Em ato, Tarcísio diz que Bolsonaro deixou legado e respeita Israel
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, onde foi realizado neste domingo (25) o ato convocado como um evento para defender a democracia.
O que aconteceu
Em discurso, Tarcísio de Freitas destacou "legado" de Bolsonaro. O governador de São Paulo chegou junto ao ex-presidente na Paulista por volta das 14h40. Em sua fala, afirmou que Bolsonaro "nunca pegou nada para si" e sempre deu o crédito para quem realizava ações durante sua gestão. "Presidente que sempre respeitou Israel", acrescentou.
Bolsonaro negou tentativa de golpe e pediu anistia a envolvidos no 8/1. O ex-presidente optou por falar sobre feitos durante sua gestão e exaltou a adesão de apoiadores ao ato deste domingo. "Nós sabemos como foi o período de 19 a 22. E estamos vendo como é difícil vencer nesse país com o que nos temos a governar nesse momento". Depois, voltou dizer que nunca esteve envolvido em um plano de golpe de Estado e pediu anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.
Ex-presidente disse ser "perseguido" e cita investigação das joias, que apontou tentativa de apropriação de um patrimônio da União. "É joia, importunação de baleia, dinheiro que eu teria mandado para fora do Brasil, é tanta coisa que eles mesmo trabalham contra si", criticou.
Pastor Silas Malafaia fez crítica a Lula. Organizador do evento, Malafaia sugeriu que o Lula sabia das invasões no 8 de janeiro e, ao citar Moraes, disse que não tem "medo de ser preso". Ele também afirmou que "Lula fez o Brasil ser vergonha para o mundo inteiro. A fala de Lula não representa o povo brasileiro". A declaração faz referência ao discurso do presidente no último dia 18, na Etiópia, quando Lula comparou os ataques à Faixa Gaza ao Holocausto, o que gerou críticas do governo israelense.
Como o UOL antecipou, Michelle Bolsonaro falou na abertura do ato, às 15h em trio na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo). A ex-primeira-dama se emocionou e chamou o evento de "ato pacífico de civilidade". Ela também agradeceu a presença de Tarcísio de Freitas: "Abriu as portas da casa dele para nós", afirmou. Depois, fez uma oração.
Após Michelle, discursaram os deputados federais Gustavo Gayer (PL) e Nikolas Ferreira (PL). Enquanto estavam no trio, os dois parlamentares observaram que havia pessoas passando mal no público por causa do calor. Na sequência, o senador Magno Malta (PL) tomou a palavra.
Grupos começaram a chegar ao local ainda pela manhã. Apoiadores divulgaram nas redes sociais a chegada para ato do ex-presidente.
Ato reuniu cerca de 600 mil pessoas na Paulista, diz SSP. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que a manifestação "ocorreu de forma pacífica, sem o registro de incidentes e com a presença de, aproximadamente, 600 mil pessoas na avenida Paulista e 750 mil pessoas no total, quando levado em conta o público presente nas ruas adjacentes".
Levantamento da USP aponta que estimativa de público para o pico do ato, às 15h, é de 185 mil pessoas. O dado faz parte do Monitor do Debate Político, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo. Às 17h, após os discursos, a contagem indicou 45 mil participantes. A equipe acompanhou a manifestação, produziu imagens aéreas às 15h e às 17h e contou o público com auxílio de software.
Outros políticos foram anunciados após a chegada de Bolsonaro. Entre eles, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.
Antes dos discursos, Silas Malafaia se irritou com pessoas não autorizadas que tentavam subir no trio. "Ô minha gente que tá aqui embaixo fazendo confusão, só sobe quem tem pulseira verde. Por favor! Não vai subir, não adianta. Para que essa briga aí meu filho?", disparou.
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Quero receberYoutuber português detido mais cedo ao desembarcar no Brasil falou no evento. "Eu vou garantir que a Europa e o mundo vão saber a verdade sobre o Brasil. O mundo vai saber que vocês precisam de liberdade, que vocês não podem ter censura. Não podem obrigar bebês a serem vacinados. Eu prometo essa mensagem vai correr a Europa e o mundo todo. Liberdade!", disse.
Faixas sem ataques ao STF e bandeiras de Israel. No local, não foram vistas faixas ou cartazes com ataques ao Supremo ou a qualquer pessoa ou instituição. Há bandeiras do Brasil e de Israel.
Ato teve segurança reforçada. Cerca de 2.000 policiais acompanham o ato na Paulista. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de SP, Força Tática, Batalhão de Choque e Cavalaria são algumas das unidades da PM que cederão agentes. Drones e câmeras também são usados.
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