Reinaldo: Bolsonaro tentou dar truque no 7/9, mas a lei não cai na dele
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falhou em tentar um truque contra a lei, analisou o colunista do UOL Reinaldo Azevedo durante o UOL News da manhã desta quinta-feira (26).
O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral, deu o primeiro voto para condenar Bolsonaro à inelegibilidade por uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro do ano passado.
Não tem como separar [a candidatura e a presidência de Bolsonaro]. Era a mesma estrutura. Ao armar dois palcos, eles evidenciaram que era eleitoral. Tentando disfarçar, confessaram.
Ele estava falando como candidato o tempo todo. O espírito do discurso do evento era o mesmo. Ele próprio estabeleceu o liame entre os dois eventos, que não eram dois eventos, era um evento e dois palcos, tentando dar um truque na lei.
A lei não está caindo no truque dele. Vai se tornar inelegível e pegar uma multa.
O que é a ação
O TSE se debruça sobre a conduta do ex-presidente durante o 7 de Setembro. As ações foram apresentadas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke, então candidata à Presidência em 2022.
Ambos alegam que, após o desfile militar em Brasília, Bolsonaro se deslocou a um trio elétrico nas proximidades do evento para discursar a apoiadores, utilizando assim da estrutura pública para ato de campanha.
No Rio de Janeiro, ele falou em um palanque montado em Copacabana —local escolhido pelo Exército para as festividades, que até então eram conduzidas no centro da capital fluminense.
Benedito Gonçalves apontou que Bolsonaro convocou apoiadores, desde as convenções partidárias e por meio de entrevistas e declarações públicas, a participarem das comemorações cívicas. Apesar de ser um evento do Estado, a linguagem utilizada deixava claro, segundo o ministro, que a participação desejada era somente de seus apoiadores.
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