamoto, o ministro Flávio Dino tenta reverter a bolsonarização da Polícia Rodoviária Federal.

É um passo da atual gestão Lula para tentar reverter a bolsonarização da PRF. Essa ação, essa demissão dos três envolvidos, acontece logo depois de SIlvinei Vasques, ex-diretor geral da PRF sob o governo Bolsonaro, subordinado de Anderson Torres, ministro da Justiça, ser preso, em meio à investigação sobre os bloqueios que a PRF impôs no segundo turno das eleições de 2022, principalmente no Nordeste, dificultado o deslocamento dos eleitores de Lula.

Sakamoto ainda afirmou que Jair Bolsonaro tentou transformar a PRF em sua guarda particular.

Não só houve esse ato golpista da PRF sob Bolsonaro, que tentou transformar a corporação na sua guarda pretoriana, na sua policia ideológica, como também houve uma anuência da PRF em outubro e novembro por conta dos bloqueios feio por golpistas que exigiam que Lula não assumisse.

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