CPI do 8/1: Não podemos vislumbrar qualquer tipo de anistia, diz deputado
O Brasil precisa evitar uma nova anistia, como a que livrou personagens que cometeram crimes durante a ditadura militar, em relação aos participantes dos atos golpistas de 8/1. A avaliação é do deputado federal Rafael Britto (MDB-AL), entrevistado pelo UOL News da manhã desta terça-feira (26).
O deputado afirmou que "não se deve passar a mão na cabeça" dos envolvidos nos atos.
O Brasil perdeu uma chance muito grande, em um passado recente, quando conseguiu se livrar da ditadura, com a Lei da Anistia. Hoje, ela permite que pessoas que cometeram crimes naquele momento possam vir ao Congresso e transformar torturadores em heróis. Houve uma tentativa de golpe de Estado e isso está muito claro para todo mundo. O que não podemos vislumbrar no horizonte é qualquer tipo de anistia para que esse tipo de conversa nem se repita. Rafael Britto, deputado federal (MDB-AL)
Britto considerou "grave e no limite do crime" as declarações do ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que minimizou a reunião golpista entre Jair Bolsonaro e membros da cúpula das Forças Armadas. O deputado federal reforçou que a CPI do 8/1 agirá contra a impunidade de todos os envolvidos, em maior ou menor grau, da tentativa de violar o Estado Democrático de Direito.
Não podemos achar normal uma reunião entre um presidente da República, derrotado nas urnas, e chefes das Forças Armadas com uma série de minutas e decretos de golpe de Estado para subverter o resultado das urnas. Da grande maioria dos membros da CPMI, não há o sentimento de passar a mão na cabeça de ninguém, muito menos revisitar essa lei tão nociva para nossa sociedade. Rafael Britto, deputado federal (MDB-AL)
Couto: Discurso patético mostra que Toffoli segue Aras na adulação ao poder
O cientista político Cláudio Couto criticou o discurso do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli com elogios a Augusto Aras, que encerra hoje seu segundo mandato na PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele considera que ambos exibem comportamentos semelhantes: o da "adulação ao poder".
Percebemos no comportamento de Aras e no de Toffoli algo muito próximo: essa adulação de quem está no poder naquele momento como um norte a ser seguido. É um período muito nefasto da PGR que se encerra. O discurso patético do Toffoli, que é o de alguém que se comporta de uma forma muito parecida com a de Aras: para reforçar seu poder e condição, flerta e agrada sempre quem tem poder naquele momento. Cláudio Couto, cientista político
Couto: Assessora de Anielle merece responsabilização após erro gravíssimo
Cláudio Couto considerou que Marcelle Decothé, assessora especial da ministra Anielle Franco, cometeu "um erro gravíssimo" ao reclamar da "torcida branca" do São Paulo na final da Copa do Brasil contra o Flamengo. Ele avaliou que o comentário revela o despreparo dela para o cargo e cobrou sua demissão.
Foi um comentário completamente equivocado a respeito do que é o torcedor de futebol. É um comentário preconceituoso, que não cabe a alguém que está no Ministério da Igualdade Racial. É incompatível com o exercício da função nesse órgão. Parece até aqueles casos que merecem uma demissão, porque é de uma gravidade imensa. Cláudio Couto, cientista político
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