Governo de SP antecipa vacinação para idosos entre 69 e 71 anos para dia 27
O governo de São Paulo anunciou hoje a antecipação em dois dias da vacinação contra a covid-19 a faixa etária de idosos entre 69 e 71 anos. O grupo, antes programado para o dia 29, começará a ser imunizado no estado no dia 27.
Essa nova faixa etária tem a previsão de vacinação para 910 mil pessoas no estado. O calendário vale como uma previsão estadual, mas pode sofrer alterações em cada município de acordo com a disponibilidade de vacinas na cidade.
O anúncio foi feito hoje pelo vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), que comandou a entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, no lugar de João Doria (PSDB).
"Quando olhamos para o cronograma, incluindo a faixa de 69 a 71 anos, 5,1 milhões pessoas serão vacinadas no estado. Hoje, temos 4.421.122 doses aplicadas", informou Regiane de Paula, coordenadora Geral do Programa Estadual de Imunização.
Entrega de 2 milhões de doses à Saúde
Na manhã de hoje, o governo anunciou ainda o envio de mais 2 milhões de doses de CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, ao Ministério da Saúde. Com isso, na última semana, a remessa ao governo chegou a 7,3 milhões de doses.
"Foi a maior entrega semanal feita ao Ministério. Falta entregar, e já temos vacinas prontas, 11,5 milhões até o final de março. São doses produzidas que aguardam liberação do controle de qualidade. Em março, totalizaremos entrega de 22,7 milhões doses de vacina", afirmou Dimas Covas, diretor do Butantan.
Dimas também não descartou a possibilidade de fechar parceria com outros laboratórios, como a Janssen. "O compromisso do Butantan de entregar 100 milhões de doses está garantido até agosto, mas precisamos de volume maior de vacinas. Para vacinar a população acima de 60 anos, precisamos de 70 milhões de doses. Então precisamos de qualquer vacina. Não faz sentido ter uma única vacina diante da carência."
Embate pela liberação do soro anti-covid
Em outra frente, o Butantan também aguarda resposta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a liberação da realização de testes do soro anti-covid em humanos. Segundo o instituto, toda a documentação com os resultados feitos em cavalos foi enviada no dia 10 de março e ainda não teve uma resposta.
O soro tem o objetivo de amenizar os impactos da doença em casos graves, de internação, como um antibiótico. Dimas Covas diz não entender a não liberação, dada urgência da pandemia. "Haverá hoje, às 15h, uma reunião, espero que seja para anunciar autorização do inicio do estudo clínico. Espero que notícias sejam positivas", disse, na coletiva.
Em nota, a Anvisa confirmou a reunião às 15h, mas fala que o encontro se dará para "tratar das informações faltantes". Segundo a agência, foram solicitadas informações adicionais (exigências) que foram respondidas pelo Instituto no dia 13 de março e que já foram analisadas pela Anvisa.
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